segunda-feira, 2 de julho de 2012

Congresso discute no Rio oceanos, pré-sal e tecnologia offshore


Representantes da indústria petrolífera de 41 países estarão no Rio de Janeiro de hoje (2) a sexta-feira (6), em uma conferência internacional para discutir os oceanos, a exploração e produção de petróleo e gás nas áreas do pré-sal e o desenvolvimento das tecnologias offshore.
A 31ª edição da International Conference on Ocean, Offshore and Arctic Engeneering (Omae 2012), um dos mais importantes eventos do gênero na atualidade, ocorre no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, e é considerada estratégica para as empresas com interesse no Brasil.
Nos seis dias do evento, pesquisadores, engenheiros, estudantes, gestores e técnicos de vários países estarão participando dos debates, organizados pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e da American Society of Mechanical Engineers (Asme).
Realizado anualmente, o evento em 2012 terá como tema central os oceanos. “O problema dos oceanos será debatido do ponto de vista da engenharia, o que significa entendermos a mecânica de funcionamento, ganhar conhecimento sobre o início e desenvolvimento tecnológicos no mar” disse à Agência Brasil o professor Segen Estefen, diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe e que preside o encontro.
Segundo Estefen, do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico o congresso, por ser realizado no Brasil, vai ter um foco muito especial nos reservatórios do pré-sal e nos aspectos da engenharia que contribuirão para a exploração de petróleo nesses reservatórios.
“Nós teremos 12 simpósios cobrindo diferentes áreas da engenharia e, além disso, teremos um workshop sobre tecnologias para o pré-sal. Então, ele tratará dos oceanos tanto do ponto de vista das ondas, marés e correntes, dos aspectos das estruturas que são colocadas no mar, quanto da produção de petróleo, da produção de minerais e das estruturas utilizadas para a pesca”.
O professor da Coppe ressaltou que os avanços agora utilizados na área do pré-sal são decorrentes de um trabalho contínuo iniciado pela universidade em parceria com a Petrobras em 1977, ainda em águas rasas.
“No primeiro estágio, eram águas rasas. Uma década depois as águas começaram a ficar mais profundas, atingindo mil metros; agora, estamos falando em 2.400 metros de profundidade , com reservatórios além dessa profundidade, uma vez que - no caso do pré-sal - nós temos outros 5 mil metros de perfuração na camada de sal (que já é outro desafio que estamos ultrapassando). Mas o desenvolvimento tecnológico, as pesquisas, elas continuarão”, garantiu.
Por Nielmar de Oliveira Repórter da Agência Brasil

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