Por Sindipúblicos
Após quase cinco meses de início de
mandato e muitas especulações políticas, o governo anunciou que a equipe
está completa. E, diferente do que sempre se propagou, o perfil do
atual secretariado não é nada técnico, mas sim “recheado” de indicações
meramente políticas nas mais diversas secretarias, autarquias e
fundações.
Ao analisar os currículos dos 50
principais gestores públicos (secretários, presidentes de autarquias e
fundações), nota-se que apenas três poderiam ser considerados
estritamente técnicos. Dos demais, 58%, ou seja 29 gestores, possuem
fortes ligações político-partidárias e possuem formação profissional sem
nenhuma ligação com a área da pasta para a qual foram escolhidos pelo
atual governo. Exemplo disso é engenheiro na Saúde; procurador e
advogado no Meio Ambiente; além de ex-deputados e ex-prefeitos ocupando
secretarias estaduais.
Os demais 36%, ou seja, 18 gestores,
apesar de terem formação profissional condizente com o cargo que
assumiram, também fazem parte do secretariado devido à forte influência
política. Por inúmeras vezes, eles ocuparam cargos em prefeituras, por
exemplo, apenas por indicação política.
Esses dados apontam que o atual governo
preocupou-se mais em colocar aliados políticos para compor seu
secretariado. Assim, fica mais fácil para defenderem seus ideais, em
detrimento dos interesses da sociedade. Parece que para o governo pouco
importa a formação profissional na área, mas sim indicações políticas e o
currículo que os profissionais já desempenharam em outros cargos
políticos.
São diversas escolhas “questionáveis”,
como a do ex-procurador geral do Estado para assumir a Secretaria de
Meio Ambiente, principalmente em um momento de crise hídrica, quando
seria essencial um especialista na área para conduzir a secretaria.
O empresariado também tem sido muito bem
representado com o ex-diretor do Instituto Futura e a ex-editora da
Rede Gazeta ocupando secretarias no atual governo. Além disso,
familiares do vice-governador e do governador estão no primeiro escalão.
Um sobrinho do primeiro ocupa a presidência da Prodest e a cunhada do
governador está na secretaria de governo.
Continuísmo
Apesar do discurso de culpabilidade do
atual governo contra o seu antecessor, na prática nota-se apenas um
continuísmo. Vale ressaltar os inúmeros cargos comissionados e boa parte
do secretariado que continuam em cargos estratégicos. Entre esses se
destacam: Rodrigo Judice, Eugênio Ricas, André Garcia, Sandra Bellon,
Angela Silvares, Paulo Ruy Carnelli,Neivaldo Bragato, Guerino
Balestrassi que estavam e continuam no governo. Portanto, tais dados
comprovam que não estamos com um “novo” e sim 12 anos e cinco meses do
mesmo governo.
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Dag Vulpi