A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que considera as "manifestações pacíficas legítimas", em meio à onda de protestos nas principais cidades do país.
A ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, afirmou que "a presidente considera que as manifestações pacíficas são legítimas e são próprias da democracia e que é próprio dos jovens se manifestarem". A mensagem foi transmitida pela ministra a jornalistas no Palácio do Planalto a pedido de Dilma.
A ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, afirmou que "a presidente considera que as manifestações pacíficas são legítimas e são próprias da democracia e que é próprio dos jovens se manifestarem". A mensagem foi transmitida pela ministra a jornalistas no Palácio do Planalto a pedido de Dilma.
A presidente reuniu-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para receber um relato sobre o quadro de manifestações no país, segundo a ministra.
Os protestos, inicialmente convocados para reivindicar contra o aumento nas tarifas de ônibus, levaram dezenas de milhares de manifestantes às ruas de capitais nesta segunda-feira. Autoridades temiam embates violentos e depredações, como ocorreu na semana passada em São Paulo.
No fim de semana, manifestantes e policiais também se enfrentaram em protestos contra os gastos de recursos públicos nos preparativos para a Copa do Mundo antes das partidas pela Copa das Confederações entre Brasil e Japão, em Brasília, e México e Itália, no Rio de Janeiro.
Em Brasília, manifestantes chegaram a ocupar a área da cobertura do Congresso Nacional no início da noite desta segunda-feira, mas não chegaram ao Planalto, onde a segurança foi reforçada.
COPA DO MUNDO
A presidente também pediu que o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) abrisse o diálogo com manifestantes, principalmente aqueles que questionam os gastos do governo federal com a Copa do Mundo de 2014.
Gilberto disse que "se é um sentimento de que a Copa não é adequada... se há esse sentimento, vamos informar qual o investimento que fizemos nos Estados em infraestrutura".
O ministro fez questão de frisar, em declaração a jornalistas, que as manifestações representam um novo fenômeno e que passam pelo momento mais tenso e que o diálogo é a única forma de solucionar os impasses.
"Esse é um momento muito especial de muita tensão e nós queremos agora, no diálogo com o movimento, virar essa página", disse.
Segundo ele, os protestos não vão causar problemas para a realização de grandes eventos no país e que esses jovens têm algo a dizer e precisam ser ouvidos.
"De maneira alguma esses eventos vão pôr em risco os grandes eventos", disse.
"Nós vamos caminhar por uma vertente que valorize essa mobilização e que possa também chamar esses jovens para a maturidade de compreenderem o significado que tem para o país um evento dessa magnitude", argumentou.
Ele alertou ainda que não se deve usar essas manifestações para tirar proveito político.
"É bom que ninguém se precipite em tirar proveito político de um lado e de outro dessa história, porque acho que a coisa é um pouco mais complexa e diz respeito provavelmente a um novo tipo (de protestos)", afirmou.
Uma fonte do governo ouvida pela Reuters afirmou que no caso de São Paulo há pouca margem para envolvimento direto da administração federal. Isso porque os manifestantes tinham como bandeira principal a redução do preço do transporte público e, agora, a reivindicação derivou para o "direito de se manifestar", depois da reação da polícia na última quinta-feira.
O governo federal avalia, porém, segundo essa fonte que falou sob condição de anonimato, que no caso das manifestações que contestam os gastos para realização da Copa do Mundo de 2014 é necessário agir para dialogar e esclarecer os investimentos federais.
Terra
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