sexta-feira, 8 de maio de 2015

Gira Sol, Gira







Quando o sol gira, eu giro.
A flor acompanha o sol.
Os insetos a seguem
O colibri os copia.
Gira o sol,
Giram as flores,
Giram os insetos,
Giro eu.



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Maioria do secretariado não possui formação técnica condizente aos cargos exercidos

EquipeHartung
Fonte: es.gov.br


Após quase cinco meses de início de mandato e muitas especulações políticas, o governo anunciou que a equipe está completa. E, diferente do que sempre se propagou, o perfil do atual secretariado não é nada técnico, mas sim “recheado” de indicações meramente políticas nas mais diversas secretarias, autarquias e fundações.

Ao analisar os currículos dos 50 principais gestores públicos (secretários, presidentes de autarquias e fundações), nota-se que apenas três poderiam ser considerados estritamente técnicos. Dos demais, 58%, ou seja 29 gestores, possuem fortes ligações político-partidárias e possuem formação profissional sem nenhuma ligação com a área da pasta  para a qual foram escolhidos pelo atual governo. Exemplo disso é engenheiro na Saúde; procurador e advogado no Meio Ambiente; além de ex-deputados e ex-prefeitos ocupando secretarias estaduais.

Os demais 36%, ou seja, 18 gestores, apesar de terem formação profissional condizente com o cargo que assumiram, também fazem parte do secretariado devido à forte influência política. Por inúmeras vezes, eles ocuparam cargos em prefeituras, por exemplo, apenas por indicação política.

Esses dados apontam que o atual governo preocupou-se mais em colocar aliados políticos para compor seu secretariado. Assim, fica mais fácil para defenderem seus ideais, em detrimento dos interesses da sociedade. Parece que para o governo pouco importa a formação profissional na área, mas sim indicações políticas e o currículo que os profissionais já desempenharam em outros cargos políticos.

São diversas escolhas “questionáveis”, como a do ex-procurador geral do Estado para assumir a Secretaria de Meio Ambiente, principalmente em um momento de crise hídrica, quando seria essencial um especialista na área para conduzir a secretaria.

O empresariado também tem sido muito bem representado com o ex-diretor do Instituto Futura e a ex-editora da Rede Gazeta ocupando secretarias no atual governo. Além disso, familiares do vice-governador e do governador estão no primeiro escalão. Um sobrinho do primeiro ocupa a presidência da Prodest e a cunhada do governador está na secretaria de governo.

Continuísmo

Apesar do discurso de culpabilidade do atual governo contra o seu antecessor, na prática nota-se apenas um continuísmo. Vale ressaltar os inúmeros cargos comissionados e boa parte do secretariado que continuam em cargos estratégicos. Entre esses se destacam: Rodrigo Judice, Eugênio Ricas, André Garcia, Sandra Bellon, Angela Silvares, Paulo Ruy Carnelli,Neivaldo Bragato, Guerino Balestrassi que estavam e continuam no governo. Portanto, tais dados comprovam que não estamos com um “novo” e sim 12 anos e cinco meses do mesmo governo.

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

As 10 Estratégias de Manipulação Midiática - Chomsky*


Antes de iniciar o tópico sugiro uma breve reflexão sobre os atuais “PANELAÇOS"


"Fazer uso do aspecto emocional, sem a devida reflexão – e nisso os livros são indispensáveis para servir de antídoto – é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido crítico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos"

(Noah Chomsky em Armas silenciosas para guerras tranquilas, Estratégias de manipulação)

Classificado em Internacional – Imperialismo

O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.


*


O francês Jean BRICMONT contesta que a autoria das 10 Estratégias de Manipulação Midiática  seja de Chomsky. http://www.legrandsoir.info/a-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-noam-chomsky.html

quinta-feira, 30 de abril de 2015

MPF/RJ consegue repatriação de mais de R$ 86 milhões desviados da Petrobras


Valor foi obtido ilegalmente pelo ex-gerente executivo da empresa Pedro Barusco e estava bloqueado na Suíça

Com informações do site do Ministério Público Federal - 30/04/2015

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) conseguiu a repatriação de cerca de 29 milhões de dólares, equivalentes a R$ 86 milhões e 980 mil reais, a maior parte fruto de propinas recebidas por Pedro José Barusco Filho, entre 1999 e 2012, em função de contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora de FPSOs (navios-plataforma). O caso é uma investigação distinta às apurações referentes à Lava Jato.

Pedro Barusco exerceu cargos de gerência na Diretoria de Exploração e Produção da Petrobras de 1995 a 2003, quando assumiu o cargo de gerente-executivo de engenharia na Diretoria de Serviços, que exerceu até 2011.

O valor está depositado em uma conta da Caixa Ecônomica Federal (CEF), à disposição da Justiça Federal no Rio de Janeiro. O dinheiro estava bloqueado em bancos suíços, por determinação do Ministério Público daquele país, que aceitou a argumentação do MPF em favor de sua liberação integral para o Brasil.

Esses recursos fazem parte dos cerca de 97 milhões de dólares restituídos por Pedro Barusco.

Segundo os procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo Cardoso de Freitas e Daniella Sueira, encarregados da investigação criminal de fatos relativos aos contratos entre a SBM e a Petrobras, “a medida alcançada é fundamental no combate a crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro".

Veja aqui outros valores já recuperados pelo MPF


Sobre o Blog

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