Apesar
de ser o dono do maior lance, o afortunado da terra do sol nascente
não terá à sua mercê o sonho de consumo da maioria dos machos da
raça humana.
A decepção do nipônico foi motivada pela
determinação do procurador que pediu a suspensão do passaporte de
Catarina Migliorini, que havia negociado sua primeira relação
sexual por R$ 1,5 milhão; Zuenir Ventura também comentou o caso e
explicou a equação econômica da virgindade; o que é cada vez mais
raro custa caro.
Do
Correio do Brasil –
O
Subprocurador-Geral da República, João Pedro de Saboia Bandeira
de Mello,
em ofício encaminhado nesta sexta-feira ao Ministério das Relações
Exteriores, solicitou que seja investigada a venda da virgindade da
brasileira Catarina Miglioni, por R$ 1,5 milhão, para um cidadão
japonês, pela internet. Bandeira
de Mello
sugere
ao Ministério que providencie o contato com as autoridades
envolvidas na operação internacional que pode ser configurada como
“tráfico de pessoas”.
O
Correio
do Brasil teve
acesso ao ofício encaminhado nesta tarde, após matéria sobre o
assunto publicada na edição do CdB
desta
quinta-feira, no qual o subprocurador Bandeira de Mello pede a
revogação do visto no passaporte de Miglioni “por exercício de
prostituição”.
Leia
aqui o documento, na íntegra (abaixo).
Exmo
Sr Ministro de Relações Exteriores
Excelência
:
Tenho
a honra de me dirigir a V. Exa., em face das constantes notícias que
circulam na INTERNET de que a brasileira Catarina Miglioni foi
aliciada por uma produtora de TV da Austrália para participar de um
“reality show” leiloando sua suposta virgindade, já havendo,
inclusive, comprador compromissado.
Embora
não tenha examinado detidamente o assunto, em principio me parece
que se trata de crime de tráfico de pessoas, cuja repressão é
prevista em tratados internacionais .
Assim,
sugiro a V. Exa. que determine ao Exmo Sr Embaixador naquele país as
providências junto às autoridades policiais e judiciárias cabíveis
para interromper a execução de eventual crime, para o que,
acredito, deveria ser solicitada a revogação do visto (por
exercício de prostituição) e a deportação com urgência .
Desculpando-me
por utilizar mail e não ofício, face à urgência do assunto,
apresento meus meus elevados protestos de consideração e apreço.
Atenciosamente
João
Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho
Subprocurador-Geral da República
Neste
sábado, o jornalista Zuenir Ventura também publicou o artigo “A
virgem oferecida”. Leia abaixo:
Para
fugir do mensalão, escolhi um assunto mais ameno e incomum. Se a
virgindade deixou de ser tabu, se pertence a um código de honra
ultrapassado e se já não é mais um valor moral a ser preservado,
como indicam recentes pesquisas, como explicar que o leilão pela
internet do hímen de uma catarinense de 20 anos tenha alcançado o
lance de R$ 1,5 milhão?
A disputa, que terminou nessa quarta-feira, foi vencida por um japonês, que vai consumar o ato a bordo de um avião num vôo da Austrália para os EUA, obedecendo a interdições como beijo na boca e a exigências como uso de camisinha e tempo de no máximo uma hora para realizar a proeza.
“estou nesse projeto há dois anos”, contou Carolina Migliorini, a virgem. “Começou quando vi uma reportagem sobre um cineasta australiano que estava à procura de uma virgem para um documentário”.
Dizendo-se leitora de Dostoiévski, Hemingway, Albert Cmus e Rousseau, além dos filósofos Sócrates e Sêneca, e confessando-se “muito romântica”, a bela donzela pretende usar parte do dinheiro para estudar medicina na Argentina.
“Já estava até matriculada, mas decidi adiar para 2013. Quando me inscrevi, menininha de 18 anos, achei que não receberia proposta”. Talvez não tenha recebido tantas quanto uma colega americana, que em leilão parecida vendeu o seu precioso bem por 3 milhões de euros a um empresário australiano, um dos 10 mil candidatos a desbravadores.
Repetindo: como explicar o fenômeno?
Uma hipótese é que o hímen está custando caro porque justamente é um bem raro, em extinção. Com a palavra os sociólogos do comportamento. Ó tempos! Ó costumes! Como dizia o grande Cícero em Roma, antes da chegada de Cristo para botar moral no pedaço.
A moda agora é inventar noticias
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