O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Luiz Fux decidiu, nesta segunda-feira, conceder liminar que
suspende o caráter de urgência para a análise pelo Congresso do veto parcial da
presidente Dilma Rousseff sobre a nova lei de distribuição de royalties do
petróleo.
Em sua decisão, que acata pedido feito pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), Fux argumenta que os vetos têm de ser apreciados na ordem de chegada ao Legislativo. Existem mais de 3 mil vetos aguardado análise do Congresso, além dos vetos a lei de royalties.
Em sua decisão, que acata pedido feito pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), Fux argumenta que os vetos têm de ser apreciados na ordem de chegada ao Legislativo. Existem mais de 3 mil vetos aguardado análise do Congresso, além dos vetos a lei de royalties.
O deputado Alessandro Molon disse que a decisão de Fux demonstra que "o Congresso não pode analisar com regras casuísticas o veto".
A presidente Dilma Rousseff vetou
parcialmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso que modificava a
distribuição dos royalties de petróleo dos contratos em vigor, e manteve a
divisão estabelecida pelo Congresso para os futuros contratos.
O veto atendeu a reivindicação dos Estados produtores de petróleo, que teriam perda de receita com a mudança na distribuição, mas desagradou os Estados não produtores, levando o Congresso a aprovar na semana passada um pedido de urgência para a avaliação do veto.
O presidente do Congresso, senador
José Sarney (PMBD-AP), cancelou, logo após a decisão de Fux, a sessão marcada
para terça-feira para a apreciação do veto
"Vamos cumprir, amanhã não tem sessão", disse Sarney a jornalistas. "Nós vamos recorrer a ele (Fux) mesmo, pedindo reconsideração no despacho dele", acrescentando, argumentando se tratar de uma questão interna do Parlamento.
"Vamos cumprir, amanhã não tem sessão", disse Sarney a jornalistas. "Nós vamos recorrer a ele (Fux) mesmo, pedindo reconsideração no despacho dele", acrescentando, argumentando se tratar de uma questão interna do Parlamento.
Como a decisão de Fux, que é do Rio
de Janeiro, foi tomada em caráter liminar, ela terá de ser analisada pelo
plenário do Supremo, que pode revertê-la. Mas o STF entra em recesso no dia 20
de dezembro.
Vice presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB), comemorou a decisão. Para ela, foi dado mais prazo ao Governo Federal para negociar uma solução pacífica.
(Reuters)
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