Permitam-me tratar neste texto o tal processo
470 conhecido por todos como mensalão, por “MAU LOGRADO”
O que podemos observar, e acompanhar
diuturnamente nas mídias oficiais e oficiosas, nas neutras e nas tendenciosas,
são um amontoado de justificativas injustificáveis, cada uma defendendo os
pontos que mais atendam os seus interesses e/ou conveniências. Uma verdadeira
neura.
E o povão, pouco, ou muito
esclarecido, vai digladiando-se. De um lado estão aqueles que, caso ainda fosse
pena aplicável no Brasil, o enforcamento e esquartejamento, a exemplo da
aplicada no nosso herói e mártir Joaquim José da Silva Xavier – que, diga-se de
passagem, o único verdadeiro herói da nossa história, e que é preterido por
muitos por aquele da boina, barbicha e charuto, e que nem português falava -
seria a pena para todos os réus envolvidos no mau logrado . Na contra-mão
destes, estão aqueles que põe a mão no fogo se preciso for, pois consideram
todos os réus envolvidos inocentes e injustiçados, afinal não fizeram nada de
errado.
E para ababelar ainda mais o
ambiente aparecem figuras como o "imortal" Merval Pereira, que
“estrumeiam” suas “parlapatices”, como foi o caso da entrevista concedida à
rede Globo, fazendo uma “brilhante” defesa, pois, segundo ele, mesmo não
havendo provas que ligassem diretamente o réu José Dirceu ao caso, teria agido
corretamente o ministro Joaquim Barbosa em usar a teoria do domínio dos
fatos para incriminá-lo, afinal ele era o chefe, e, na semana subseqüente o
mesmo imortal, após ouvir o próprio criador da tal teoria, o jurista
alemão Claus Roxin, dizer que tratava-se de casos completamente distintos
(mensalão/nazismo), voltou atrás em sua opinião, e sem o menor constrangimento,
e numa nova entrevista, desta vez defendeu a existência de provas “torrenciais”
que condenariam o réu José Dirceu.
Não menos “estrumeante” ou de menor
“parlapatice” é a argumentação da defesa dos réus arrolados no tal mau logrado,
onde, estrategicamente e por unanimidade seus advogados usam da
“artimanha” jurídica, justificando os possíveis “desvios” do
erário como sendo caixa dois, promovendo caixa dois a ato lícito.
Ora bolas, convenhamos.
Antes que as minhas orelhas fiquem
vermelhas, e os cravos transpassem minhas mãos, adianto reconhecer na figura do
político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano, Sr.
Ernesto Rafael Guevara de la Serna, o CHE, ser um dos principais ideólogos e
comandantes que lideraram a Revolução Cubana, levando aquele pais a um
novo regime político. Participando da reorganização
do Estado cubano, desempenhando vários altos cargos da
sua administração e de seu governo, principalmente na área
econômica, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indústria, e
também na área diplomática, encarregado de várias missões internacionais.
Sei que sua figura desperta grandes
paixões, a favor e contra, na opinião pública, e que ele converteu-se em um
símbolo de importância mundial. Foi considerado pela revista norte-americana
Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX.
Já o nosso pobre alferes, tomei seu
nome aleatoriamente como exemplo nacional, sabedor que, na interpretação de
muitos, independeria o nome do possível candidato ao posto de herói
brazuca que eu tivesse promovido, não seria páreo para o
argentino.
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Abração
Dag Vulpi