quarta-feira, 8 de maio de 2013

Henrique Alves pede e Feliciano suspende reunião que votaria ‘cura gay’


Antes de reunião com presidente da Câmara, Feliciano disse que seria covardia não colocar para votar o projeto

Numa reunião na noite desta terça-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP), que não coloque na pauta e nem vote, na sessão de amanhã, o projeto que derruba uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que impede profissionais de "tratarem" homossexuais, prometendo a chamada ‘cura gay’. Depois de muita conversa, a solução foi Alves pedir oficialmente a suspensão da reunião da comissão com o argumento de que esta quarta será um dia tumultuado na Casa com muitas manifestações, o que comprometeria a segurança da comissão.

Estavam presentes no encontro com Eduardo Alves, além de Feliciano, os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Anderson Ferreira (PR-PE), relator do projeto da cura gay. Logo que chegar o ofício de Alves, Feliciano retirará da página da comissão na internet a pauta de votação.

Mais cedo, Feliciano, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, afirmou que iria manter na pauta da sessão de amanhã a votação de projetos polêmicos como o decreto legislativo que permite oferta de tratamentos pela cura da homossexualidade. Feliciano voltou a afirmar que a comissão "está vazia de projetos". E disse que seria uma covardia dele não enfrentar a votação.

— A mídia está fazendo maldade, não tem nada de cura gay. O projeto protege o profissional de psicologia. Não vou engavetar nenhum projeto, até porque está comissão é vazia de projetos. Os poucos que tem são polêmicos e eu preciso colocar para caminhar. Não posso engavetar projeto, seria covarde se fizesse isso — disse Feliciano.

Feliciano disse que o projeto estava tramitando na Comissão de Seguridade Social e o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Domingos Dutra (PT-MA), trouxe para a comissão:

— Não fui eu quem trouxe o projeto para cá (Comissão de Direitos Humanos). Existe um jogo político, estava na Seguridade Social, quando viram que ia perder, trouxeram para cá. Aqui era o reduto deles, de repente veio para outro partido. Que vençam os melhores argumentos.

O deputado acrescentou, antes da reunião com Alves, que poderá votar ainda o projeto que penaliza a discriminação contra heterossexuais e projeto que especifica atos considerados crimes de discriminação e preconceito, indo além da lei do racismo em vigor. Feliciano descarta que esteja colocando os projetos em votação como provocação.

— A comissão tem que trabalhar, não posso só ficar fazendo audiência pública. Esses projetos precisam ser colocados, como o do plebiscito para saber o que acham do casamento. Mais cedo ou mais tarde vai (ser incluído na pauta).

Hoje pela manhã, manifestantes protestaram em frente ao Congresso contra a manutenção de Feliciano à frente da Comissão.

O Globo


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