Em mensagem de
fim de ano, postada no Facebook, ex-presidente tucano parece torcer pela
"tempestade perfeita"; ele afirma que "ano que termina não foi
dos melhores para o país"; segundo FHC, "nuvens pesadas rondam a
economia", com a complicação de "contas públicas e inflação
perigosa"; mesmo quando admite avanços, tom é pessimista:
"felizmente, a massa salarial não caiu nem o desemprego voltou a assustar.
Mas, até quando?"; FHC diz ainda que população está inconformada "com
a patifaria política e com a corrupção" e faz elogios ao STF e às
manifestações de rua; por fim, pede que "o despertar do povo brasileiro
encontre eco em lideranças responsáveis"
Blog
Dag Vulpi –
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não desistiu da "tempestade
perfeita". Em sua mensagem de fim de ano, postada no Facebook, ele avalia
que o "ano que termina não foi dos melhores para o país" e afirma que
"nuvens pesadas rondam a economia". O tom é sinistro. "Contas
públicas se complicam, inflação perigosa", escreveu ele.
Mesmo quando
admite poucos avanços, o tom do político tucano é pessimista: "Felizmente,
a massa salarial não caiu nem o desemprego voltou a assustar. Mas, até
quando?". E cita dois "sinais alentadores": a população tomou as
ruas exigindo seus direitos e demonstra "inconformidade com a patifaria
política e com a corrupção" e o STF "mostrou que mesmo os poderosos
têm de obedecer às leis, pagando os desvios de comportamento com o preço da
liberdade".
Neste ano, o
Supremo Tribunal Federal poderá colocar em pauta o chamado "mensalão
tucano", que envolve o ex-governador e atual deputado Eduardo Azeredo
(PSDB-MG). Embora tenha instituído o regime de metas de inflação, no seu
segundo mandato, FHC não foi capaz de cumpri-las e atribuiu a alta dos preços,
que superou dois dígitos, em seu segundo ano de governo, ao temor dos mercados
em relação ao PT. De 2003 (já no governo Lula) em diante, ela só não foi
cumprida no primeiro ano (leia mais aqui).
"Meus
votos para 2014, além dos relativos ao bem estar das pessoas e ao aumento da
solidariedade entre nós, são de que o início de despertar do povo brasileiro
encontre eco em lideranças responsáveis, capazes de abrir caminhos novos, mais
seguros. Líderes que ofereçam prosperidade duradoura e garantam as liberdades
individuais e coletivas", escreveu Fernando Henrique.
Segundo o
ex-presidente tucano, "ano eleitoral é sempre ano de expectativas de
mudanças".
Leia
a íntegra de sua mensagem:
"O ano
que termina não foi dos melhores para o país: nuvens pesadas rondam a economia,
contas públicas se complicam, inflação perigosa. Felizmente, a massa salarial
não caiu nem o desemprego voltou a assustar. Mas, até quando?
Há,
entretanto, sinais alentadores: a população tomou as ruas para exigir melhor
qualidade de vida, demonstrando inconformidade com a patifaria política e com a
corrupção. E o Supremo Tribunal Federal mostrou que mesmo os poderosos têm de
obedecer às leis, pagando os desvios de comportamento com o preço da liberdade.
Sopra, pois, a esperança.
Meus votos
para 2014, além dos relativos ao bem estar das pessoas e ao aumento da
solidariedade entre nós, são de que o início de despertar do povo brasileiro
encontre eco em lideranças responsáveis, capazes de abrir caminhos novos, mais
seguros. Líderes que ofereçam prosperidade duradoura e garantam as liberdades
individuais e coletivas. Ano eleitoral é sempre ano de expectativas de
mudanças. Que elas venham e nos levem a um futuro melhor".
Do 247
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