Limite das remunerações, que começou como um
código de conduta voluntário no país, vira lei com a crise econômica europeia
LA HAYA — Os grandes salários sem
controle no setor público vão acabar na Holanda. Diretores de empresas
estatais, bem como hospitais, e empresas de seguros e imobiliário não vão poder
receber mais de € 228.599 brutos por ano. A multa por demissão será de €
75.000. A norma inclui artistas contratados pela televisão nacional. Aprovada
por unanimidade pelo Senado, a medida será aplicada em janeiro e valerá em todo
o país a partir de 2016.
Atualmente, cerca de 700 diretores e
gerentes de empresas do governo recebem mais do que a nova lei. — Quando for
aplicada em sua totalidade, vai afetar cerca de 5.000 pessoas — disse Ronald
Plasterk, Ministro dos Assuntos Sociais.
O acordo sobre os salários vem com um
governo de centro-esquerda no país, mas levou uma década para alcançar.
Conhecida popularmente como “Balkenende padrão” pelo ex-primeiro-ministro
holandês democrata, a norma começou como um código de conduta voluntário. Com o
tempo e com a crise na zona do euro, acabou virando lei.
— A autorregulamentação não funcionava
— disse Plasterk. — Se um diretor via que seus colegas em uma posição inferior
ganhavam mais, ele acabava aumentando o salário.
A adoção da medida coincide com o
anúncio da taxa de desemprego, que soma 6,8%. Entre os jovens, atingiu 13,3%.
No terceiro trimestre, além disso, a economia contraiu 1,6% na comparação com o
mesmo período de 2011, segundo o Escritório Central de Estatística. A zona
do euro entrou oficialmente em recessão, após registrar contração do PIB duas
vezes seguidas. No terceiro trimestre, a economia encolheu 0,1% contra
0,2% no três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta quinta-feira.
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