Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os peregrinos argentinos que se encontraram, há pouco, com o papa Francisco já começam a deixar a Catedral de São Sebastião, na Avenida Chile, no centro, tomando o rumo do metrô e dos ônibus que os levarão à Praia de Copacabana, para a Festa da Acolhida. Muitos deles estavam frustrados porque não conseguiram entrar na catedral, que tem capacidade para 5 mil pessoas sentadas.
Foi o caso de Claudia Mut, de 56 anos, que coordena um grupo de 19 jovens da cidade argentina de Rosario de Santa Fé. Hospedada no Colégio São José, na Tijuca, Claudia tomou um ônibus e chegou à catedral às 8h, mas não conseguiu entrar. Para ela, o encontro do papa com os peregrinos argentinos deveria ter ocorrido em um estádio, como o Maracanã, para comportar um número maior de fiéis.
Claudia reclamou do policiamento nas imediações da catedral. “Diferentemente dos outros dias, hoje, o patrulhamento não nos assistiu muito bem. Pedimos ajuda, mas não vimos muitos carros de polícia”, disse ela.
Dolores Injaurralde, de 26 anos, que veio de Buenos Aires, também criticou o esquema de segurança montado para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “No meu grupo, dois peregrinos já tiveram celulares roubados. Não demos queixa, não faz sentido, não vamos conseguir recuperar”, lamentou Dolores, que está hospedada em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Apesar disso, ela se disse satisfeita com a presença de Francisco no Rio de Janeiro. “O fato de o papa ser argentino nos traz um sentimento acolhedor. Nós nos sentimos em casa.”
No final do encontro com o papa Francisco, os compatriotas dele que ficaram do lado de fora da catedral rezaram juntos uma Ave Maria. Ao deixar a igreja, o pontífice acenou para os peregrinos que não conseguiram entrar no templo, chegando a levantar uma bandeira argentina.
Em seguida, em carro fechado, Francisco dirigiu-se à residência Assunção, no Sumaré, para almoçar e descansar até a hora de ir para a Festa da Acolhida, em Copacabana.
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