Foto: Kate Clunc/Facebook / Reprodução |
Imagens de
vira-lata com corte profundo no pescoço motivou campanha de solidariedade no
Facebook
O
compartilhamento de imagens de uma cadela ferida gravemente no pescoço em Porto
Alegre (RS) motivou uma campanha de solidariedade no Facebook. Com a traqueia
perfurada pelo corte, a vira-lata Brigitty provocou um mutirão para
garantir seu acesso aos procedimentos cirúrgicos necessários.
A voluntária
Kate Clunc encontrou o animal debilitado na região do Humaitá, nas proximidades
da Arena do Grêmio, na noite de quinta-feira. "Uma amiga minha que mora no
Humaitá recebeu um pedido de ajuda para uma cadelinha que estava degolada. A
gente foi atrás encontrou a cadelinha na rua, naquele estado deplorável. A
princípio ela não tem donos, ninguém se manifestou ainda sobre isso",
afirmou a jovem.
Apesar do
corte profundo na região da traqueia, Brigitty se alimentava normalmente.
"O ferimento a gente não sabe o que foi (que provocou), mas não foi uma
faca que passaram. Não tinha nem mais sangue correndo, então ela já estava há
dias assim. Foi algum tipo de corda, algum fio fininho, que prenderam
nela", disse Kate.
A voluntária
levou o animal à clínica veterinária Terra de Gaya, onde foi detectada a
perfuração da traqueia. Devido à exposição dos tecidos internos, Brigitty
desenvolveu um quadro de pneumonia. Além disso, a dificuldade na circulação do
sangue pela área atingida está provocando inchaço na cabeça. "O quadro
dela é delicado, porque ela está com a traqueia perfurada. Está com pneumonia,
com o rostinho muito inchado", relatou a voluntária.
De acordo com
Kate, o animal necessita de supervisão 24 horas por dia e ainda não tem
condições de saúde de ser submetido a uma cirurgia reparadora. "Ela
precisa fazer uma cirurgia para fechar a traqueia, na frente está tudo aberto.
Mas não tem condições ainda, porque não tem nem pele para suturar", disse.
Também há dificuldade de se identificar a técnica mais indicada para o
procedimento. "Ela tem que passar por um especialista. Tem um veterinário
que é cirurgião e deu uma olhada nela, mas a princípio ele não sabe ainda de
uma cirurgia que possa ser feita. Ele inclusive ficou de pesquisar se tem como
fazer algo semelhante como o que acontece em humanos. Da forma como está agora,
a traqueia não tem como regenerar. A gente não tem nem ideia ainda de como vai
fazer. É coisa pra 30 dias no mínimo, até dar uma boa cicatrizada",
lamentou.
O tratamento
de Brigitty é custeado por voluntários e entidades de defesa dos animais, que
dependem de doações. "A prioridade é manter ela na clínica, e tudo isso
tem um custo. São três curativos por dia, três limpezas que são feitas. Ela
está tomando os antibióticos e os corticoides mais fortes que existem. A gente
não conseguiu nem contabilizar ainda todo o valor necessário, mas toda ajuda é
bem-vinda", disse.
Segundo a
jovem, diversas pessoas já manifestaram interesse em adotar Brigitty. "Ele
é um amor, é super carinhosa. Infelizmente, eu não vou poder ficar com ela,
porque não tenho condições", afirmou.
Brigitty está
sob os cuidados da veterinária Fernanda Mendes, na clínica Terra de Gaya.
Interessados em ajudar podem entrar em contato pelo telefone (51) 3907.3024.
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