Antes de
reunião com presidente da Câmara, Feliciano disse que seria covardia não
colocar para votar o projeto
Numa reunião
na noite desta terça-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), pediu ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano
(PSC-SP), que não coloque na pauta e nem vote, na sessão de amanhã, o projeto
que derruba uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que impede
profissionais de "tratarem" homossexuais, prometendo a chamada ‘cura
gay’. Depois de muita conversa, a solução foi Alves pedir oficialmente a
suspensão da reunião da comissão com o argumento de que esta quarta será um dia
tumultuado na Casa com muitas manifestações, o que comprometeria a segurança da
comissão.
Estavam presentes no encontro com Eduardo Alves, além de Feliciano, os
deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Anderson Ferreira (PR-PE), relator do
projeto da cura gay. Logo que chegar o ofício de Alves, Feliciano retirará da
página da comissão na internet a pauta de votação.
Mais cedo,
Feliciano, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, afirmou que iria
manter na pauta da sessão de amanhã a votação de projetos polêmicos como o
decreto legislativo que permite oferta de tratamentos pela cura da
homossexualidade. Feliciano voltou a afirmar que a comissão "está vazia de
projetos". E disse que seria uma covardia dele não enfrentar a votação.
— A mídia está
fazendo maldade, não tem nada de cura gay. O projeto protege o profissional de
psicologia. Não vou engavetar nenhum projeto, até porque está comissão é vazia
de projetos. Os poucos que tem são polêmicos e eu preciso colocar para caminhar.
Não posso engavetar projeto, seria covarde se fizesse isso — disse Feliciano.
Feliciano
disse que o projeto estava tramitando na Comissão de Seguridade Social e o
ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Domingos Dutra (PT-MA), trouxe
para a comissão:
— Não fui eu
quem trouxe o projeto para cá (Comissão de Direitos Humanos). Existe um jogo
político, estava na Seguridade Social, quando viram que ia perder, trouxeram
para cá. Aqui era o reduto deles, de repente veio para outro partido. Que vençam
os melhores argumentos.
O deputado
acrescentou, antes da reunião com Alves, que poderá votar ainda o projeto que
penaliza a discriminação contra heterossexuais e projeto que especifica atos
considerados crimes de discriminação e preconceito, indo além da lei do racismo
em vigor. Feliciano descarta que esteja colocando os projetos em votação como
provocação.
— A comissão
tem que trabalhar, não posso só ficar fazendo audiência pública. Esses projetos
precisam ser colocados, como o do plebiscito para saber o que acham do
casamento. Mais cedo ou mais tarde vai (ser incluído na pauta).
Hoje pela
manhã, manifestantes protestaram em frente ao Congresso contra a manutenção de
Feliciano à frente da Comissão.
O Globo
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