terça-feira, 21 de outubro de 2014

Clientes da Vivo terão internet cortada quando a franquia terminar


Sabrina Craide da Agência Brasil 
A operadora de telefonia Vivo vai mudar a forma de cobrança da internet pelo celular para clientes de pacotes pré-pagos a partir do mês que vem. Quando o pacote de dados contratado pelo cliente acabar, ele terá que pagar um valor adicional para continuar navegando na internet. Atualmente, quando a franquia chega ao fim, a velocidade de navegação é reduzida, mas o usuário não tem que pagar a mais. A mudança vale a partir do dia 6 de novembro, inicialmente para os clientes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, mas poderá ser estendida para outras regiões nos próximos meses.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou hoje (21) que irá pedir esclarecimentos às prestadoras de telefonia celular sobre possíveis alterações na forma de cobrança da internet móvel. Segundo a agência, as regras do setor permitem às empresas adotar várias modalidades de franquias e de cobranças, mas o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações  determina que qualquer alteração em planos de serviços e ofertas deve ser comunicada ao usuário, pela prestadora, com antecedência mínima de 30 dias.

Maioria afirma que Dilma é candidata dos pobres, e Aécio, dos ricos, diz Datafolha

  • Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos eleitores brasileiros acredita que Dilma Rousseff (PT) é quem mais defenderá os mais pobres, e Aécio Neves (PSDB), os mais ricos.
    Segundo levantamento divulgado na segunda-feira (20), 57% dizem que Dilma é que mais defenderá os mais pobres, contra 26% que apontaram Aécio. Outros 3% acreditam que os dois defenderão os mais pobres, e 8% afirmaram que nenhum dos dois. Além disso, 6% disseram que não sabem.
    pesquisa
    A pesquisa mostrou ainda que 56% dos entrevistas acreditam que o candidato do PSDB é que mais defenderá os mais ricos se for eleito, contra 17% que citaram a candidata do PT. Outros 7% afirmaram que os dois defenderão os mais ricos, e 7% que nenhum dos dois. Além disso, 12% não sabem.
    Em relação à violência, 41% dos eleitores acreditam que Aécio Neves é o mais preparado para combater o problema, contra 36% que citaram Dilma Rousseff. Para 2%, os dois estão preparados, e para 13%, nenhum dos dois. Outros 8% não sabem.
    Sobre a saúde, os entrevistados se dividiram: 41% apontaram o tucano como o mais preparado para cuidar da área, enquanto 40% disseram que é a petista. Para 3%, os dois estão preparados, e para 9%, nenhum dos dois. Outros 7% não sabem.
    No entanto Dilma leva vantagem em relação à educação e à economia. Para 44%, a petista é a mais preparada para cuidar da educação, contra 40% que citaram Aécio. Mesmo percentual (44%) disseram que Dilma está mais preparada para manter a estabilidade econômica, enquanto Aécio soma 40%.
    Na educação, a pesquisa mostrou ainda que 3% acreditam que os dois estão preparados para cuidar da área, contra 7% que disseram nenhum. Outros 6% não sabem. Na economia, 2% destacaram que os dois têm condições de manter a estabilidade. Para 7%, nenhum dos dois. Outros 7% não sabem.
    A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". O Datafolha ouviu 4.389 eleitores no dias 20 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01140/2014.
  • por Rosanne D'Agostino

    Datafolha para presidente por renda, idade, região, escolaridade e porte do município

    Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (20) mostra Dilma Rousseff (PT), com 52% das intenções de votos válidos, e Aécio Neves (PSDB), com 48%, empatados tecnicamente no segundo turno da corrida eleitoral para a Presidência da República.
    Segundo a pesquisa, Dilma avançou entre eleitores de todas as faixas com renda familiar de até dez salários, enquanto Aécio oscilou negativamente entre aqueles com renda entre cinco e dez salários, e ganhou um ponto na faixa de mais de dez salários.
    arte renda datafolha







     Dilma avançou entre os eleitores de todas as faixas etárias, enquanto Aécio recuou.arte idade datafolha
    A vantagem de Aécio para Dilma na região Sudeste caiu, se manteve no Sul e também caiu no Centro-Oeste. Dilma avançou ainda mais no Nordeste e no Norte.datafolha regiao
     Dilma avançou entre eleitores com ensino médio e superior. Aécio recuou nessas faixas.arte escolaridade datafolha
     A maior diferença ocorreu em cidades do interior, onde Dilma ultrapassou Aécio.datafolha município
    A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". O Datafolha ouviu 4.389 eleitores no dias 20 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01140/2014.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Provas da compra de votos na reeleição de FHC eram “cabais”, conta jornalista

Em vídeo, o jornalista Fernando Rodrigues, à época na Folha de S. Paulo, conta como coletou durante quatro meses dados sobre o esquema de corrupção envolvendo o governo tucano. Ele garante que as informações seriam suficientes para que as autoridades tomassem alguma providência. Ninguém foi sequer investigado

Fernando Rodrigues, em entrevista cedida à equipe do documentário O Mercado de Notícias, crava: existiam, sim, “provas cabais”, denunciadas pela Folha de S. Paulo, da compra de votos no Congresso para garantir a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1997. “Isso era um fato. Vários jornalistas sabiam. (…) As provas eram incontestáveis. Os deputados diziam [em conversas gravadas] como recebiam o dinheiro, quem pagou e quanto foi”, acrescentou.

O jornalista responsável pela reportagem explica, no vídeo abaixo, como conseguiu juntar as informações que culminaram em um dos maiores escândalos da gestão de FHC. Segundo Rodrigues, a estratégia foi entrar em contato com os deputados que demonstravam ter mais caráter e que possivelmente não entrariam no esquema e pedir que eles gravassem as reuniões com os demais parlamentares. Esse processo levou quatro meses para ser concluído, mas resultou, de acordo com Fernandes, em uma coleta de dados que seriam o bastante para que as autoridades tomassem alguma providência.

“O que era necessário na época era que se abrisse um inquérito e um processo na Procuradoria-Geral da República. Mas a CPI não foi instaurada, pois a iniciativa da oposição foi abafada. Os deputados envolvidos imediatamente renunciaram ao mandato e desapareceram”, lembrou Rodrigues. Poucos meses depois de ajudar a enterrar a CPI, o PMDB conseguiu emplacar dois ministros no primeiro escalão de FHC: Iris Rezende, que virou titular da Justiça, e Eliseu Padilha, dos Transportes. “O procurador-geral de Justiça, Geraldo Brindeiro, disse que não havia indícios de nada e não abriu inquérito. Indícios não tinha, mesmo. Tinham provas!”

Apontar ganhador no debate da Record entre Dilma e Aécio no último domingo depende da filiação ou da simpatia partidária de cada um. Claro que cada lado terá seus argumentos sobre o que disse seu candidato para que fosse vencedor, mas, para o eleitor indeciso – que é o alvo dos debates e das campanhas neste momento –, não deve ter havido vencedor.

Este Blog, porém, tem opinião sobre o que viu. E, de tudo que foi visto, recolheu ao menos uma informação eloquente para que o leitor enxergue melhor quem se opõe a Dilma.

A numeralha e os termos técnicos são absolutamente inacessíveis para a população em geral. Isso sem falar que Aécio usa mentiras. Por exemplo, ao dizer que todos os indicadores sociais do Brasil vêm caindo. É mentira, vêm subindo há mais de uma década. Mas o tucano não pretende falar a verdade; seu objetivo é dar ares de verdade às próprias mentiras.

Aécio afirmou que Dilma não tem responsabilidade por investigações de corrupção, de modo que as milhares de operações da PF nos governos dela e de Lula, por exemplo, não seriam mérito dos dois. Mentiu de novo.

Sim, o governo pode permitir ou bloquear investigações. Como Dilma lembra sempre, no governo FHC chegava-se a transferir delegados da PF que investigavam “mais do que deviam”. E, ao nomear o primo do vice-presidente Marco Maciel como Procurador Geral da República, o ex-presidente tucano agiu para impedir “problemas” com o único órgão que poderia investigá-lo.

Contudo, além de manter um único procurador-geral da República em seu governo de 8 anos, e ainda um PGR que era parente de seu vice, FHC ainda tentou resguardar-se contra problemas futuros com a lei, pois nem ele acreditava que Lula assumiria e colocaria uma pedra sobre o passado.

Poucos se lembram disso, mas FHC tentou colocar no Supremo Tribunal Federal o homem que, durante oito longos anos, tratou de impedir toda e qualquer investigação sobre o governo federal, à diferença do que fariam Lula e, depois, Dilma, os quais nomearam para a Procuradoria sempre o nome indicado pelo Ministério Público.

E, repito, foram 3 PGR’s em 8 anos de Lula e 2 em 4 anos de Dilma contra 1 durante os 8 anos de FHC. É assim, como Lula e Dilma, que se combate a corrupção; é assim, como FHC, que se impede investigações de corrupção.
O ex-procurador-geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, primo do então vice-presidente Marco Maciel, livrou a cara de FHC várias vezes. Uma delas foi no caso da compra de votos para a reeleição do tucano, que o jornalista da Folha de SP Fernando Rodrigues considerou que foi inquestionavelmente corrupção envolvendo o governo tucano.

Veja, abaixo, vídeo em que Rodrigues fala sobre o caso.


Alguém foi sequer processado? Houve investigação? Nenhuma. Sabe por que, leitor? Porque FHC impediu. Ou melhor, o despachante que pôs na Procuradoria impediu.

O caso ao qual você viu o repórter da Folha se referir foi sumariamente engavetado por Geraldo Brindeiro. Se tivéssemos uma Procuradoria como as de Lula e Dilma, talvez o ex-presidente tucano estivesse saindo hoje da cadeia.

Devido a tão bons serviços prestados por Brindeiro, FHC tratou de tentar colocá-lo no STF, além de ter colocado Gilmar Mendes pouco antes para fazer o servicinho que vem fazendo para o PSDB ao longo dos anos. Porém, o tucano não conseguiu. Com a derrota de Serra para Lula, FHC tornou-se um “lame duck” e não teve força para dar sobrevida ao seu engavetador.

Abaixo, matéria do jornal O Estado de São Paulo de 2 de setembro de 2002 que mostra a manobra que FHC tentou para prolongar a vida útil do engavetador-geral da República, quem, ao lado de uma Polícia Federal manietada, impediu que qualquer das muitas falcatruas daquele governo fosse investigada.

Clique aqui para ir à página original da matéria.

sábado, 18 de outubro de 2014

Ministério Público aciona Minas Gerais por corrupção na saúde sob Aécio Neves


Ministério Público protocolou nesta sexta-feira (17) ação contra Minas Gerais por fraude orçamentária na saúde durante a gestão Aécio Neves. Promotores pedem ressarcimento aos cofres públicos de mais de R$ 5 bilhões

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais protocolou na sexta-feira (17) ação contra o governo estadual por uma suposta fraude orçamentária nos gastos na área de saúde entre os anos de 2003 e 2010, época em que o Estado era governado pelo atual senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Segundo a ação, o governo promoveu uma maquiagem nas contas da área inserindo R$ 1,3 bilhão em recursos da empresa estatal de saneamento, Copasa, para que fosse atingido o percentual constitucional de 12% a ser investido na área.

A ação, segundo informa o jornal Folha de S. Paulo, foi proposta por três promotores e pede o ressarcimento aos cofres públicos do montante desviado. Em outra ação que tramita na Justiça mineira, o MP pede o ressarcimento de outros R$ 4,3 bilhões que deveriam ter sido investidos na saúde entre 2003 e 2008. Somados, os valores se aproximam dos R$ 7,7 bilhões que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem dito na campanha que deixaram de ser investidos na saúde nas gestões de Aécio.

A promotora da área da Saúde do MP de Minas Gerais, Josely Ramos, já havia proposto, também em 2010, uma ação de improbidade administrativa contra Aécio, alegando que entre 2003 e 2008 mais de 50% dos investimentos da saúde provinham de iniciativa da Copasa. A acusação se baseia no fato de que o governo teria inserido investimentos em saneamento básico como gastos na saúde. Uma auditoria revelou, no entanto, que a estatal não recebeu verbas do Estado para a saúde. A própria estatal teria reconhecido, segundo a ação.

A ação de improbidade contra Aécio, porém, foi arquivada pelo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, André Bittencourt, sob alegação de que Josely não teria legitimidade para processar um governador, atribuição dele. A promotora recorreu alegando que, no segundo semestre de 2010, Aécio havia deixado o governo, desincompatibilizando-se para disputar o Senado. `

À Folha, o governo de Minas negou qualquer irregularidade afirmando que nos anos citados nas ações ainda não havia sido regulamentada a emenda constitucional que define os percentuais de investimento no setor.

Ex-diretor da Petrobras inclui tucano entre os que receberam propina

Costa citou o nome do ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu
há 7 meses. Corrupção na estatal motiva investigação também nos EUA.

 

Num depoimento ao Ministério Público, o ex-diretor Paulo Roberto Costa citou o nome do ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu este ano, entre políticos que receberam dinheiro desviado da Petrobras. As denúncias de corrupção na empresa passaram a ser investigadas, também, nos Estados Unidos.

Ao todo, 28 advogados e analistas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da SEC, órgão americano que cuida do mercado de ações, estão investigando a corrupção na Petrobras.

A informação está num relatório da Arko Advice, consultoria de mercado financeiro. Como toda empresa que tem ações em bolsas americanas, a Petrobras tem que seguir regras de governança, transparência e ética. A lei anticorrupção proíbe o suborno em empresas estrangeiras que vendam ações no país, mesmo que a propina aconteça fora dos Estados Unidos.

Entidades repudiam propostas eleitorais de redução da maioridade penal




Um dos temas mais debatidos na disputa eleitoral deste ano, a redução da maioridade penal foi repudiada por 104 organizações que compõem a Rede Nacional de Defesa do Adolescente em Conflito com a Lei (Renade).

Em manifesto público, as entidades consideram a ideia um “retrocesso para os direitos humanos de crianças e adolescentes”.

Vários candidatos, nos diversos níveis de disputa eleitoral, defenderam a redução da maioridade penal como resposta à sensação de impunidade trazida por crimes cometidos por crianças e adolescentes. Com o resultado das eleições, levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), mostra que, com a composição “mais conservadora” do Congresso Nacional, a partir de 2015, o debate sobre o tema será uma das tônicas da próxima legislatura.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Escândalos de corrupção envolvendo Aécio, o PSDB e aliados.



São muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas sobre tucanos e aliados.

O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, se apresentou como sendo o candidato da ética e da moralidade nas eleições presidenciais de 2014, mas são muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre ele, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados. Escândalos esses em torno dos quais o PSDB opera para que não tenham  destaque da mídia e não sejam investigados. Confira abaixo 14 deles:


1 – Escândalo da Petrobrás: valor ainda não contabilizado



O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, adora criticar a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, pelo suposto envolvimento de petistas no escândalo da Petrobrás. As investigações, entretanto, apontam também para o possível envolvimento de lideranças tucanas. Em depoimento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu este ano, para ele ajudar a esvaziar uma CPI criada em 2009 para investigar a Petrobrás.


2 - Desvio das verbas da saúde mineira: R$ 7,6 bilhões



Na última terça (14), no debate da Band, a presidenta Dilma acusou Aécio Neves de desviar R$7,6 bilhões da saúde quando foi governador de MG. O tucano disse que ela estava mentindo e, então, Dilma convidou os eleitores a acessarem o site do Tribunal de Constas do Estado (TCE). Naquela noite, o site saiu do ar, segundo o TCE devido à grande quantidade de acessos. Nesta quarta (15), o site voltou, mas os documentos citados por Dilma desapareceram por cerca de 4 horas, até a imprensa denunciar a manobra. A presidenta do TCE, Adriane Andrade, foi indicada por Aécio e é casada com Clésio Andrade (PMDB), seu vice-governador no primeiro mandato. (http://goo.gl/LqdpP3)

3 – Aecioporto de Cláudio: R$ 14 milhões



Quando era governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio construiu cinco aeroportos em municípios pequenos, todos eles nas proximidades das terras de sua família. O caso mais escandaloso foi o de Cláudio, com cerca de 30 mil habitantes e que já fica próximo a outro aeroporto (o de Divinópolis, há apenas 50 Km). A pista, que foi construída a 6 Km da fazenda do presidenciável, fica nas terras do tio-avô de Aécio, desapropriadas e pagas com dinheiro público. Quem cuida das chaves do portão são os primos de Aécio. Custou R$ 14 milhões aos cofres mineiros.


4 – Relações com Yusseff : R$ 4,3 milhões



O doleiro Alberto Yousseff ficou conhecido nacionalmente devido ao seu envolvimento no escândalo da Petrobrás. Mas a Polícia Federal também investiga os serviços prestados pelas empresas de fachada do doleiro para outra estatal, a mineira Cemig, controlada há anos pelo PSDB de Aécio Neves, principal líder do partido no Estado. As suspeitas é que a Cemig tenha sido usada para engrossar o caixa do grupo, através da parceria com a empresa Investminas, uma sociedade de propósito específico, criada para construir e operar pequenas hidrelétricas, cuja única operação comercial foi uma parceria firmada com a Cemig. Vendida à Light, a participação na sociedade rendeu à Investminas, em poucos meses, R$ 26,586 milhões,  um ágil surpreendente de 157%. Três semanas depois, R$ 4,3 milhões foram depositados pela Investminas na conta MO Consultoria, empresa de fachada usada por Yousseff. As suspeitas é que tenham sido destinados a pagar os agentes públicos envolvidos na operação. O caso carece investigação.

5 - Favorecimento aos veículos da Família Neves: valor não contabilizado



Nem Aécio Neves e nem o governo de MG divulgam qual a fatia da publicidade oficial do estado foi parar nos meios de comunicação da família do tucano, de 2003 até agora. E a falta de transparência, claro, gera suspeitas. A família Neves controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João Del Rei, além do semanário Gazeta de São João Del Rei. Aécio é sócio da Arco Íris com a mãe e irmã mais velha, Andrea que, quando ele foi governador, era coordenadora voluntária do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuição estabelecer as políticas de comunicação do governo e aprovar os gastos em publicidade.


6 -Nepotismo em Minas



Aécio diz que é a favor da meritocracia, mas, além de receber pelo gabinete do pai, em Brasília, quando morava no Leblon, de 1980 a 1983, não deixou de empregar parentes quando governou Minas. A lista é longa. Oswaldo Borges da Costa Filho, genro do padrasto do governador, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Minas Gerais. Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo, assessor do diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG). Guilherme Horta, outro primo, assessor especial do governador. Tânia Guimarães Campos, prima, secretária de agenda do governador. Frederico Pacheco de Medeiros, primo, era secretário-adjunto de estado de Governo. Ana Guimarães Campos e Júnia Guimarães Campos, primas, servidoras do Servas. Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio, diretor da área de apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Andréia Neves da Cunha, irmã, diretora-presidente do Serviço de Assistência Social de Minas Gerais (Servas). Segundo Aécio, o trabalho da irmã era voluntário.

7 – Mensalão tucano: pelo menos R$ 4,4 milhões



Trata-se do esquema de desvio de verbas de empresas públicas armado em Minas Gerais, em 1998, para favorecer a reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo. Além dos políticos tucanos, os acusados são os mesmos responsabilizados pelo chamado “mensalão petista”: o publicitário Marcos Valério e os diretores do Banco Rural. Entretanto, embora tenha acontecido antes, o esquema tucano ainda não foi julgado. E mais, não o será pelo STF, mas pela justiça comum. O processo está engavetado há tanto tempo que vários envolvidos já se beneficiaram pela prescrição. Pela denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviados pelo menos R$ 4,4 milhões. Mas os valores são discutíveis: como as operações de algumas empresas públicas, como a Cemig, ficaram de fora da denúncia, há quem defenda que possa ser bem maior.


8 - Mensalão tucano II: R$ 300



As conexões dos tucanos com o esquema de Marcos Valério são profundas. O candidato derrotado ao governo de Minas Gerais pelo PSDB nas eleições deste ano, Pimenta da Veiga, é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga porque ele recebeu, em 2003, um total de R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério.


9 – Máfia do Cachoeira: valor não contabilizado



Em 2012, o Congresso instalou uma CPI para investigar as relações entre a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Entre os públicos, estavam o ex-senador Demóstenes Torres (à época filiado ao DEM), o então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de prevaricar ao descontinuar as investigações da Polícia Federal. Entre os agentes privados, destacaram-se veículos de imprensa, como a revista Veja, e empreiteiras, como a construtora Delta. Em função da pressão política dentro do parlamento, para aprovar seu relatório final, o deputado Odair Cunha (PT-MG) teve que retirar os pedidos de indiciamento de jornalistas e do ex-procurador geral. O mandado de Demóstenes no Senado foi cassado, mas, por decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, o mais afinado com o ideário tucano, ele teve o direito de reassumir sua vaga de promotor em Goiás.


10 – Cartel dos metrôs de SP e DF: pelo menos R$ 425 milhões



O escândalo vem de longa data, mas até agora nenhum político foi punido. Envolvem dois casos diferentes, mas com relações entre si: o Casol Alston, a multinacional francesa que teria subornado políticos ligados ao governo Alckmin para ganhar o contrato da expansão do metrô de SP, e o Caso Simiens, a empresa que admitiu ter formado cartel com outras 13 para fraudar as licitações do metrô de SP e do DF. A Simens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma série de documentos que comprovam que o governo tucano tinha conhecimento da formação do cartel. Reportagem da Istoé estimou em R$ 425 milhões de reais os prejuízos para os cofres públicos. No Caso Alston, a PF indiciou, por corrupção passiva, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-ministro do governo FHC.


11 - Privataria tucana: R$ 124 bilhões



Registradas e documentadas no livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior, as denúncias revelam os descaminhos do dinheiro público desviado pelos tucanos na era das privatizações, instaurada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu então ministro da Fazenda, José Serra. Resultado de 12 anos de investigação do ex-jornalista da Isto É e de O Globo, o livro irritou o ninho tucano. Serra o classificou como “lixo”. FHC, como “infâmia”. Aécio Neves, como “literatura menor”. Pelos cálculos do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), delegado da Polícia Federal que atuou no caso, o montante desviado dos cofres públicos pelos tucanos para paraísos fiscais chega a R$ 124 bilhões.


12 – Emenda da reeleição de FHC: valor não contabilizado



Em 1997, durante o governo FHC, a Câmara aprovou a emenda que permitiria a reeleição presidencial. Poucos meses depois, começaram a pipocar as denúncias de compra de votos pelo Executivo para aprovação da matéria. Um grampo revelou que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, receberam R$ 200 mil cada um. Na gravação, outros três deputados eram citados de maneira explícita e dezenas de congressistas acusados de participação no esquema. Nenhum foi investigado pelo Congresso nem punido. Apesar das provas documentais, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, engavetou as denúncias. No ano seguinte, FHC se reelegeu para um novo mandato. Brindeiro foi nomeado para um segundo mandato no cargo.


13 – O caso da Pasta Rosa: US$ 2,4 milhões



Em 1995, servidores do Banco Central que trabalhavam em uma auditoria no Banco Econômico encontraram um dossiê com documentos que indicavam a existência de um esquema ilegal de doação eleitoral, envolvendo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Antônio Calmon de Sá, dono do Econômico e ex-ministro da Indústria e Comércio da ditadura. O esquema apontava a distribuição ilegal de US$ 2,4 milhões dos bancos a 45 políticos que se candidataram nas eleições de 1990, entre eles o José Serra (PSDB), Antônio Magalhães (do antigo PFL, hoje DEM) e José Sarney (PMDB). O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. Nenhum político foi punido por causa do escândalo.


14 – Caso Sivam: valor não contabilizado



Primeiro grande escândalo de corrupção do governo FHC, o Caso Sivam, que estourou em 1995. envolve denúncias de corrupção e tráfico de influência na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia. O ponto alto foi quando o vazamento de gravações feitas pela Polícia Federal expôs uma conversa entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, à época chefe do cerimonial de FHC, e o empresário José Afonso Assumpção, representante da empresa norte-americana Raytheon no Brasil, em que ambos defendiam os interesses dessa última no Sivam. E foi justamente a Raytheon que arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão. O escândalo também envolvia ministros e outros assessores de FHC, além de empresas brasileiras. Em 1996, o deputado Arlindo Chinglia (PT-SP) protocolou pedido de instalação de uma CPI, que só saiu em 2001, mas de forma esvaziada. Como tinha maioria no parlamento, o governo FHC conseguiu abafar as denúncias. Ninguém foi punido.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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