O presidente
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acaba de tomar mais uma decisão
polêmica; ele, que construiu a imagem de agente implacável contra a corrupção,
na condução da Ação Penal 470, determinou que o Tribunal de Justiça de São
Paulo volte a pagar os subsídios do desembargador Arthur del Guércio Filho; ele
foi afastado quando investigações da Polícia Federal apontaram que ele pedia
favores financeiros aos advogados das causas que tramitavam no tribunal;
pedidos de propina eram feitos até por SMS.
Com José
Genoino, o "01" das prisões determinadas por Joaquim Barbosa, na Ação
Penal 470, certamente seria diferente. Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal, além de determinar sua prisão no feriado de 15 de novembro,
lutou para que ele fosse cassado da Câmara dos Deputados e ficasse impedido de
receber a aposentadoria integral da casa, onde exerceu diversos mandatos
consecutivos – a cassação não ocorreu, porque Genoino renunciou antes.
Agora, Barbosa
acaba de tomar uma decisão na direção oposta, que beneficia um desembargador de
São Paulo, que foi afastado do cargo por suspeita de corrupção. Trata-se de
Arthur del Guércio Filho, que caiu após investigações da Polícia Federal
apontarem que ele cobrava favores financeiros dos advogados com processos que
tramitavam no tribunal. As propinas, cobradas por SMS, chegavam a R$ 35 mil nas
ações, segundo a PF.
O
desembargador foi afastado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas Barbosa
acaba de beneficiá-lo. Uma decisão polêmica, revelada nesta segunda-feira pelo
jornalista Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo (leia aqui), obriga o TJ a voltar a pagar os proventos integrais
ao juiz suspeito de corrupção. Ele está afastado do cargo desde 3 de abril e é
alvo de um processo disciplinar.
“Apenas a
instauração do processo administrativo disciplinar não legitima a supressão de quaisquer
verbas na remuneração dos magistrados”, assinalou o ministro Joaquim Barbosa,
em sua decisão. O desembargador tinha o hábito de enviar torpedos por
celular para advogados solicitando quantias em dinheiro. “Tudo a sugerir um
verdadeiro padrão de comportamento desbordante da mais comezinha postura
expectável de um magistrado”, disse o presidente do TJ, desembargador Ivan
Sartori, quando foi aberto o procedimento disciplinar, há 8 meses.
Via 247
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