Derrotistas
perdem mais uma; principal agência de risco do mundo afirma que nenhuma revisão
na nota de risco do País será feita antes das eleições presidenciais;
rebaixamento era mais uma aposta furada de setores da oposição; segundo
o analista-sênior Mauro Leos, se o desempenho no período apontar para
crescimento anual de 2% e um superávit primário ao redor de 2% do Produto
Interno Bruto (PIB), conforme a expectativa da agência, não deverá haver
mudanças na atual perspectiva estável do país
Blog Dag Vulpi – O
mais recente relatório da Moody’s, principal agência de risco do mundo, é um
novo banho de água fria aos derrotistas. Na contramão de nações europeias de
peso, o Brasil não será rebaixado em 2014, avisa o analista-sênior da Mauro
Leos.
Segundo ele,
se o desempenho no primeiro semestre apontar para crescimento anual de 2% e um
superávit primário ao redor de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme a
expectativa da agência, não deverá haver mudanças na atual perspectiva estável
do país.
Jornais
tradicionais interpretaram a mensagem da Moody’s de forma negativa. Mas Leos
deixa claro que Brasil segue no caminho certo rumo ao crescimento. "Nós
acreditamos que o governo adotará uma postura diferente, o Banco Central já
elevou a taxa de juros para 10 por cento e isso é uma mensagem importante para
combate à inflação", disse.
Leia a matéria
da Reuters sobre o assunto:
Por Tiago
Pariz
Reuters - A agência de classificação de risco Moody's poderá rebaixar a perspectiva do rating do Brasil caso a economia e a política fiscal tenham desempenho abaixo das expectativas no primeiro semestre deste ano, disse nesta segunda-feira o analista-sênior da agência Mauro Leos.
Em entrevista
à Reuters, Leos disse que se o desempenho no período apontar para crescimento
anual de 2 por cento e um superávit primário ao redor de 2 por cento do Produto
Interno Bruto (PIB), conforme a expectativa da agência, não deverá haver
mudanças na atual perspectiva estável do país.
Sendo assim, a
agência aguardará a mensagem do novo governo sobre a política econômica e
fiscal, após as eleições presidenciais de outubro, para avaliar a nota
brasileira.
Mas caso o
desempenho econômico dos primeiros seis meses do ano fique aquém do esperado, a
agência poderá fazer mudanças na perspectiva do país, pois entende que o
crescimento da economia em 2015 do país estaria comprometido.
"Assim
que tivermos os dados oficiais sobre a economia e o resultado fiscal dos
primeiros seis meses, teremos uma ideia de como vai ser 2014", afirmou
Leos.
"Se for
como prevemos (o desempenho da atividade), vamos esperar as eleições e a
mensagem do próximo governo. Se for mais fraco, vamos analisar para ver se
faremos mudanças. Se for mais forte, não vamos fazer nada", acrescentou.
Em setembro de
2013, a Moody's alterou a perspectiva do Brasil de 'positiva' para 'estável',
devido ao persistente baixo crescimento que interrompeu a melhora de vários
indicadores econômicos e fiscais. Uma importante indicação de deterioração é a
relação dívida/PIB, que caminha para 60 por cento, sendo que Moody's estima que
possa chegar a 62 por cento em 2014.
"A
trajetória que a dívida/PIB tomar influenciará fortemente a perspectiva do
crédito soberano do Brasil", informou a agência nesta segunda-feira por
meio do seu relatório "Análise de Crédito: Governo do Brasil", que é
uma atualização anual para os mercados e não constitui ação de rating.
MUDANÇAS
ADIANTE?
A Moody's
avalia que o governo precisa adotar nova postura para garantir que 2015 não
seja um ano com fraco crescimento econômico e frágil resultado fiscal.
"A
questão é se o crescimento vai continuar baixo, o superávit primário fraco e a
dívida vai permanecer alta em 2015", afirmou Leos. "Isso significará
que o Brasil terá quatro anos de desempenho fraco", emendou.
"Nós
acreditamos que o governo adotará uma postura diferente, o Banco Central já
elevou a taxa de juros para 10 por cento e isso é uma mensagem importante para
combate à inflação", afirmou.
Leos considera
que está sendo feito algum tipo de progresso por parte da equipe econômica. Ele
citou, por exemplo, as promessas de o Tesouro reduzir a injeção de recursos no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, de adotar uma política fiscal mais transparente.
"Se o
governo fizer uma apresentação simples sobre o que será feito com o resultado
primário, é uma mudança importante que vai contribuir para melhorar o
sentimento", afirmou o analista-sênior da Moody's. "Mas é preciso
fazer mudanças maiores que são mais difíceis de serem feitas", emendou.
A fragilidade
dos resultados fiscais e a elevação da relação dívida/PIB tem levantado
questões dentro do mercado sobre a possibilidade de rebaixamento da nota
brasileira pelas agências de classificação de risco, mais ainda dentro da faixa
de grau de investimento.
Do Brasil 247
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