STF
condenou deputado petista por corrupção passiva, dois peculatos e lavagem de
dinheiro
O
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, previu que a Câmara Federal
respeitará a Constituição e cassará o mais rápido possível o mandato do
deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal por
corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. "A Mesa da Câmara terá apenas
de ver se as formalidades foram respeitadas, mas a decisão judicial foi tomada
pela mais alta corte do País e terá de ser cumprida", disse Gurgel.
Segundo
o procurador-geral, a condenação do ex-presidente da Câmara tem como efeito a
perda do mandato. Para ele, a votação expressiva foi simbólica e deu uma pista
do que virá pela frente, embora não se possa antecipar se todos os réus
denunciados pelo MP serão de fato condenados. "O que aconteceu até agora é
um indicativo importante do que virá pela frente, mas nós temos que aguardar o
desdobramento do julgamento. Não há como antever o que acontecerá com o
restante, mas a meu ver já se fixaram premissas importantes em relação a esse
julgamento", afirmou.
Gurgel
ressaltou que a larga votação pela condenação não deixa dúvida de que o
escândalo do mensalão existiu e constitui uma prática política nefasta que não
mais será tolerada no País. "Essas primeiras condenações são muito
importantes, na medida em que demonstram que a acusação formulada pelo MP está
longe de ser o delírio que a defesa (do ex-ministro José Dirceu, apontado como
chefe do esquema) concebeu", disse ele.
A
entrevista do procurador-geral foi dada após a solenidade de posse do novo
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, a quem caberá
comandar o julgamento de outro escândalo político importante: o mensalão do DEM
no DF, que levou à cassação do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto
Arruda, e no qual estão denunciados 38 réus acusados num esquema de corrupção e
desvio de dinheiro público na capital do País.
Para
ele, o julgamento do STF terá reflexo direto no escândalo brasiliense.
"Esse julgamento fixa novos parâmetros para a Justiça brasileira,
mostrando de uma vez por todas que esse tipo de prática não pode mais ser
tolerada no nosso País", afirmou. "Sendo um julgamento da nossa mais
alta corte do país, é claro que isso terá influência em todos os tribunais
brasileiros", completou.
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Dag Vulpi