O consumo de álcool prejudica a capacidade humana de agir de forma diferente ou improvisada em relação ao chamado “piloto automático” das respostas feitas por impulso ou pressão, que são características naturais em situações críticas. Um novo estudo feito por pesquisadores do Instituto Ocidental do Cérebro e da Mente (BMI), publicado esta semana na revista PLoS ONE, mostrou que, mesmo depois de ingerir algumas doses de álcool, as pessoas em geral não tem dificuldades para manter as respostas automáticas da mente – o que muda completamente de figura quando submetidos a situações em que havia necessidade de tomar uma atitude diferente do padrão.
De acordo com os cientistas, estudos anteriores já haviam constatado que as respostas rápidas, ou “por impulso”, são características próprias do cérebro humano, em uma espécie de “piloto automático”. Durante os testes, os pesquisadores avaliaram tais respostas dos participantes em estado de sobriedade e, posteriormente, após a ingestão de álcool. Na maior parte dos testes, os resultados mostraram que mesmo após o álcool, a maioria dos participantes conseguia realizar tarefas com as quais estavam acostumados – como dirigir em uma situação tranquila na estrada.
O resultado mudou completamente quando a situação foi alterada para um cenário onde o participante deveria agir de forma improvisada, buscando uma saída para quando as ações comandadas pelo “piloto automático” não fossem suficientes. Os testes mostraram que os níveis de álcool tornavam as pessoas incapazes de reagir a situações inesperadas em tempo hábil, ou mesmo eram incapazes e dar uma resposta que não fosse de acordo com o padrão automático de comportamento. Ou seja, depois de beber em certo níveis, fica impossível desligar o “piloto automático”, segundo os cientistas.
“Este estudo mostra que, embora o comportamento seja bem praticado quando no automático, se mantendo bastante robusto para os efeitos de quantidades moderadas de álcool, as coisas realmente podem desmoronar quando você tem que substituir essas respostas padrões e fazer algo diferente”, explica Kevin Johnston, principal autor do estudo, citando, mais uma vez como exemplo, a condução de veículos, onde os motoristas, muitas vezes, têm de ajustar aceleração, direção e frenagem como resultado de condições da estrada ou em função de eventuais obstáculos na pista.
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Dag Vulpi