Ao lançar hoje (28) um programa de
atenção às gestantes e aos bebês, o Rede Cegonha, a presidenta Dilma Rousseff
afirmou que é na área de saúde que a desigualdade social é mais “perversa”.
Dilma lembrou o compromisso que assumiu durante a campanha eleitoral de
melhorar o atendimento público de saúde no país.
“Não vamos compactuar com a miséria
e a pobreza, não tem um lugar onde a desigualdade é mais perversa do que na
área de saúde”, disse em cerimônia em Belo Horizonte.
A presidenta lembrou que durante a campanha
eleitoral assumiu o compromisso de melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Temos que fazer nesse quatro anos um enorme esforço para continuar
ampliando o acesso à saúde e transformar o SUS em um sistema de alta
qualidade que assuma responsabilidades diante de cada brasileiro. É um desafio
e estamos aqui para enfrentar desafios”, afirmou.
O Rede Cegonha tem investimentos
previstos de R$ 9 bilhões até 2014 para ampliar a rede de assistências às
gestantes e aos bebês na busca de reduzir a mortalidade infantil e materna.
Ligada ao SUS, a Rede Cegonha trabalhará em conjunto com os estados e
municípios.
Com o programa, as unidades de saúde
receberão recursos para fazer teste rápido de gravidez. A futura mãe terá
vale-transporte para comparecer a todas a consultas pré-natal e exames. Aquelas
que comparecerem integralmente terão direito a um vale-táxi para ir para a
maternidade.
O programa busca também ampliar de
quatro para seis o número de consultas recomendadas às gestantes. Atualmente,
quase 90% das mulheres brasileiras fazem as quatro consultas recomendadas pela
Organização Mundial da Saúde.
O SUS recomenda 20 tipos de exames
às gestantes. Com o Rede Cegonha, além desses exames, a intenção é que cem por
cento delas façam ultrassom. Se tiver uma gravidez de risco, mais nove tipos de
exames complementares poderão ser pedidos.
O Rede Cegonha vai possibilitar que
a gestante conheça previamente a maternidade onde terá o bebê e tenha
direito a um acompanhante durante a internação.
Serão ainda criadas as casas da
gestante e do bebê ligadas às maternidades de alto risco. A mulher poderá ficar
nesses locais antes e depois do parto, caso precise de observação, mas não
tenha indicação de ficar internada.
Em relação à criança, a Rede Cegonha
vai atuar nos dois primeiros anos de vida e prevê também campanhas de
aleitamento materno e de incentivo ao parto normal.
O cronograma de implantação das
ações dá prioridade às regiões da Amazônia Legal e ao Nordeste, que têm os mais
altos índices de mortalidade materna e infantil, e às regiões metropolitanas,
que concentram maior número de gestantes.
Da Agência Brasil
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