A senadora Ana
Amélia (PP-RS) cobrou, nesta quinta-feira (22), mais transparência do governo
federal em relação ao programa Mais Médicos, criado pela Medida Provisória621/2013. Em Plenário, ela disse que faltam informações
detalhadas sobre a contratação dos 400 médicos cubanos que chegam na próxima
semana ao Brasil para trabalhar nos 701 municípios que não foram
escolhidos por nenhum profissional na primeira etapa do programa, a maioria no
Norte e no Nordeste. Até o fim deste ano, o Brasil deve receber 4 mil
médicos cubanos.
A senadora
questionou as condições em que o primeiro grupo será transportado, recebido e
hospedado, além dos custos dessa operação logística para o país.
- Para onde
irão? Para uma unidade militar? Como eles sairão de Cuba, em aviões cubanos ou
da FAB? - indagou.
Outra
preocupação manifestada por Ana Amélia é com o anúncio do repasse de R$ 10 mil
mensais por médico a Cuba. Para a parlamentar, não está claro se os acordos
correspondem a contratos individuais com os profissionais ou se o Brasil está
contratando um serviço terceirizado junto ao governo cubano.
- Aí ocorreria
a precarização do serviço. O governo brasileiro vai pagar ao governo cubano e
não ao médicos que virão para cá - disse.
A parlamentar
citou reportagem que relata lucros para o regime cubano de cerca de US$ 5
bilhões com serviços prestados por seus médicos na Venezuela, pagos em barris
de petróleo, na África do Sul e em outros países.
Para garantir
que não haverá exploração da atividade médica e que será garantida a
assistência de saúde, especialmente na área de prevenção, Ana Amélia afirmou
que o governo precisa esclarecer melhor o programa.
- Queremos a
solução, mas com muita transparência, de uma decisão que até nos surpreendeu
pela forma como foi anunciada depois do que discutimos aqui - argumentou.
Agência Senado
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