O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) voltou a subir a taxa de juros nesta quarta-feira, em 0,25%, sem viés. A alta no índice Selic, agora em 12,5%, é parte do esforço para restringir a oferta de crédito e conter a inflação.
No início deste mês, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mostrou variação de 6,71% na inflação, no acumulado dos últimos 12 meses. O percentual já é superior à meta anual de inflação estipulada pelo Banco Central, de 4,5%.Trata-se da quinta elevação consecutiva na taxa Selic. De dezembro do ano passado até agora, os aumentos já somam 1,75 ponto percentual.
Tradicionalmente uma das mais altas do mundo, a taxa Selic chegou a cair a 8,75% em setembro de 2009, mas voltou a subir em junho do ano passado.
A escalada nos juros é bastante criticada pelo empresariado, uma vez a alta na Selic acaba favorecendo o fluxo de capitais ao país, o que por sua vez contribui para a valorização do real e o aumento das importações, prejudicando a indústria nacional.
Em nota, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) disse nesta quarta-feira que “o governo precisa adotar imediatamente medidas que amenizem os efeitos do aumento dos juros sobre a competitividade das empresas”.
“Quanto mais essas ações demorarem, maiores serão os prejuízos para o país. Por isso, a indústria espera a inclusão de medidas efetivas de desoneração tributária na nova fase da política industrial”, diz a nota da CNI.
A alta nos juros também inibe o crédito para o setor produtivo. A contenção do crédito, no entanto, é uma dos objetivos do Copom, a fim de combater o superaquecimento da demanda e a inflação.
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Dag Vulpi