O
vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje (31), logo após a
reunião que teve com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que
os dois países estão prontos para aprofundar relações. Depois de uma hora e
meia de conversa, Biden destacou que o Brasil é um exemplo de democracia.
“A mágica do
que está acontecendo aqui, a parte mais incrível da história do Brasil nos
últimos 15 anos, é que vocês demonstraram para o mundo, e boa parte do mundo
está lutando contra esse problema, que não é necessária a falsa escolha entre
desenvolvimento e democracia”, disse.
Ele ressaltou
que esse “dilema” entre democracia e desenvolvimento ocorre em várias partes do
mundo e o Brasil pode ser uma influência para mostrar como é possível
compatibilizar os dois temas. “É possível ter democracia e desenvolvimento, dos
quais todos se beneficiam. E essa é a magia do que vocês fizeram aqui, o que a
presidenta de vocês está fazendo agora e a razão pela qual ela pode ter tão
incrível influência bem além deste país.”
Bem-humorado,
Biden disse que Dilma, depois da conversa de hoje, provavelmente deve passar a
gostar mais dele, apesar do bom relacionamento com o presidente Barack Obama. O
vice-presidente norte-americano destacou que o propósito de sua viagem foi
fazer formalmente o convite para que a presidenta Dilma faça uma visita oficial
aos Estados Unidos e deixar clara a disposição para estreitar as relações entre
dois países em todas as áreas, desde a militar, educação, o comércio, os
investimentos diretos estrangeiros. “Não acredito que exista qualquer obstáculo
que não possamos superar.”
Também
acompanharam a reunião os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de Minas
e Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Biden vem ao
Brasil a menos de cinco meses da primeira visita de Estado de Dilma aos Estados
Unidos, em outubro. Para diplomatas, a visita de Biden deve ser interpretada
como uma demonstração da relevância do Brasil no cenário internacional. Ao lado
do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Biden é responsável por
várias negociações internacionais.
Agencia Brasil
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