Brasília – As autoridades do Chile e
da Argentina sinalizam o interesse de que o Brasil participe da Brigada
Cruz Del Sur, que é uma força de paz, estabelecida pela Organização das Nações
Unidas (ONU), para atuação em qualquer lugar do mundo. O subchefe de Logística
Operacional do Ministério da Defesa, contra-almirante Jorge Armando Nery
Soares, acompanhou a primeira operação da brigada, que ocorreu há dois dias, na
Bahía Blanca, a 700 quilômetros de Buenos Aires, capital da Argentina.
“Foi muito importante a nossa
participação porque demonstra que há interesse da Argentina e do Chile em ter o
nosso apoio na força de paz. Verificamos as ações e conversamos sobre o
assunto”, disse à Agência Brasil o contra-almirante. “Essa força de paz está à
disposição da ONU, que definirá o local em que deve ser empregada.”
Porém, a participação do Brasil na
força de paz depende ainda de uma série de negociações. É necessário que seja
articulado um acordo internacional, a ser submetido à Presidência da República,
ao Ministério da Defesa e ao Congresso Nacional. “Há várias exigências que
devem ser cumpridas, mas já existe um avanço [pelo fato de o Brasil ter sido
convidado a acompanhar a ação militar]”, disse o militar brasileiro.
Do dia 7 até ontem (11), três
oficiais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas acompanharam as ações
da Brigada Cruz Del Sur. Durante as ações militares, são simuladas
situações que podem ocorrer em missões de paz. No total, cerca de 1,4 mil
homens participam da força. Além disso, há aparato militar com dois navios e
oito helicópteros.
As autoridades do Chile e da
Argentina negociam a missão de paz desde 2003, com o objetivo de estreitar as
relações entre os dois países, uma vez que no passado viveram situações de
conflito. Em 2006, foi firmado o acordo para instaurar a Força de Manutenção de
Paz Combinada.
Renata Giraldi - Agência Brasil - Edição:
Juliana Andrade
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