domingo, 27 de maio de 2012

Geopolitizando a Geopolítica do ES



Geopolítica -  
Dag Vulpi 27/05/2012


Na minha proposta para abordagem especifica deste tema, visualizo-o como a política do “poder” pelo "poder".


Regionalizando, especificamente para o Espírito Santo, a geopolítica vem sendo tratada fielmente, e com maestria por um determinado grupo.

Aqui o termo Geopolítica há muito tempo é usado tanto na mídia, quanto nas redes sociais, (que também é mídia), e principalmente nos bastidores políticos capixaba, como adjetivo para a manipulação da ação política, e contrariando Kjellén, aqui a geopolítica é sim entendida como fonte de poder para um, conseguido graças à manipulação de um grupo, grupo esse que, normalmente atinge seus objetivos por estarem infiltrados nos diversos partidos políticos deste estado, fazendo disso suas melhores ferramentas para tal.

O termo "Geopolítica" foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie  (Geografia Política), de 1897.


Para Ratzel, o Estado agia como organismo territorial porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum, que era a defesa territorial, e implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do território, unindo o povo ao solo. Nesse sentido, a geografia política e a geopolítica utilizam os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana, interrelacionadas com a Ecologia, para orientar a ação política do Estado.

Segundo a Wikipédia, Geopolítica é o conjunto de estratégias adotadas pelo estado para administrar seu território. Desta forma, Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geologia & Geografia ligado às Ciências Humanas, Ciências Sociais aplicadas às ciências da natureza.

A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características geográficas (como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional e geológico) — como topografia natural e clima e também os estudos inter-relacionados com a Ecologia (aspectos animais, vegetais e humanos), nas relações de poder entre Estado e Sociedade.

Para José W. Vesentini: “A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia”.

Para Bertha Becker: “A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fundamental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as disputas eram analisadas apenas entre os Estados. Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras”.

A formação e consolidação do campo de conhecimento da Geopolítica
Antes da criação do termo geopolítica, este "campo de conhecimento" era abordado por diferentes disciplinas com ênfases distintas, como a Geografia, a Teoria Política, os Estudos estratégicos, e anteriormente, ainda, pelo que era chamado na antiguidade de "arte da guerra".

Geopolítica entre o final do Século XX e Início do Século XXI 
Enquanto a geopolítica clássica tratava principalmente das relações entre poder e ambiente, Estado e território, guerra, estratégia e geografia, nas últimas décadas este campo de conhecimento agregou uma série de temas relacionados às novas guerras, disputas econômicas, conflitos culturais, ideológicos, além de questões envolvendo mudanças demográficas, inovações tecnológicas, além de diferentes aspectos da Globalização. 


Meu último pitaco sobre a geopolítica capixaba: 
Quando o sueco Rudolf Kjellén, ainda no início do século XX  criou o termo geopolítica, certamente não poderia imaginar  que, cem anos depois, sua “criação” fosse banalizada e deturpada de forma tamanha aqui por estas bandas deste Brasil de meu Deus. Aqui no ES a melhor definição para geopolítica é aquela que vai de encontro aos interesses de uma determinada minoria.

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