quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Antônio Imbassahy: "Aécio é a mudança que o Brasil quer de verdade"


Novo líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy critica "antecipação" do debate eleitoral pelo PT e reafirma que a candidatura de seu correligionário Aécio Neves a presidente da República representa as "mudanças" que o povo brasileiro anseia; entre os pontos que enxerga negativos no governo, está o "inchaço" da máquina; "A presidente Dilma manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública"

O novo líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, da Bahia, voltou a criticar a "antecipação" do debate eleitoral pelo PT e também reafirmou que a candidatura de seu correligionário Aécio Neves a presidente da República representa as "mudanças" que o povo brasileiro anseia.

Em sua participação no programa Band Entrevista, o tucano destacou como "grandes avanços" promovidos pelo Legislativo a aprovação do Orçamento Impositivo e do voto aberto em decisões sobre cassação de parlamentares e análise de vetos presidenciais.

Imbassahy também criticou o "inchaço da máquina pública federal", atualmente com 39 ministérios e o Banco Central.

"A presidente Dilma manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública." Abaixo a íntegra da entrevista .

Voto aberto - Foi uma importante vitória, embora, no Congresso, não tivéssemos conseguido aprovar o voto aberto para todas as modalidades de votação. O voto aberto, conforme a Proposta de Emenda à Constituição aprovada, ficou apenas para casos de cassação de mandato parlamentar e vetos da Presidência da República.

Liberdade de imprensa - Além da vitória do voto aberto, destacamos no ano passado a nossa resistência contra tentativas de segmentos radicais do PT que querem o controle da mídia. Isso é um absurdo. É quase como se fosse uma censura prévia, como acontece em outros países da América Latina. O Congresso Nacional tem que resistir a esses movimentos do PT.

Política do toma-lá-dá-cá - Quando o governo libera as emendas dos parlamentares, ele aproveita para constranger, para fazer negociação. Faz de uma maneira desabrida, aberta. O Poder Executivo libera recursos para deputados da base, mas segura os recursos dos parlamentares de oposição. Funciona como se a gente tivesse uma representação de valor menor do que o deputado que está apoiando o governo. Não é compatível com a democracia.

Orçamento Impositivo - A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que obriga o governo federal a liberar as emendas empenhadas pelos parlamentares vai corrigir essa deficiência, a política da negociação. O deputado, da base ou da oposição, terá o mesmo tratamento na liberação de recursos que ele destina para o seu município, para o seu estado.

Programa de governo - Os pontos lançados por Aécio Neves são contribuições que recolhemos de todo o país. O senador viajou o Brasil acompanhado de muitas lideranças do partido, políticas e empresariais. Isso é apartidário. Estamos colocando uma proposta para iniciar um debate para elaboração de um programa de governo. Isso porque queremos a mudança de verdade do Brasil.

Máquina pública inchada - A presidente Dilma deveria se preocupar em reduzir o número de ministérios, em 39. É impossível governar com essa quantidade de subordinados. O PT criou 13 empresas estatais. É um desperdício, uma coisa perdulária. Infelizmente, não tenho expectativa de que ela diminua esse número. Pelo contrário, vai fazer é essa composição da política tradicional para ter tempo de televisão. A presidente manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública.



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