Novo líder do
PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy critica "antecipação" do debate
eleitoral pelo PT e reafirma que a candidatura de seu correligionário Aécio
Neves a presidente da República representa as "mudanças" que o povo
brasileiro anseia; entre os pontos que enxerga negativos no governo, está o
"inchaço" da máquina; "A presidente Dilma manobra o governo para
ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade
da administração pública"
O novo líder
do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, da Bahia, voltou a criticar a
"antecipação" do debate eleitoral pelo PT e também reafirmou que a
candidatura de seu correligionário Aécio Neves a presidente da República
representa as "mudanças" que o povo brasileiro anseia.
Em sua
participação no programa Band Entrevista, o tucano destacou como "grandes
avanços" promovidos pelo Legislativo a aprovação do Orçamento Impositivo e
do voto aberto em decisões sobre cassação de parlamentares e análise de vetos
presidenciais.
Imbassahy
também criticou o "inchaço da máquina pública federal", atualmente
com 39 ministérios e o Banco Central.
"A
presidente Dilma manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto
deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública."
Abaixo a íntegra da entrevista .
Voto aberto - Foi
uma importante vitória, embora, no Congresso, não tivéssemos conseguido aprovar
o voto aberto para todas as modalidades de votação. O voto aberto, conforme a
Proposta de Emenda à Constituição aprovada, ficou apenas para casos de cassação
de mandato parlamentar e vetos da Presidência da República.
Liberdade de
imprensa - Além da vitória do voto aberto, destacamos no ano passado a
nossa resistência contra tentativas de segmentos radicais do PT que querem o
controle da mídia. Isso é um absurdo. É quase como se fosse uma censura prévia,
como acontece em outros países da América Latina. O Congresso Nacional tem que
resistir a esses movimentos do PT.
Política do
toma-lá-dá-cá - Quando o governo libera as emendas dos parlamentares, ele
aproveita para constranger, para fazer negociação. Faz de uma maneira
desabrida, aberta. O Poder Executivo libera recursos para deputados da base,
mas segura os recursos dos parlamentares de oposição. Funciona como se a gente
tivesse uma representação de valor menor do que o deputado que está apoiando o
governo. Não é compatível com a democracia.
Orçamento
Impositivo - A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que obriga o
governo federal a liberar as emendas empenhadas pelos parlamentares vai
corrigir essa deficiência, a política da negociação. O deputado, da base ou da
oposição, terá o mesmo tratamento na liberação de recursos que ele destina para
o seu município, para o seu estado.
Programa de
governo - Os pontos lançados por Aécio Neves são contribuições que
recolhemos de todo o país. O senador viajou o Brasil acompanhado de muitas
lideranças do partido, políticas e empresariais. Isso é apartidário. Estamos
colocando uma proposta para iniciar um debate para elaboração de um programa de
governo. Isso porque queremos a mudança de verdade do Brasil.
Máquina
pública inchada - A presidente Dilma deveria se preocupar em reduzir o
número de ministérios, em 39. É impossível governar com essa quantidade de
subordinados. O PT criou 13 empresas estatais. É um desperdício, uma coisa
perdulária. Infelizmente, não tenho expectativa de que ela diminua esse número.
Pelo contrário, vai fazer é essa composição da política tradicional para ter
tempo de televisão. A presidente manobra o governo para ter tempo de televisão,
enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública.
Do Brasil 247
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