Porcentual leva em conta que foram renovadas 100% das concessões de transmissão e 60% das de geração; governo esperava reduzir a conta de luz em cerca de 20%
O governo prevê a redução de 16,7%
nas tarifas de energia elétrica a partir de 2013, considerando que 100% das
concessões de transmissão com vencimento entre 2015 e 2017 foram renovadas e
60% das de geração, informou o secretário-executivo do Ministério de Minas e
Energia, Márcio Zimmermann nesta terça-feira. A expectativa do governo era de
que a conta de luz pudesse ser reduzida em cerca de 20% para clientes
residenciais e industriais.
Desse total de 16,7%, segundo o
governo, 7 pontos porcentuais (pp) virão da diminuição dos encargos setoriais;
4,5 pp da queda das receitas em transmissão; e 5,1 pp da redução das tarifas de
geração. Se todas as companhias tivessem aderido ao pacote, a contribuição na
geração seria de 8,5 pp, o que faria com que a redução alcançasse os 20% previstos
pelo Planalto.
Segundo o diretor-geral da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, esse desconto virá nas
contas de março, pois o recolhimento de alguns desses encargos deixará de ser
feito a partir desse mês.
Zimmermann responsabilizou as
companhias estaduais Cesp, Copel e Cemig pela queda menor no valor da energia.
"Essa diferença se deve às decisões da Cesp, Copel e Cemig", afirmou
Zimmermann.
Segundo o secretário-executivo,
assim como todo o País, a população dos Estados de São Paulo, Paraná e Minas
Gerais também será penalizada pelas decisões de suas próprias companhias.
"Não se entende a lógica que levou essas empresa tradicionais a não
renovarem", afirmou. "As companhias não priorizaram o aspecto de
trabalhar em um grande mercado como o brasileiro."
Na área de transmissão, todas as
nove empresas que possuíam concessões assinaram os contratos. São
elas: Celg, Cemig, Eletronorte, CTEEP, CEEE, Chesf, Copel, Eletrosul e
Furnas. Já no setor de geração, as empresas que não aceitaram as condições
propostas pelo governo foram Cemig, Cesp e Copel.
Do total de 25.452 megawatts que o
conjunto dessas usinas representava, 15.301 megawatts foram renovados nas
condições que o governo apresentou.
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