Blog Dag Vulpi - Senador Zezé Perrella (SSD-MG) usou a tribuna para se defender da suspeita de envolvimento seu e do filho Gustavo com tráfico de drogas, desde que o helicóptero da família foi apreendido com mais de 450 qiulos de pasta de cocaína; "o meu filho não conhece sequer droga. O piloto, que trabalhava para meu filho, prestou um depoimento em que disse que [Gustavo] não sabia de absolutamente nada. Que ele foi cooptado pelo co-piloto, que era um conhecido dele e que não trabalhava para o meu filho"
O senador Zeze Perrella (PDT-MG) negou, nesta terça-feira (3), em Plenário, qualquer envolvimento de seu filho, o deputado estadual Gustavo Perrela (SDD-MG), com o transporte de quase meia tonelada de cocaína apreendida em helicóptero da família Perrela no último domingo. O piloto trabalhava como assessor de Gustavo na Assembleia Legislativa.
Zeze Perrella afirmou que o filho autorizou Rogério Almeida Antunes, piloto da aeronave - que saiu de Minas e foi apreendida no Espírito Santo - a fazer um frete até São Paulo, mas não o deslocamento para o estado do Espírito Santo. Perrela disse que o filho não sabia da existência das drogas. De acordo com o senador, ele e o seu filho sempre lutaram contra as drogas e esse é um dos momentos mais difíceis que a família já teve que enfrentar.
- A verdade é essa e foi dita, mas a imprensa quando não quer entender, quer ver sangue, quer massacrar. O meu filho não conhece sequer droga. O piloto, que trabalhava para meu filho, prestou um depoimento em que disse que [Gustavo] não sabia de absolutamente nada. Que ele foi cooptado pelo co-piloto, que era um conhecido dele e que não trabalhava para o meu filho. E que ele receberia R$ 104 mil para fazer esse frete, dos quais ele ficaria com R$ 60 mil e o co-piloto, com R$ 44 mil - declarou Perrela.
O senador disse que o seu filho não consta sequer como investigado e afirmou que o seu único erro foi confiar na pessoa errada. Zeze Perrella disse esperar que o dono dessa droga seja preso.
- Torço para que peguem os cabeças dessa organização, que essas pessoas apodreçam na cadeia.
O parlamentar também respondeu a matérias publicadas pela imprensa, segundo as quais o abastecimento do helicóptero era pago pelo Senado.
- Sugeriram, inclusive, que esse voo da droga, esse voo maldito, foi feito com abastecimento de dinheiro público. Eu, inclusive, como senador, já abasteci também. Não tenho o que negar. Usei R$ 14 mil durante o ano inteiro [para abastecer o helicóptero]. Poderia usar R$20 mil por mês. Se estiver errado, que se mude o Regimento - concluiu.
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