Cadastro em site da Caixa dá acesso a informações do saldo
Por meio de ações individuais ou coletivas, milhares de trabalhadores travam na Justiça uma luta pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) maior. Se a reivindicação for julgada procedente, pessoas admitidas antes de junho de 1999 podem conseguir mais que dobrar seus rendimentos. Para quem entrou no mercado a partir daquela data, as correções podem atingir 41%.
O sonho de um fundo de garantia reajustado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) ou pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) é uma questão antiga, mas tomou forma em 2013, quando a Taxa Referencial (TR) passou a ter um desempenho ainda pior que os de anos anteriores.
Há dois dias, a Defensoria Pública da União reforçou o apelo popular ao instaurar uma ação coletiva pedindo reajuste para todos os brasileiros.
Para entrar na Justiça de forma individual ou mesmo ser beneficiado por alguma ação coletiva, o trabalhador precisa conhecer as correções a que tem direito.
Diversos sites oferecem ferramentas para calcular as perdas dos recursos. Uma delas é a página do FGTS Devido, criado pelo diretor do Instituto FGTS Fácil, Mário Avelino.
Simulamos a situação de dois trabalhadores, um admitido em junho de 1999 e outro em maio de 2007. O empregado mais antigo, caso a Justiça seja favorável às ações, pode alcançar uma revisão de R$ 37.938,10.
Ele foi contratado com um salário de R$ 3,5 mil. Com os vencimentos corrigidos pela inflação, ele tem hoje uma renda mensal de R$ 8.452,44.
De acordo com cálculos do FGTS Devido, o fundo de garantia desse trabalhador corrigido apenas pela TR hoje tem como saldo o valor de R$ 91.145,98. Se o recurso tivesse sido atualizado pelo ÍNPC, o resultado seria R$ 129.084,08.
O outro caso é de um trabalhador admitido em maio de 2007 com um salário de R$ 800 e que hoje alcançou uma renda de R$ 2,5 mil. Por causa das regras vigentes, o FGTS dele tem como saldo a quantia de R$ 18.062,77. Caso ganhe o direito à correção, os recursos podem aumentar em R$ 2.954,85, atingido R$ 21.017,62.
Avelino explica que para conhecer as perdas, o trabalhador precisa ter acesso ao extrato completo da sua conta no FGTS. “A pessoa pode se cadastrar no site da Caixa e conseguir essas informações sem burocracia. Com elas em mãos, pode lançar os dados no FGTS Devido e calcular as perdas que serão exigidas na Justiça”.
Do GAZETAONLINE
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