A seção do Ordem dos Advogados do
Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) promoveu na manhã de hoje (24) um ato a favor
da reforma política. No evento, a entidade anunciou a criação de um comitê de
mobilização pela reforma política, que vai ter representantes da sociedade
civil.
A crise de representatividade dos
partidos e a promoção de ações para resgatar o compromisso dos governos com a
sociedade serão temas do comitê. O grupo será integrado por centrais sindicais,
movimentos estudantis, partidos políticos e por representantes da OAB-RJ. A
iniciativa da entidade surge após a onda de manifestações que tomou as ruas do
país nos últimos dias. Na reunião desta segunda-feira, participaram
representantes de partidos, sindicatos e de estudantes.
De acordo com o presidente da OAB-RJ,
Felipe Santa Cruz, a entidade vai cumprir seu papel institucional de cobrar das
autoridades soluções para os problemas da prestação dos serviços públicos.
"Temos que dar uma resposta concreta ao grito de alerta que está sendo
dado. Os governantes brasileiros devem compreender que os canais democráticos
de representação política estão sendo deixados de lado. A sociedade não entende
a atuação dos Poderes estabelecidos. Queremos que esses protestos nas ruas, que
são episódios históricos no nosso país, representem a volta da nossa
democracia", disse Santa Cruz.
Segundo a presidenta da Associação
Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames), Bárbara Melo, os estudantes
estão tendo cada vez mais consciência política. "Já não vivemos mais aquele
tempo em que os estudantes usavam a internet apenas para o entretenimento. Hoje
em dia você percebe que existe uma série de debates sobre os mais variados
temas que cercam o público jovem. Claramente houve uma mudança de comportamento
de uns anos para cá. E ter uma assembleia pública como esta, para debatermos
ideias é muito importante para o processo democrático", disse.
Para o presidente estadual do PSTU,
Cyro Garcia, as ações integradas da sociedade civil são fundamentais para o
início da reforma política. "Temos uma oportunidade de resgatar esse
debate que durante muito tempo ficou esquecido. E não é apenas uma causa que
nós estamos debatendo aqui hoje. São milhares de minorias e anseios populares
que estão em jogo. Somente essas ações podem esclarecer de que maneira queremos
o nosso país no futuro", disse Garcia.
Agencia Brasil
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