Diretores aumentaram taxa por quatro vezes seguida desde abril de 2010
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta-feira (20) a nova taxa básica de juros do país (a Selic). A reunião, que ocorre em duas etapas, começou ontem e terá seu desfecho hoje, quando os diretores do BC vão decidir se aumentam, abaixam ou mantêm a taxa atual, de 12,25% ao ano.
Na última reunião, que aconteceu no mês passado, a taxa foi aumentada pela quarta vez seguida e, na nota divulgada justificando a elevação, os diretores indicaram que novas altas ainda deveriam ocorrer neste ano.
Na ocasião, a inflação avançando e o cenário internacional "incerto" eram os principais argumentos dos diretores do BC para a alta - cenário que pouco se modificou até agora.
Os analistas financeiros apostam em aumento para 12,50% ao ano, ao contrário de empresários e trabalhadores que pedem a redução da taxa. Desde abril de 2010 ela não para de subir. Em março do ano passado, estava em 8,75% ao ano.
Isso ocorre por um único motivo: encarecer o crédito para diminuir o consumo e controlar a inflação. Nos últimos 12 meses até junho, os preços dos produtos e serviços ao consumidor brasileiro acumulam um aumento de 6,71% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O governo trabalha com uma meta de inflação de 4,5%, com uma "margem de segurança" que varia em até dois pontos, ou seja, de 2,5% até 6,5%. Sendo assim, a inflação já estourou o limite máximo e tem forçado o Banco Central a agir cada vez mais para controlar o consumo do brasileiro.
Segundo a pesquisa semanal do BC feita com analistas do mercado financeiro, a taxa vai subir ainda mais até o final do ano. Ainda há mais três reuniões além da realizada nesta semana (30 e 31 de agosto, 18 e 19 de outubro e 29 e 30 de novembro). Há quem fale que a taxa possa ficar entre 12,75% e 13% até dezembro.
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Dag Vulpi