Uma equipe de pesquisadores brasileiros anunciou a descoberta da estrela mais distante da nossa galáxia com características semelhantes ao Sol. A estrela fica a uma distância de pelo menos 2 mil anos-luz (cada ano-luz equivale a aproximadamente 9,46 trilhões de quilômetros) da Terra.
O anuncio é importante, porque, por ser mais antiga que o Sol em 2 milhões de anos, essa estrela servirá em estudos para determinar como ocorrerá a evolução solar nos próximos anos. “Esse é o aspecto principal da nossa descoberta”, define Jorge Meléndez, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores da pesquisa.
O estudo foi desenvolvido em parceria entre cinco cientistas brasileiros da USP, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além do professor japonês Yoichi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão.
Para as observações foi utilizado o telescópio japonês Subaru, localizado em Mauna Kea, no Havaí, Estados Unidos. “É uma das montanhas que tem uma das melhores condições de observação no mundo”, explica Meléndez. Nesse telescópio foram feitas duas observações, uma em outubro do ano passado e outra em março deste ano.
Além do telescópio, os cientistas usaram um satélite de 8 metros, o CoRot, que recebeu financiamento de vários países como França, Áustria, Bélgica, Alemanha, Brasil e Espanha. “Com a ajuda desse satélite, a gente selecionou estrelas com períodos similares ao Sol”, explicou.
O astrônomo disse que o problema da observação da Terra apenas pelo telescópio é que a atmosfera terrestre gera ruído quando se olha a luz das estrelas. Como o objetivo dos pesquisadores era justamente observar a rotação dessas estrelas, deduzida a partir das suas luzes emitidas, era necessário uma precisão muito alta dos instrumentos, algo impensável de se fazer estando na Terra.
“O satélite nos indicou quais as eram as estrelas com período de rotação similares ao Sol. Para confirmar se realmente são parecidas com o Sol ou não, a gente observou essas estrelas com o telescópio Subaru. Ao todo, foram observadas quatro e, dessas, uma era gêmea solar [que tem características semelhantes ao Sol]”.
Meléndez contou que os cientistas conseguiram determinar o período de rotação de uma estrela localizando onde ficam as suas manchas (semelhantes às manchas solares). O próximo passo na observação dos cientistas foi acompanhar o tempo de demora para que uma dessas manchas completasse uma volta.
Segundo Meléndez, essa foi a primeira gêmea solar descoberta pelo satélite CoRot e, por isso, a estrela ganhou o nome de CoRot Sol 1. “A gente acredita que vão ser descobertas mais gêmeas solares, mas não muito mais distantes [da Terra]. A gente está pleiteando tempo de observação no telescópio Subaru para tentar observar as outras estrelas candidatas”, disse ele.Uma equipe de pesquisadores brasileiros anunciou a descoberta da estrela mais distante da nossa galáxia com características semelhantes ao Sol. A estrela fica a uma distância de pelo menos 2 mil anos-luz (cada ano-luz equivale a aproximadamente 9,46 trilhões de quilômetros) da Terra.
O anuncio é importante, porque, por ser mais antiga que o Sol em 2 milhões de anos, essa estrela servirá em estudos para determinar como ocorrerá a evolução solar nos próximos anos. “Esse é o aspecto principal da nossa descoberta”, define Jorge Meléndez, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores da pesquisa.
O estudo foi desenvolvido em parceria entre cinco cientistas brasileiros da USP, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além do professor japonês Yoichi Takeda, do Observatório Astronômico Nacional do Japão.
Para as observações foi utilizado o telescópio japonês Subaru, localizado em Mauna Kea, no Havaí, Estados Unidos. “É uma das montanhas que tem uma das melhores condições de observação no mundo”, explica Meléndez. Nesse telescópio foram feitas duas observações, uma em outubro do ano passado e outra em março deste ano.
Além do telescópio, os cientistas usaram um satélite de 8 metros, o CoRot, que recebeu financiamento de vários países como França, Áustria, Bélgica, Alemanha, Brasil e Espanha. “Com a ajuda desse satélite, a gente selecionou estrelas com períodos similares ao Sol”, explicou.
O astrônomo disse que o problema da observação da Terra apenas pelo telescópio é que a atmosfera terrestre gera ruído quando se olha a luz das estrelas. Como o objetivo dos pesquisadores era justamente observar a rotação dessas estrelas, deduzida a partir das suas luzes emitidas, era necessário uma precisão muito alta dos instrumentos, algo impensável de se fazer estando na Terra.
“O satélite nos indicou quais as eram as estrelas com período de rotação similares ao Sol. Para confirmar se realmente são parecidas com o Sol ou não, a gente observou essas estrelas com o telescópio Subaru. Ao todo, foram observadas quatro e, dessas, uma era gêmea solar [que tem características semelhantes ao Sol]”.
Meléndez contou que os cientistas conseguiram determinar o período de rotação de uma estrela localizando onde ficam as suas manchas (semelhantes às manchas solares). O próximo passo na observação dos cientistas foi acompanhar o tempo de demora para que uma dessas manchas completasse uma volta.
Segundo Meléndez, essa foi a primeira gêmea solar descoberta pelo satélite CoRot e, por isso, a estrela ganhou o nome de CoRot Sol 1. “A gente acredita que vão ser descobertas mais gêmeas solares, mas não muito mais distantes [da Terra]. A gente está pleiteando tempo de observação no telescópio Subaru para tentar observar as outras estrelas candidatas”, disse ele.
Agencia Brasil
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