Apontado pela
PF como responsável por gerenciar as contas do doleiro no exterior, João
Procópio teve US$ 5 mi bloqueados na Suíça
Por Fausto
Macedo e Mateus Coutinho
A Polícia
Federal prendeu nesta terça-feira, 1, em São Paulo, o executivo João Procópio
Junqueira Pacheco de Almeida Prado, suspeito de gerenciar na Suíça as contas do
doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Deflagrada em
março, a Operação Lava Jato investiga esquema de lavagem que teria movimentado
R$ 10 bilhões. No fim de maio, a Suíça bloqueou US$ 5 milhões de uma conta
ligada a João Procópio, que está entre os 46 indiciados pela PF no âmbito da
Lava Jato.
Youssef e o
ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa estão presos no Paraná sob suspeita
de infiltrarem organização criminosa em negócios da Petrobrás e de outros
órgãos públicos.
A PF atribui a
João Procópio o papel de “laranja” das contas de Youssef no país europeu. A
prisão dele foi decretada no dia 12.
Os alvos da
Lava Jato foram enquadrados por crimes contra o sistema financeiro – operar
instituições de câmbio sem autorização –, evasão de divisas, falsidade
ideológica e lavagem de dinheiro. Costa, que teve US$ 23 milhões bloqueados em
contas ligadas a ele na Suíça, também é alvo de ação penal no país europeu, por
lavagem.
João Procópio
foi preso em regime temporário. A Justiça determinou que ele permaneça sob
custódia por cinco dias, prazo que pode ser prorrogado por mais cinco dias. A
Procuradoria da República quer identificar a origem do dinheiro que o suspeito
mantém depositado na Suíça. A Procuradoria acredita que poderá encontrar pistas
entre os documentos confiscados.
Segundo o
Ministério Público Federal, as buscas se estenderam, ainda, aos escritórios de
uma empresa de participações e negócios e de instituição financeira cuja sede
fica em Portugal. A PF também fez inspeção na residência do diretor da empresa
de participações.
Defesa.
Os advogados
criminalistas Ricardo Berenguer e Damián Vilutis, que defendem João Procópio,
disseram que foram surpreendidos com a ação policial. “É um exagero, uma prisão
desnecessária”, afirmou Berenguer.
Ele pondera
que bastaria intimar seu cliente. “Ele compareceria naturalmente à PF para
prestar todos os esclarecimentos necessários. Nunca se furtou. Hoje (ontem)
franqueou sua casa para os policiais que fizeram apreensão de alguns
documentos.” Sobre a conta de João Procópio na Suíça, Berenguer disse que só
vai poder se manifestar quando tiver acesso aos autos. O advogado afirmou que
“não tem conhecimento” de que o executivo é laranja ou operador de Youssef.
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