terça-feira, 2 de abril de 2013

BULLYNG NAS ESCOLAS


Bulling é uma discriminação, feita por alguns cidadãos contra uma única pessoa. Mas não é uma coisa simples, que se pode vencer de um dia para o outro. Bulling é um mal que se carrega durante um período da vida muitíssimo grande. Quando alguém diz que seu cabelo está estranho, você provavelmente vai correndo para o espelho mais próximo para se arrumar. Agora imagina duas, três, dez pessoas, todo o dia, falando mal do seu cabelo, de coisas que você não tem culpa por ter ou muitas vezes por não ter.

Sim, isso seria completamente insuportável, quer dizer, sua alto estima fica lá embaixo, e os malvados causadores do bulling seriam os heróis. O que você faria? Se mataria? Sim, existem crianças que se suicidam, mas não com a idéia de que a vida delas é uma droga, e, sim, de que eu vou morrer porque sou feia e tudo que eles dizem é verdade.

Apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos", vara pau entre outros  e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo.  Alunos "esforçados" que geralmente sofrem  represalias por parte de seus colegas em geral não por caracteriticas fisicas mas também intelectuais  são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno bullying. 

Sem equivalente na língua portuguesa, bullying é um termo inglês utilizado para designar a prática  desses atos agressivos. As conseqüências são o isolamento, a queda do rendimento escolar, baixa auto-estima, depressão e pensamentos negativos de vingança. 

Estudos mundiais revelam que, de 5% a 35% dos alunos estão envolvidos nesse tipo de comportamento. No Brasil, alguns estudos demonstraram que esses índices chegam a 49%. 

O encontro abordará o fenômeno nos seus diversos aspectos: escolar, familiar, social, cultural, ético-legal e saúde. O foco principal do evento será o debate, com o objetivo de despertar os profissionais para que se envolvam e se comprometam com a problemática. "A proposta não se limita apenas a discutir medidas pontuais, mas elaborar ações estratégicas que auxiliem a parceria escola-família a romper com a dinâmica bullying", explicou Cléo Fante, membro da comissão organizadora, pesquisadora e autora do livro Fenômeno Bullying, da Editora Verus.

Com os avanços da tecnologia, esse constrangimento saiu das escolas onde era um lugar comum dessa prática e  partiu para internet e ganhou força. A nova prática recebeu o nome de “Cyberbulling” e se infiltrou em correios eletrônicos, blogs, Orkut, Msn, etc. O agressor nesse caso, muitas vezes escondido atrás de um apelido, dissemina sua raiva e felicidade enviando mensagens ofensivas a outras pessoas. Em muitos casos, ele exibe fotos comprometedoras, altera o perfil das vítimas e incita terceiros a reforçar o ataque. O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente.

 “Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência”(Maluh Duprat).

 Não é interessante responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. “Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos, de superar com a ajuda da família ou dos superiores no trabalho uma situação de confronto maior que seus recursos internos”.

Bulling não é nada bom, e se você conhece alguém que sofre com isso, ajude-o. Pois você se beneficiará com uma nova amizade ou quem sabe salvando uma vida.


LEI SECA - Dosagem alcoólica por si não define infração penal



Por Marcelo Pinto*
A concentração de álcool acima da quantidade máxima prevista na Lei Seca — seis decigramas por litro de ar expelido dos pulmões — não significa, necessariamente, que o motorista esteja com sua capacidade psicomotora alterada e, portanto, possa por em risco a segurança no trânsito. Com esse entendimento, a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio acolheu os embargos interpostos por Juliano Silva Dias. O acórdão foi proferido no dia 14 de março.

O motorista reivindicou, primeiro, a manutenção da sentença de absolvição do juiz da 11ª Vara Criminal da Capital, Alcides da Fonseca Neto, e, depois, a prevalência do voto vencido da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo, da 3ª Câmara Criminal, no julgamento de uma apelação interposta pelo Ministério Público. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Manifestação contra o golpe militar pede punição para os responsáveis pelos crimes da ditadura

Uma manifestação contra o golpe militar de 1964, que completa 49 anos hoje (1º), reuniu um grupo de pessoas na Cinelândia, no centro da capital fluminense. Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Juventude Socialista do PSB, Levante Popular da Juventude, do Tortura Nunca Mais e de partidos políticos como o PCdoB, PT e PSTU e da sociedade civil organizada de uma maneira geral pediram punição para os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura.



Lideranças estudantis, parentes de vítimas e políticos também cobravam mais empenho nas investigações que estão sendo conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade. A jornalista Hildergard Angel, irmão de Stuart Angel e filha de Zuzu Angel, vítimas da ditadura, disse que a Cinelândia, local da manifestação, é um marco da luta pela democracia no país. A Cinelândia, durante o regime militar, foi cenário de vários atos de protesto contra os militares.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, em seu discurso, disse que a manifestação é “um contraponto aos atos de apoio realizados por aqueles que tentam comemorar o período sombrio da história do país, marcado pela ditadura militar”. Ele ressaltou que foi em 1º de abril de 1964 que a ditadura incendiou a sede da UNE na Praia do Flamengo”.

Documentos do Deops de São Paulo já podem ser consultados pela internet


Cerca de 1 milhão de imagens referentes a documentos do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP) foram colocadas hoje (1º) para consulta irrestrita pela internet. Os arquivos podem ser acessados no site http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriapolitica. O trabalho de digitalização, que deve continuar, alcançou 10% do total de prontuários preservados.
Apesar de o Arquivo Público paulista já disponibilizar esses documentos para consulta presencial desde 1994, agora a pesquisa pode ser feita de qualquer lugar do país, bastando digitar nomes de pessoas que tenham sido fichadas ou de organizações políticas. O Deops foi um importante órgão de repressão do Estado brasileiro contra grupos de oposição durante o século 20.

Nova York retoma buscas por vítimas dos atentados de 11 de setembro


As autoridades de Nova York retomaram nesta segunda-feira (1º) a busca por restos das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 no local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center. Até o momento, 1.634 dos 2.750 mortos no atentado terrorista foram identificados.
Toneladas de destroços coletados na área nos últimos dois anos foram transportados para um local no distrito de Staten Island, no sudoeste de Nova York, onde serão verificados e submetidos a testes de DNA. Desde 2006, as autoridades nova-iorquinas identificaram 34 vítimas dos atentados por meio da verificação dos restos do World Trade Center.
No local das Torres Gêmeas, um novo arranha-céu, chamado One World Trade Center, está sendo construído.Quando o edifício estiver concluído, ele será o mais alto do hemisfério ocidental, com 546,20 metros.
Da BBC Brasil

A educação na sociedade de classes: possibilidades e limites


Por Paulino José Orso*
Muito se tem discutido sobre o papel da educação na so­ciedade, se ela apenas reproduz a sociedade em que está inseri­da ou se ela é ou pode ser revolucionária a ponto de transfor­mar toda a sociedade. Entretanto, muitos, em vez de analisá-la e compreendê-la de acordo com a categoria da totalidade, caem na perspectiva positivista e simplesmente deslocam-na do con­junto das relações sociais de produção, embrenham-se pelo idealismo e apresentam-na como se fosse capaz de promover o desenvolvimento econômico, garantir o bem estar social e conduzir a todos à felicidade; fazem dela a responsável pelo sucesso ou fracasso de cada um.
Foto: site: IE - Instituto Educação
Analisando-a de forma abstrata, deslo­cada das contradições e dos antagonismos de classes, atribuem a ela um caráter redentor. Entretanto, existem "n" formas de educação; não é possí­vel para falar de educação abstratamente, nem desconsiderando a história. Além disso, as finalidades com que se educa também não são as mesmas em todas as épocas, em todos os lugares e em todas as sociedades. Simplificando, poder-se-ia dividir a educação em dois tipos: a formal e a informal. A primeira refere-se àquela ministrada em sala de aula, com professores, programas, conteúdos, objetivos definidos, que é realizada de forma sistemá­tica. A segunda diz respeito à realizada cotidianamente, basea­da nos costumes, nas leis, nas tradições, nas lutas do dia-a-dia, nas mobilizações, na aprendizagem durante a vida. Ambas são formas de educação e variam de acordo com a sociedade, com as relações de força envolvidas, com a época, com o estágio de desenvolvimento e o lugar em que ocorrem. Mas, afinal de con­tas, o que é ou em que consiste a educação? Se pudéssemos abar­cá-las numa mesma definição, poderia se dizer que a educação é a forma como a própria sociedade prepara seus membros para viverem nela mesma.
Foto site: IE - Instituto Educação
Ora, se a educação é a forma como a sociedade educa seus membros para viverem nela mesma, então, para compreender a educação precisamos compreender a sociedade. Assim, na me­dida em que a compreendermos, também entenderemos aquela. Partindo do princípio de que, após o surgimento da propriedade privada dos meios de produção, a história da humanidade tem sido a história das lutas de classes e que atualmente vivemos no modo de produção capitalista, baseado na extração da mais-valia, na exploração, na competição e na concorrência, a educação, submetendo-se às determinações da base material, no geral aca­ba contribuindo para a reprodução desta sociedade. Quanto à educação formal, ela geralmente se parece mais com uma forma de adestramento, disciplinarização, treinamento e docilização dos indivíduos, do que como meio de transforma­ção e de revolução social. Mesmo quando tem a preocupação, de ser crítica, de subverter a ordem acadêmica e de questionar o sistema vigente, o que é um tanto raro e incomum nos tempos atuais, é envolvida por um amplo aparato disciplinar e burocrá­tico deixando pouco espaço para a flexibilidade e para a reali­zação de experiências alternativas. Além disso, na maioria das vezes, os conteúdos estão mais voltados para ensinar que "a Eva viu a uva", ou seja, conteúdos abstratos, do que para compreen­der a vida concreta, isto é, a matemática da fome, o português da violência, a geografia e a história da exploração e dos problemas sociais, a ciência da história da vida real dos homens e voltam-se mais para a adaptação, para a alienação e para o conformismo do aluno ao meio do que para desmistificar, para questionar as condições de vida e o modo de produção capitalista.
 Por Paulino José Orso* (Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Via Instituto de Educação. IE

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

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Dag Vulpi

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