O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) avaliou na noite desta quarta-feira como “injusta” e “juridicamente equivocada” a sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) que o condenou a 9 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado. Em nota, intitulada “No fim a verdade prevalecerá”, o parlamentar petista informou que irá recorrer da decisão, por meio de embargos declaratórios e infringentes.
O deputado federal pediu no texto à Suprema Corte que, na análise dos recursos, faça uma análise “isenta”, “sem holofotes” e levando em conta “as provas contidas nos autos do processo”. Ele ressaltou que irá continuar lutando para provar a sua inocência e critica o relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa.
“Aliás, muitas vezes o relator conduziu contra as provas! Sua apresentação, além de usar tautologicamente um roteiro construído por ele, confunde os ministros e a sociedade com informações distorcidas e embaralhadas”, alegou.
No texto, o deputado do PT demonstrou otimismo e disse que está convicto de que, em um novo exame, a Suprema Corte irá comprovar a sua inocência, em “em perfeita sintonia com os inúmeros testemunhos, documentos e provas que estão anexadas ao processo”. Ele afirmou que, em mais de trinta anos como parlamentar, aprendeu que a verdade, “mesmo que tarde”, sempre prevalece, “quando se luta em defesa da democracia e dos injustiçados”.
“Por isso, em respeito aos mais de 255 mil eleitores que me elegeram como o deputado federal mais votado do PT no estado de São Paulo, vou continuar lutando para provar a minha inocência”, finalizou.
Segundo amigos e petistas, o deputado federal acompanhou a decisão da Suprema Corte de sua residência, em Osasco (SP). Durante a tarde, houve grande movimentação de familiares na casa, mas que não confirmaram a sua presença. Após a decisão, parentes e amigos de João Paulo Cunha chegaram, visivelmente nervosos, à residência, mas não falaram com a imprensa.
Em conversas recentes, com amigos e petistas, o deputado federal do PT manifestava preocupação em cumprir a pena em regime fechado e dizia ter a esperança de que a Suprema Corte o condenasse em regime semi-aberto.
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