Brasília
- O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), disse hoje
(29) que, mesmo sem acordo para votação da proposta que trata da
redistribuição dos royalties do
petróleo, pretende iniciar a votação da matéria na próxima
quarta-feira (31). Antes, contudo, os deputados terão que votar a
Medida Provisória (MP) 547 que estabelece medidas para estimular o
pagamento de débitos relativos ao Pasep, entre outras medidas.
“Vou
levar a matéria à votação na quarta ou na quinta-feira (1º),
independentemente de acordo. A única possibilidade de a matéria não
estar no plenário é se não houver a votação da MP 547 na
terça-feira (30) ou na quarta, antes da votação do royalties.
Se não houver acordo ou os partidos tenham outro entendimento e
queiram mais prazo para debater, isso vai acontecer nos debates no
plenário”, declarou Marco Maia.
Para
viabilizar a votação dos royalties esta
semana, o presidente da Câmara enviou carta a todos os parlamentares
informando-os sobre a pauta da Casa. Para ele, o debate sobre os
royalties já avançou bastante e há possibilidade de se costurar um
acordo para votação no plenário.
Maia
avaliou que o parecer apresentado pelo deputado Carlos Zarattini
(PT-SP), na comissão especial que discutiu a matéria, é “muito
equilibrado” e “mantém o Pacto Federativo”. Mesmo assim, ele
não descartou a possibilidade de parlamentares das bancadas do Rio
de Janeiro e do Espírito Santo questionarem a votação.
“Há todas as condições de produzir um acordo e votar na quarta ou na quinta. O feriado é na sexta-feira (2) e isso não atrapalha. O que não podemos é deixar a matéria sem debates, discussão e sem aprovação na Casa, porque ela dialoga com os interesses da maioria dos estados. Temos prefeitos que foram eleitos que precisam desses recursos para administrar as suas cidades e, portanto, o Congresso Nacional não pode se furtar de debater, discutir e aprovar a matéria”, ressaltou.
Até
o fim do ano, Marco Maia disse que há uma lista de 30 a 40 matérias
que poderão ser votadas pela Casa. Entre elas estão a proposta que
acaba com o fator previdenciário, os códigos da Aeronáutica e de
Processo Civil, além do Marco Regulatório da Internet. Segundo ele,
a última semana de trabalho na Câmara será dedicado à votação
da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Iolando
Lourenço e Ivan Richard - Agência Brasil - Edição: Aécio Amado
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