Em entrevista
a "Veja" ex-secretário de Justiça diz que havia estrutura para
perseguir adversários
Blog Dag Vulpi
-Brasília- No Congresso, a oposição retomou do fim de semana disposta a levar
adiante as denúncias do delegado Romeu Tuma Junior, que, em entrevista à
revista "Veja" e num livro, denunciou a existência de uma
"fábrica de dossiês" no Ministério da Justiça, durante o governo
Lula. No Senado, o ex-líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), protocolou
requerimento para que o ex-secretário Nacional de Justiça seja convidado a comparecer
à Comissão de Constituição e Justiça para apresentar documentos que comprovem
as denúncias constantes do livro "Assassinato de reputações" cujos
trechos foram adiantados na revista.
Já o DEM, além
de apresentar dois convites para que Turma Jr. vá às comissões de Segurança
Pública e de Fiscalização e Controle da Câmara, pede também que o ministro da
Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, seja convocado para depor
em ambas.
Os trechos
mais polêmicos do livro envolvem Carvalho, apontado como um dos auto-i res de
pedido para fazer dossiê contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB),
e de ter admitido o desvio para os cofres do PT de recursos da prefeitura de
Santo André durante a gestão do prefeito Celso Daniel. Carvalho anunciou que
irá processar o delegado.
— Pela
natureza de suas atividades, Tuma ouviu confidências e teve contato com alguns
dos segredos mais bem guardados do país, mas também experimentou um outro lado
do poder, um lado sem escrúpulos, sem lei, no qual o governo é usado para
proteger os amigos e triturar aqueles que são considerados inimigos — afirmou
Álvaro Dias.
Segundo a
entrevista de Tuma Junior a "Veja" entre 2007 e 2010, período em que
comandou a secretaria, ele teria testemunhado o funcionamento de um aparelho
clandestino que usava as engrenagens oficiais do Estado para perseguir os
adversários.
Globo.com
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