A taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar 2013 e 2014 em 9% ao ano, de acordo com a pesquisa do Banco Central (BC) em instituições financeiras. Essa foi a terceira semana seguida em que a projeção foi ajustada para cima. Na segunda-feira passada, a estimativa era que a Selic chegasse ao final de 2013 em 8,75% ao ano.
De acordo com a mediana (desconsidera os extremos nas projeções) das expectativas das instituições financeiras, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, nos dias 9 e 10 de julho, a Selic deve voltar a ser ajustada em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a taxa básica está em 8% ao ano. Em maio, o Copom elevou a Selic em 0,5 ponto percentual.
A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência, calibrar a inflação, que tem apresentado alta no país.
O aumento nas projeções para a taxa Selic ao final do ano veio depois da divulgação da ata da última reunião do Copom, em 6 deste mês. Para o Copom, é apropriada a intensificação do ritmo de ajuste da taxa básica de juros.
O Copom considera que o nível elevado de inflação e a dispersão de aumentos de preços contribuem para que a inflação mostre resistência. Mas a expectativa do Copom é que, com o aumento da Selic, a inflação caia neste ano e que essa tendência de declínio persista em 2014.
De acordo com a pesquisa do BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar ao final deste ano em 5,83%, contra 5,80% previstos na semana passada. Para 2014, a projeção segue em 5,80%.
Cabe ao BC fazer com que a inflação (IPCA) fique na meta, que tem como centro 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 4,79% para 4,92%, este ano, e de 5,10% para 5%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)subiu de 4,50% para 4,60%, este ano, e de 5,14% para 5,17%, no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa também subiu de 4,40% para 4,49%, este ano, e foi mantida em 5,28%, em 2014.
Agência Brasil
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