Dados do Censo 2010 divulgados
hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram
que mais de 30 mil pessoas declaradas não índias habitam 505 terras indígenas
que foram reconhecidas pelo governo até 31 de dezembro de 2010. Ao todo, nessas
áreas vivem 517 mil índios de 250 etnias.
Em números absolutos,
a maioria dos não índios está concentrada na Região Nordeste. Somente em
Pernambuco, 18,6 mil pessoas não índias ocupam as terras da etnia Fulni-Ô, de
23,8 mil indivíduos. Segundo a organização não governamental Instituto
Socioambiental (ISA), que disponibiliza uma enciclopédia sobre os índios no
país, a área de 12 quilômetros quadrados da aldeia da etnia Fulni-Ô circunda a
cidade de Águas Belas, o que explica o elevado número de não índios no local.
Em Mato Grosso, das
46,5 mil pessoas vivendo em terras indígenas, 2,1 mil também não se declararam
indígenas e podem ser tanto agricultores como pessoas que trabalham nas
aldeias, na avaliação da pesquisadora do IBGE, Nilza Pereira, responsável pela
pesquisa.
No estado, o número
mais alto foi verificado na Terra Indígena (TI) Maraiwatsede, onde 1,8 mil
índios convivem com 407 não índios, em 165 quilômetros quadrados (km²), no
leste de Mato Grosso, segundo o censo.
Também chama a atenção
na pesquisa do IBGE a quantidade de pessoas que não se consideravam índios na
TI São Domingos do Jacapari e Estação, de 135 km², no Amazonas. Lá, mais metade
dos 2,12 mil habitantes não são índios. Os povos originais na área somam 623.
Para fazer o
levantamento, o IBGE considerou dados cartográficos da Fundação Nacional do
Índio (Funai), com 505 terras indígenas reconhecidas pelo governo, somando
106,7 milhões de hectares.
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