terça-feira, 4 de setembro de 2012

País registra crescimento de 0,3% na produção industrial de junho para julho

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em julho deste ano, em relação ao mês anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a julho do ano passado, no entanto, houve uma queda de 2,9%. No ano, a indústria acumula uma perda de 3,7% na produção. Nos últimos 12 meses, a queda acumulada chega a 2,5%.

Entre as 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, a principal contribuição para o resultado positivo da indústria na passagem de junho para julho veio da produção de veículos automotores, com alta de 4,9%.

Na comparação de julho deste ano com o mês anterior, entre as categorias de uso, a maior alta foi registrada na produção de bens de capital (1%), seguida pelos bens de consumo duráveis (0,8%). Os bens intermediários tiveram crescimento de 0,5%. A única queda foi observada nos bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%).


Apesar de dois meses em crescimento, a indústria brasileira ainda não conseguiu repor as perdas acumuladas entre março e maio deste ano. A alta acumulada em junho e julho deste ano chegou a 0,5%, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto nos três meses anteriores houve redução de 2%.

A queda acumulada pela indústria nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, atingiu 3,7%. Dezoito das 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE acumulam quedas na produção neste período, com destaque para os veículos automotores que, neste ano, tiveram uma produção 17,2% menor do que em 2011.

Mas são os veículos automotores que, com uma alta acumulada de 8,1% em junho e julho, foram os principais responsáveis pelo resultado positivo da indústria nesses dois meses. Segundo o coordenador da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), adotada pelo governo nos últimos meses, e a normalização dos estoques nas montadoras levaram a um aumento na produção de veículos.

A redução do IPI também proporcionou um crescimento da produção de eletrodomésticos da linha branca. O aumento da produção nesses dois setores, bem como o de outras atividades, levou a um crescimento de 0,8% nos bens de consumo duráveis de junho para julho. “Com o crescimento de 4,8% de junho, os bens de consumo duráveis acumulam ganho de 5,7%”, disse André Macedo.

Os bens de consumo duráveis poderiam ter um resultado ainda melhor, caso as motocicletas não tivessem uma forte queda. “A queda pode ser explicada pela concessão de férias coletivas no setor de motocicletas”, destacou o coordenador.

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Dag Vulpi

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