Ameaçado de ficar de fora do segundo
turno, petista busca confronto com líder nas pesquisas
Sob risco de ficar de fora do segundo
turno, o petista Fernando Haddad partiu para o confronto com Celso Russomanno
(PRB) no debate da noite da segunda-feira, 24, da TV Gazeta, enquanto José
Serra (PSDB) evitou atacar diretamente o líder da corrida para Prefeitura de
São Paulo.
Em sua primeira participação no
debate, quando poderia escolher qualquer dos candidatos para responder a suas perguntas,
Serra se dirigiu a Paulinho, candidato do PDT, que teve 1% das intenções de
voto na última pesquisa Datafolha. No debate da semana passada, promovido pelo Estado,
pela TV Cultura e pelo YouTube, ele também perguntou ao pedetista. O tucano
criticou o líder nas pesquisas no quarto bloco, ao questionar Levy Fidelix
(PRTB).
Haddad citou Russomanno na primeira
oportunidade que teve, ao responder a Carlos Giannazi (PSOL). "Uma pessoa
que diz defender os cidadãos deveria, no mínimo, apresentar um programa de
governo", disse. "Ninguém sabe quantos hospitais e clínicas ele vai
fazer, quantos corredores de ônibus. Quando cobro, estou defendendo a minha
cidade."
O petista, em terceiro lugar na última
pesquisa Datafolha, escolheu por duas vezes Russomanno como alvo de suas
perguntas, no segundo e no terceiro blocos. Na primeira oportunidade,
dirigiu-se ao adversário para questionar sua proposta de criar uma tarifa
proporcional de ônibus, segundo a qual quem andar em trajeto menor, pagará
menos.
Segundo o petista, a cobrança de
tarifa idealizada pelo candidato do PRB privilegiaria os moradores mais ricos,
os que moram nas regiões mais próximas do centro. Haddad disse ainda que a
proposta significaria o fim do Bilhete Único, criado na gestão da ex-prefeita
Marta Suplicy (PT).
Russomanno afirmou que nem todos os
que andam em trajetos curtos são pobres. Explicou que ampliará os subsídios ao
sistema para que ninguém pague mais do que a atual tarifa de R$ 3. Por fim,
disse que o controle do trajeto percorrido seria eletrônico - os passageiros
colocariam "o dedo" em um sensor ao entrar e ao sair do ônibus. Ele
não explicou como adotaria esse sistema.
Haddad atacou a proposta de Russomanno
de ampliar o contingente da Guarda Civil Metropolitana de 6 mil para 20 mil
homens, o que, segundo a Prefeitura, custaria R$ 1 bilhão. "Qual é o seu
número?", questionou.
O candidato do PRB afirmou que o gasto
seria de R$ 600 milhões. "O que estou querendo demonstrar é que não há
consistência em relação a essas ideias. R$ 600 milhões não vão dar para 20 mil
guardas civis metropolitanos", rebateu o candidato do PT.
Confronto. Serra fez seu principal
confronto com Gabriel Chalita (PMDB) e teve de se defender de vários ataques
dos adversários, que apontaram supostas falhas em sua gestão na Prefeitura,
iniciada em 2005 e continuada por Gilberto Kassab (PSD) após a renúncia em
2006.
Chalita acusou a gestão Serra-Kassab
de ter arrochado os salários dos servidores, ao mesmo tempo em que teria
elevado em quase 200% os vencimentos de subprefeitos e ocupantes de cargos de
confiança. Segundo o peemedebista, os servidores tiveram elevação salarial
média de 0,1% ao ano, crítica repetida por outros adversários do tucano.
Serra disse que subprefeito merece ser
bem remunerado, assim como os deputados, "mesmo os que não são muito
aplicados, como o Chalita". O tucano acusou o adversário de faltar a
metade das sessões da Comissão de Educação da Câmara, da qual faz parte.
Chalita retrucou que é um deputado mais assíduo do que Serra foi quando deputado.
A candidata Soninha Francine (PPS),
crítica habitual de Haddad, disse que votará nele em um eventual segundo turno
do PT contra o PRB. Ela atacou a indicação de Marta para o Ministério da
Cultura, ao ser questionada sobre o tema por Serra.
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