Por Dag Vulpi - 11/07/2011
Se os rumos da reforma política em
discussão no Congresso Nacional seguirem o curso traçado, são grandes os riscos
de a grande maioria de vereadores filiados a partidos de menor expressão, não
conseguirem a reeleição.
As mudanças no sistema eleitoral que
podem entrar em vigor a partir do pleito do ano que vem entre as quais, o fim
das eleições proporcionais e conseqüentemente das coligações para a escolha de
vereadores.
Considerando essa regra, com base no
coeficiente eleitoral – total de votos válidos em relação ao número de cadeiras
em disputa – aponta para a necessidade de os candidatos conquistarem um número
muito maior de votos, para se elegerem para a próxima vereança, e muitos dos
atuais detentores de mandato não tem por si só condição de alcançar cifras tão
elevadas. Como nenhum deles deve mudar de partido, sob pena de perder a cadeira
por infidelidade partidária, estão engessados, entre manter a cadeira do atual
mandato, ou trocar de legenda para garantir uma possível cadeira em outra
legenda.
Esta situação poderá gerar uma
grande renovação nas Câmaras, porque quem pretende ser vereador e não tem
mandato – portanto, livre para migrar entre os partidos – tenderá a se
aglutinar nas siglas hoje não representadas no Legislativo que atingirão o
coeficiente partidário fazendo um, dois ou até mais representantes. Muitos vêem
a situação com temeridade, pois embora alguns defendam a reciclagem, consideram
a necessidade de mesclar os novos com os experientes, assim como “na Seleção
Brasileira”.
O partido que não fizer o
coeficiente eleitoral não vai sequer concorrer a uma cadeira e poderá ficar de
fora da Câmara, enquanto que outros poderão fazer o maior número de vereadores.
Se a nova regra passar no âmbito da
reforma política, é preciso garantir, pelo menos nessa primeira eleição, que os
detentores de mandato tenham a possibilidade de mudar de partido. O prazo para
tanto termina no dia 7 de outubro de 2011, um ano antes do pleito.
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