Cerca de 20 mil membros de sindicatos, grupos estudantis e grupos coletivos de homossexuais marcharam até a sede do Congresso
Diversos movimentos sociais se uniram nesta quarta-feira em um protesto contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e é acusado de homofobia e racismo. Segundo cálculos da polícia, na manifestação participaram cerca de 20 mil membros de sindicatos, grupos estudantis e grupos coletivos de homossexuais que marcharam até a sede do Congresso em Brasília por diversas causas, mas se fundiram em uma só voz que exigiu a renúncia de Feliciano.
O deputado foi eleito no dia 7 de março como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso e desde então é alvo de fortes protestos por suas polêmicas opiniões sobre homossexualidade, a etnia negra e outros assuntos. Durante a marcha de hoje, quatro pessoas burlaram a segurança e chegaram até o 15º andar do Congresso, onde abriram uma bandeira com as cores do arco íris, que identifica o movimento LGBT, em meio à agitação dos manifestantes.
Por causa disso, funcionários que trabalham na comissão reclamaram à Polícia Legislativa, que deteve quatro manifestantes. Eles foram liberados em seguida, mas serão investigados. Na sessão de hoje da comissão, aberta apenas a evangélicos, um grupo de apoiadores do pastor levou cartazes com mensagens favoráveis a ele.
Feliciano gerou a rejeição de grupos de direitos humanos por suas posições contra a homossexualidade, que segundo ele, "incita o ódio e o crime". Também assegura, apoiado em suas crenças religiosas, que a etnia negra foi "amaldiçoada" por Noé e que assim "diz a Bíblia".
Há três semanas, lançou mais lenha na fogueira ao afirmar que quando os Beatles se disseram "mais famosos que Jesus Cristo" e afirmaram que o grupo era "uma nova religião", desafiaram Deus. "Isso nunca fica impune", declarou o pastor em um culto de sua igreja, e sustentou que por isso John Lennon foi assassinado com "um tiro em nome do Pai, outro em nome do Filho e outro em nome do Espírito Santo".
Aos protestos se somou até o governo da presidente Dilma Rousseff, que há duas semanas se manifestou contra a permanência de Feliciano nesse cargo através de dois de seus despachos. A titular da secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, pediu ao Congresso que "encontre uma solução" que leve à renúncia de Feliciano, enquanto o Ministério de Igualdade Racial considerou "inaceitável" que o pastor ocupe a presidência da Comissão de Direitos Humanos.
Apesar das pressões, Feliciano disse várias vezes que não renunciará ao cargo, já que foi eleito em forma "legítima". No entanto, vários partidos pediram ao Congresso que inicie um processo visando à destituição do pastor, que além de ser acusado de racista e homofóbico enfrenta suspeitas de envolvimento em irregularidades administrativas.
Foto de um beijo entre Gilberto Gil e Caetano Veloso também percorre a internet como parte da campanha
09 de Abril de 2013 • Foto: Reprodução
|
Terra
Quarta-feira?, dia de semana? Esta turma vive de quê, afinal? Eheheh...Sei que sindicatos e ONGGs vivem do leite de pato do 'contribuinte' ...que paga os impostos no Brasil; mais bem caracterizado pela palavra OTÁRIO!, mas isto é ridículo!
ResponderExcluirEd Lascar
Sabe, meu caro, até acho esse Feliciano um verdadeiro imbecil, um cara neanderthal até, mas não podemos deixar de ver que, contra ele e sua atuação, surgem dezenas de milhares de manifestantes, mas, contra as mais diversas maracutaias que são diuturnamente noticiadas, contra a saúde, educação, justiça e contra todos os outros escândalos, nada mais que gatos pingados se revoltam.
ResponderExcluirPaulo Pacheco
AS PESSOAS PROTESTAM PELO QUE TÁ EM EVIDÊNCIA E ESQUECEM DOS OUTROS PROBLEMAS, É UMA CORTINA DE FUMAÇA, QUEM MANDA NO BRASIL É A MÍDIA, NÃO É O GOVERNO E MUITO MENOS O POVO QUE NUNCA DEIXA DE SER ""GADO''''.
ResponderExcluirJanny Santos