Na avaliação
do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, como orçamento da União foi
votado em dezembro, o governo vai depender pouco do Congresso no ano que vem:
“O governo deve mais segurar que fazer andar votações e só vai se empenhar
naquilo que não implicar em aumento de despesas”
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Dag Vulpi – Com
carnaval em março, Copa do Mundo no Brasil e eleições, 2014 não deve ser um ano
de votações de temas muito polêmicos no Congresso. Apesar do ceticismo de
muitos parlamentares, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) disse
que entre as prioridades para a retomada dos trabalhos em fevereiro está a
votação da reforma política também defendida pelo colega do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL). O senador alagoano, defende a proposta da presidenta Dilma
Rousseff de realizar a reforma com base em uma consulta popular, já que, segundo
ele, está claro que o Poder Legislativo não é capaz de avançar sozinho nesta
questão.
Além da
reforma política, Henrique Alves mencionou outros projetos importantes para o
ano que vem como o Código de Mineração e o Marco Civil da Internet, este último
tramita em regime de urgência constitucional e tranca a pauta de votações da
Casa. "São três temas que vão agitar, do ponto de vista positivo, o
Parlamento, sacudir o Parlamento para definição de uma decisão em favor do País
e do povo brasileiro", afirmou. Outra proposta importante que, segundo
ele, deve estar entre as prioridades do primeiro semestre de 2014 é a
regulamentação da Emenda Constitucional n 72 que assegurou direitos
trabalhistas e sociais de empregados domésticos.
A maior
pressão na Câmara no entanto, deve ser em torno do avanço de propostas ligadas
à chamada pauta das ruas. São matérias que já foram aprovadas pelo Senado e
agora dependem da votação dos deputados para saírem do papel. Entre os
principais projetos estão, por exemplo, o que torna corrupção crime hediondo
(PLS 204/2011), ficha limpa para servidores públicos (PEC 6/2012), além do que
reduz de dois para um o número de suplentes de senador (PEC 11/20030) e o Plano
Nacional de Educação (PL 8.035/10).
Já no Senado,
a expectativa é avançar na proposta do passe livre nacional para estudantes
(PLS 248/2013) e na que acaba com o foro privilegiado para crimes comuns (PEC
10/2013). Os senadores também devem se debruçar nos esforços concentrados que
serão programados ao longo do ano, nos projetos que aguardam modernização, como
a dos Códigos Penal, Comercial e de Defesa do Consumidor.
Na avaliação
do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz como orçamento da União foi
votado em dezembro, o governo vai depender pouco do Congresso no ano que vem.
Tomando como
base 2013, quando o Planalto, segundo levantamento do Diap editou 27 medidas
provisórias, cerca de duas por mês, Queiroz não acredita que 2014 será um ano
em que a pauta do Congresso vai ser dominada por este instrumento.
Para evitar
desgaste político em ano eleitoral o diretor do Diap, também, não acredita no
avanço de temas polêmicos na pauta.
“O governo
deve mais segurar que fazer andar votações e só vai se empenhar naquilo que não
implicar em aumento de despesas”, espera.
Da Agência
Brasil
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