O senador Romero Jucá
(PMDB-RR) - Jorge William / Agência O Globo
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Por Evandro
Éboli no O Globo
BRASÍLIA - Em
delação premiada, o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht
Cláudio Melo Filho relata um papel preponderante do presidente nacional do PMDB
e líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (RR), no suposto esquema
de obter recursos da Odebrecht para campanhas do partido. Ele contou que a
empreiteira repassava recursos a Jucá em troca de apreciação e votação de
medidas e projetos no Congresso de interesse da empreiteira. Ao longo dos anos,
disse Cláudio, foram repassados mais de R$ 22 milhões ao senador. As
informações sobre o conteúdo da delação do ex-dirigente da Odebrecht foram
veiculadas na noite de sexta-feira no Jornal Nacional.
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Jucá seria o principal interlocutor da empresa no Senado, e o depoente afirmou que estava entendido que o apoio aos interesses da empresa teriam como contrapartida o repasse de recursos para o senador. O peemedebista era o responsável pela arrecadação dentro do PMDB no Senado e também pela distribuição para campanhas eleitorais de correligionários. Entre as pautas de interesse de Odebrecht constavam alterações no regime tributário, regulação de concorrência, parcelamento de dívida com o governo e regime especial para indústria petroquímica.
Cláudio Melo
Filho declarou ainda no seu depoimento que todo apoio dado por Jucá a Odebrecht
teria, no momento de campanha, uma conta a ser paga: “As insinuações não
deixavam dúvidas de que, no momento certo, ele seria demandado pelo parlamentar
e que a maior parte da demanda ocorria em períodos eleitorais", disse no
depoimento, segundo noticiado pelo Jornal Nacional.
O delator
contou ainda que o valor pago como retribuição a atuação de Jucá entraria sob o
pretexto de apoio a campanhas eleitorais, fosse declarado oficialmente ou via
caixa dois. Antes de definir valores e o momento do pagamento, Cláudio afirmou
que conversava previamente com Jucá e com o ex-diretor-presidente da empresa,
Marcelo Odebrecht.
O montante de
cada contribuição era vinculado à relevância do assunto de interesse da
Odebrecht no Congresso e defendido por Jucá. Cláudio Melo afirmou ter certeza
que, ao tratar dessa negociação com Jucá, falava também o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Em nota, Jucá
disse desconhecer a delação de Cláudio, mas negou ter recebido recursos para
seu partido. “O senador também esclarece que todos os recursos da empresa ao
partido foram legais e que ele, na condição de líder do governo, sempre tratou
com várias empresas mas em relação à articulação de projetos que tramitavam no
Senado. O senador reitera que está à disposição da justiça para prestar
quaisquer esclarecimentos”.
O presidente
Renan Calheiros, na mesma linha, afirmou que jamais “credenciou, autorizou ou
consentiu” que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância.
“Reitera ainda que a chance de se encontrar irregularidades em suas contas
pessoais ou eleitorais é zero. O senador ressalta ainda que suas contas já são
investigadas há nove anos. Em quase uma década não se produziu uma prova contra
o senador”, diz a nota de Renan.
velho conhecido da Politica suja,foi Lider dos 8 anos do FHC depois 8 anos do LULA e da Dilma...
ResponderExcluiresse faz parte da banda podre do PMDB...junto com o cangaceiro renan .