Alvo de ataques de movimentos políticos e da opinião pública para que renuncie ao cargo de presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o deptuado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) cobra apoio do PT para seguir no cargo: "se isso está acontecendo (o PT apoiando sua renúncia) a presidente Dilma começa a jogar fora o apoio dos evangélicos, que é não é pequeno, para a releição em 2014", declarou, em entrevista ao programa Agora é Tarde, da TV Bandeirantes. Feliciano disse ser um "bode expiatório do jogo político", mas exaltou a importância do seu trabalho. "Ao meu partido, que é pequeno, coube a comissão que sobrou. Caiu no colo e acharam por bem me indicar. Era uma comissão secundária, quase inexpressiva, ninguém nunca tinha ouvido falar. Porém, depois da minha chegada, ela está em destaque nacional. Há brasileiros no corredor da morte na Indonésia, corintianos presos na Bolívia, índios... Há um milhão de questões que precisam de mim e eu quero trabalhar", analisou.
Feliciano reforçou suas restrições a temas como pesquisas com células-tronco, teoria da evolução e casamento homossexual, mas negou que seja racista ou homofóbico, acusações defendidas pelos que querem sua saída do cargo. "Depois de me lincharem, estão acordando. Não sou racista, minha mãe é negra e fiz trabalhos na África. Também não sou homofóbico, isso é uma doença que pode levar a um assassinato. Quem me conhece sabe", alegou. Por fim, se disse vítima de preconceito por sua religião: "meus pastores não ganham salário. Pensam que todo é pastor é ladrão, por culpa da mídia. Desde que o mundo é mundo arrecadam dinheiro, Padre Marcelo pede dinheiro e nunca se falou nada. O problema é preconceito com evangélico, mas a verdade é que há gente que não presta em todo lugar."
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