A
produção industrial brasileira cresceu 0,3% em julho deste ano, em relação ao
mês anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Em
relação a julho do ano passado, no entanto, houve uma queda de 2,9%. No ano, a
indústria acumula uma perda de 3,7% na produção. Nos últimos 12 meses, a queda
acumulada chega a 2,5%.
Entre
as 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, a principal contribuição
para o resultado positivo da indústria na passagem de junho para julho
veio da produção de veículos automotores, com alta de 4,9%.
Na
comparação de julho deste ano com o mês anterior, entre as categorias de uso, a
maior alta foi registrada na produção de bens de capital (1%), seguida pelos
bens de consumo duráveis (0,8%). Os bens intermediários tiveram crescimento de
0,5%. A única queda foi observada nos bens de consumo semi e não duráveis
(-0,6%).
Apesar
de dois meses em crescimento, a indústria brasileira ainda não conseguiu repor
as perdas acumuladas entre março e maio deste ano. A alta acumulada em junho e
julho deste ano chegou a 0,5%, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto nos três meses
anteriores houve redução de 2%.
A
queda acumulada pela indústria nos sete primeiros meses deste ano, em relação
ao mesmo período do ano passado, atingiu 3,7%. Dezoito das 27 atividades
industriais pesquisadas pelo IBGE acumulam quedas na produção neste período,
com destaque para os veículos automotores que, neste ano, tiveram uma produção
17,2% menor do que em 2011.
Mas
são os veículos automotores que, com uma alta acumulada de 8,1% em junho e
julho, foram os principais responsáveis pelo resultado positivo da indústria
nesses dois meses. Segundo o coordenador da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo,
a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), adotada pelo
governo nos últimos meses, e a normalização dos estoques nas montadoras levaram
a um aumento na produção de veículos.
A
redução do IPI também proporcionou um crescimento da produção de
eletrodomésticos da linha branca. O aumento da produção nesses dois setores,
bem como o de outras atividades, levou a um crescimento de 0,8% nos bens de
consumo duráveis de junho para julho. “Com o crescimento de 4,8% de junho, os
bens de consumo duráveis acumulam ganho de 5,7%”, disse André Macedo.
Os
bens de consumo duráveis poderiam ter um resultado ainda melhor, caso as
motocicletas não tivessem uma forte queda. “A queda pode ser explicada pela
concessão de férias coletivas no setor de motocicletas”, destacou o
coordenador.
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