sábado, 30 de abril de 2011

Mudança na política de combustíveis beneficia consumidor


A partir de agora, o etanol passa a ser tratado como um combustível, controlado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), e não mais como um produto agropecuário. As mudanças nas regras, divulgadas ontem (29), garantem que não haverá altas sucessivas dos preços do combustível nem preocupações com desabastecimento nos períodos de entressafra.

Ao menos é isso que espera o mercado. Com a ANP regularizando e fiscalizando a produção do combustível, é possível um controle e equilíbrio maior do mercado, uma vez que a ideia, segundo a Medida Provisória que altera o “status” do etanol, é garantir o abastecimento de biocombustíveis no mercado interno.

“Antes, tínhamos um problema, que era dois ministérios [da Agricultura e de Minas e Energia] controlando o etanol. Agora, apenas a agência fará isso, o que dá um controle maior para esse mercado que não se tinha”, afirma o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto Paiva Gouveia. Com esse controle, o Governo saberá quando é necessário aumentar ou diminuir as exportações, de acordo com a oferta dentro do País.

“A MP equalizou o controle da ANP sobre todos os combustíveis e isso é positivo para o mercado e para o consumidor, na medida em que ela tem poder de cobrar responsabilidades dos agentes de mercado”, completa o presidente do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), Alísio Vaz.

Oferta equilibrada
Para os especialistas, com o maior controle da comercialização do etanol, fica mais difícil ocorrerem problemas de desabastecimento – fantasma que surge todos os anos nos períodos de entressafra e que ajuda a elevar os preços do litro de etanol. “A ANP vai de alguma forma estimular esse equilíbrio entre oferta e demanda”, afirma Vaz.

Contudo, ele relativiza esse poder que a agência pode ter, ao afirmar que a questão do abastecimento está além desse controle. “Ainda temos uma produção que está aquém da que poderíamos ter”, considera.

“Com a MP, esperamos que não haja problemas no período de entressafra como o que estamos enfrentando hoje”, aponta Gouveia. Segundo ele, contudo, é preciso esperar o próximo período de entressafra para averiguar se a medida de fato dará um retorno efetivo para o consumidor.


Mistura
Além de alterar a política de combustíveis do País, a MP 532 também determina que o Poder Executivo poderá elevar para 25% a mistura de etanol anidro na gasolina ou baixar o percentual para 18%. Antes, os limites variavam de 20% a 25%.

A mudança vai ao encontro da afirmação dada na última quinta-feira (28) pelo ministro de Minas e Energia, Edson Lobão. Ele não descartou a possibilidade de alterar o percentual de etanol misturado à gasolina para evitar ainda mais aumentos dos preços do derivado de cana-de-açúcar.

Em nota, a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) afirmou que uma possível redução da mistura traria “efeitos danosos ao meio ambiente e à saúde pública”. “Vamos lembrar que os veículos flex brasileiros foram projetados para atuar com uma mistura entre 20% e 25% de etanol anidro misturado à gasolina. Uma redução da mistura abaixo deste piso de 20%, limite técnico, poderia trazer alguns efeitos indesejados para o meio ambiente, com o aumento das emissões e do consumo”, disse o consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred Szwarc.

Na nota, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, explicou que o setor sucroenergético se preparou para garantir a mistura de 25% durante toda a safra 2011/2012. “Há condições para se atender este nível de mistura, as destilarias das usinas trabalham para produção do etanol anidro e nossa expectativa é bastante positiva neste sentido”.

Comentários:
Marcos Haddad 30/04/2011 08h 25m
É esta um absurdo, esse samba do crioulo doido, a cada dia esta só aumentando os preços, assim não dá . isso é uma falta com paga seus impostos ou seja com o povo Brasileiro.Isso realmente é uma [editado].

Paulo 30/04/2011 07h 39m
O que acontece e que as usinas produzem o que da mais lucro ai fica nisso as vezes da mais lucro o açucar e quando o preço do açúcar cai ai eles pruduzem o alcool, e o consumidor e que se dane!!

Dione 30/04/2011 07h 27m
Não intendo ,o Brasi é um grande produtor de petróleo pois o pré-sal está aí ,e é um gigante na agricultural,mas o etanol ainda está muito caro e ninguém da uma esplicação plasível q o povo possa entender,pois fica sem sentido,sem lógica ou vocês estão nos chamando de"burros"

Fonte Correio do Estado

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