Presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini, diz que situação não é confortável.
A
inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou
em 0,86% em janeiro. É a maior variação desde abril de 2005 (0,87%) e o maior
índice para o mês de janeiro desde 2003 (2,25%), informou ontem o IBGE. A
inflação oficial do país no mês passado ficou bem acima da vista em janeiro de
2012, de 0,56%, e um pouco além do que previam analistas ouvidos pela
Bloomberg, 0,84%.
Em 12
meses, o índice oficial de preços acumula alta de 6,15%, voltando ao mesmo
nível observado em janeiro do ano passado (6,22%) e mais perto do teto da meta
de inflação estabelecida pelo governo. Em entrevista à jornalista Míriam
Leitão, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a
situação da inflação “não é confortável“.
“A
inflação nos preocupa no curto prazo, está mostrando uma resiliência forte, mas
não é o caso de descontrole inflacionário. No entanto, a nossa expectativa é de
que ela continue pressionada neste primeiro semestre, ficando em 6% em 12
meses”, afirmou Tombini.
O IPCA só não veio maior por conta da deflação observada em alguns grupos como vestuário, em razão de liquidações de coleções, e do impacto da queda das tarifas elétricas. As contas de energia elétrica ficaram 3,91% mais baratas, por causa da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro.
Os
alimentos aceleraram com força, passando de 1,03%, em dezembro, para 1,99%, em
janeiro. Sozinhos, tiveram um impacto de 0,48 ponto percentual no índice. Sob
efeito de chuvas, os produtos in natura tiveram forte variação de preços:
tomate (26,15%), batata-inglesa (20,58%) e cebola (14,25%).
AGÊNCIA
O GLOBO
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