segunda-feira, 28 de julho de 2014

Aécio foge de perguntas sobre economia e compra de votos no governo FHC


Por Guilherme Balza 

O senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, evitou responder concretamente a várias perguntas feitas na quarta-feira (16/07) durante sabatina realizada pelo UOL e pela "Folha de S.Paulo", com o SBT e a rádio Jovem Pan. A muitas perguntas, o candidato respondeu apenas que as questões seriam "debatidas com a sociedade".

Confira abaixo os vídeos da entrevistas que estão divididos em duas partes.

Aécio foi sabatinado pelos jornalistas Josias de Souza (UOL), Ricardo Balthazar ("Folha"), Kennedy Alencar (SBT) e Patrick Santos (Jovem Pan) sobre economia, programas sociais, suspeita de compra de votos na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outros assuntos.

Questionado diretamente, o candidato tucano não respondeu qual será sua meta de superávit ou de inflação, por exemplo. Também não explicou quais ajustes na economia irá realizar em seu governo para retomar o crescimento do país.

"O Brasil mais anseia é um governo que estabeleça regras claras, vamos criar um ambiente com regras claras e previsibilidade em todas as áreas", afirmou Aécio.

Ao ser indagado sobre mecanismos para corrigir distorções da Previdência Social, o tucano apenas afirmou que a pensão por morte precisa ser alterada, mas não explicou quais medidas tomaria sobre a questão.

Aécio tampouco quis adiantar medidas concretas, dizendo que seria preciso antes fazer um debate com a sociedade. Ao comentar a concessão de pensões por morte, disse ver "um certo exagero", mas que novas regras teriam que "ser discutidas" e "não poderão ser impostas". Sobre estabelecer uma idade mínima para aposentadoria, o tucano afirmou que a sua campanha não tem uma decisão a respeito, mas que isso iria "ocorrer no tempo certo".

O candidato foi questionado sobre como pretende aumentar o salário dos cubanos do programa Mais Médicos, mas não explicou de que forma isto será possível. Ele apenas disse que o que programas sociais do governo federal que têm dado certo serão mantidos e aprimorados.

Quando abordado sobre as suspeitas e investigações sobre compra de votos no Congresso Nacional para permitir a reeleição para presidente da República durante o governo FHC (PSDB), o candidato também tergiversou.
"A compra de votos não foi para frente porque não foi comprovada, não houve provas. Não houve movimentação. Vamos falar de futuro, só para concluir, o PT teve 12 anos de governo e não quis investigar esse caso da compra de votos da reeleição", desconversou o tucano.

Aécio também não respondeu qual será a política implantada sobre o preço da gasolina em seu governo.

"Eu não tenho ainda um plano, as pessoas vão saber exatamente o que vai acontecer com preços, a minha palavra vai ser previsibilidade", repetiu Aécio.
"Eu quero ter uma discussão rica com a sociedade sobre esses sistemas de partilha. O sistema de partilha foi benéfico par a sociedade. Vamos fazer essa decisão à luz do dia e a sociedade vai participar", declarou após ser questionado sobre o preço do combustível.

Sobre a Copa, Aécio foi questionado sobre o que pensa a respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal do Futebol e a "Futebrax", empresa estatal que poderia ser criada para gerir o futebol, e criticou a atuação de Dilma durante o Mundial. "[O governo federal] tentou surfar, uma tentativa desesperada de se apropriar o êxito da seleção. [E quando perderam de 7 x 1] tentou se descolar. Isso é mais uma demonstração da tentativa de uso político da Copa."

Após a sabatina, novamente instado por jornalistas a falar sobre suas propostas principais para reduzir a inflação e impulsionar o crescimento da economia, Aécio optou por reafirmar as críticas ao governo Dilma.

"Em todos os aspectos que se olhe, que se analise, sobre os aspectos da economia, sobre os indicadores sociais, sobre a questão da infraestrutura, o PT foi reprovado", disse. "O PSDB tem a obrigação de apresentar ao país um projeto alternativo ao que está aí. Consistente, com clareza na condução da economia, com eficiência na busca de parcerias com o setor privado para superar os gargalos de infraestrutura que atentam contra a competitividade do PIB e para que os nossos indicadores sociais voltem a melhorar em absolutamente todas as áreas." 

(Com informações do UOL, em Brasília)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!

Abração

Dag Vulpi

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook