Clube paulista
foi considerado culpado por escalar o meia Héverton de forma irregular na
última rodada do Brasileirão e foi rebaixado; decisão é passível de recurso
O presidente
da Portuguesa Manoel da Lupa afirmou ter ouvido que o julgamento do clube no
STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) já estava decidido antes mesmo
de ocorrer. O dirigente, que lamentou a sentença que condenou o time do Canindé
a perder quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton na última
rodada do Brasileirão, falou que sabia que a votação dos auditories "ia
ser 4 a 1 ou 5 a 0".
"Em 2010
era imoral tirar o título do Fluminense. Por que agora não é imoral rebaixar a
Lusa? A gente fica desiludido pela decisão, mas temos que entender, usar o
departamento jurídico e recorrer", afirmou da Lupa em entrevista ao
SporTV.
"A
Portuguesa vai até o fim. Nós não temos muita esperança, ouvi ali dentro que ia
ser 4 a 1 ou 5 a 0. Se vai para a Justiça comum ou não, não sei. Quem tem
direito vai correr atrás", completou o presidente da Portuguesa.
Com a
condenação em primeira instância, a Lusa terá de jogar a Série B em 2014. O
clube foi considerado culpado por escalar o meia Héverton de forma irregular na
última rodada do Brasileirão e punido com a perda de quatro pontos. Assim, cai
de 48 pontos para 44 na classificação do campeonato, o que o derruba para a 17ª
posição. O Fluminense, que estava na zona de rebaixamento, subiu para o 16º lugar
e permanece na elite no ano que vem.
João
Zanforlim, advogado que defendeu a Portuguesa, fez uma comparação inusitada
sobre a decisão do STJD: "São necessários equilíbrio e dosimetria.
Para matar a pulga do cachorro, mataram o cachorro. É terrível, uma dose
exagerada", afirmou.
A decisão foi
unânime por parte dos auditores do STJD. O clube foi denunciado no artigo 214
do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala “incluir na equipe,
ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação
irregular para participar de partida, prova ou equivalente”.
A sentença do
STJD é passível de recurso e o time do Canindé já apresentou pedido de revisão.
O Pleno da entidade desportiva irá analisar o caso no dia 27 de dezembro.
Do iG São
Paulo
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