quarta-feira, 6 de março de 2013

Outdoor é fonte de água potável em Lima


A cidade de Lima, capital do Peru, sofre hoje em dia com escassez de água potável.

Para chamar a atenção para esse problema, uma agência de publicidade chamada Mayo DraftFCB resolveu instalar um outdoor capaz de gerar água limpa.

Isso porque mesmo sendo localizada em uma área de deserto, a cidade de Lima tem uma média de umidade do ar que chega a 98%. Então, a agência se juntou a pesquisadores da Universidade de Engenharia e Tecnologia de Lima, e criaram esse mecanismo que filtra a água do ar.

O sistema conta com um tanque que armazena até 95 litros de água. No poste de base do outdoor tem uma torneira, e qualquer pessoa pode passar e encher uma garrafinha.
 
 
 
Via Blog Território Eldorado

Pescando no Facebook VI - 06 03 2013

Nesta sexta edição do “Pescado no Facebook” houve um repeteco de autores que já haviam colaborado em edições anteriores. Mais uma vez selecionei publicações dos amigos Marcelo Siano Lima e Vinícius Medeiros. 

Desta vez a indignação tanto do Marcelo quanto do Vinicius é comum. Ambos tratam do desdobramento que está levando à escolha do nome para presidir a comissão de Direitos Humanos na Câmara dos Deputados.


Marcelo Siano Lima – “Não dá para termos uma chocadeira do 'ovo da serpente' ocupando a presidência de tal comissão.”

Apesar de entender os jogos políticos, não posso aceitar que os grandes partidos com assento na Câmara dos Deputados tenham abdicado da presidência da Comissão de Direitos Humanos em favor do PSC, uma sigla quase toda representada por fundamentalistas cristãos protestantes.

Não há desculpas para esse absurdo, para essa aberração política. A nós, cidadãos e cidadãs, defensor dos direitos humanos, das liberdades civis, do estado laico, da democracia e das instituições republicanas, integrantes de uma sociedade plural, cabe o dever de protestar, de fazer ouvir alto nossa indignação e nossa contrariedade.

É preciso deter esse crescimento fundamentalista, seja no voto, seja no controle de instituições e de representações sociais, seja no comando de órgãos responsáveis pelo zelo dos direitos humanos e da Constituição.

Não podemos admitir que a câmara dos deputados, por quaisquer que sejam os argumentos que venham a ser levantados, solape a constituição e atente contra os direitos humanos e as liberdades civis. Vamos protestar, vamos radicalizar nossos protestos contra esse acordo que entrega ao deputado de São Paulo a presidência de uma comissão tão importante.

Não dá para termos uma chocadeira do 'ovo da serpente' ocupando a presidência de tal comissão.

Vinícius Medeiros - Eu não tenho muito o que discordar do que foi escrito pelo deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) em seu artigo na Folha (06/Mar). Contudo ainda não ficou claro, a meu ver, a infeliz citação de "que os africanos são descendentes de um ancestral amaldiçoado por Noé". Houve um tentativa de esclarecer as coisas, mas o deputado apenas se enrolou mais. Disse que não usou a palavra negro, pois se referia "a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele". Então, brancos e negros africanos são realmente descendentes de um ancestral amaldiçoado?

Que ultraje, deputado!”


O assunto desta quarta-feira da seção Tendências/debates [e para comentarmos aqui no POLITICA E CULTURA] trata sobre o imbróglio na escolha do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.

A indicação do pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a comissão gerou um furacão de manifestações por parte de militantes da comunidade GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais).


Segundo o pastor, militantes GLBTT rotulam como homofóbica qualquer pessoa que discorde de suas posições. A comissão é mais importante que debates rasos.


O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) destaca que graças ao jogo de interesses entre os partidos da base aliada, é quase certo que Marco Feliciano presida a comissão.


Wyllys afirma que tenta representar aqueles que sempre receberam mais insultos e porradas que direitos e estima.


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DITADURA GAY E OS DIREITOS HUMANOS


Dias atrás, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) foi sugerido para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Houve protestos de alguns da comunidade científica pelo simples fato de ele ser católico praticante e seu nome foi vetado. Agora é a vez de um pastor evangélico ser questionado para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Perseguição religiosa?


A presidência da CDHM, pela proporcionalidade entre legendas, ficou com o meu partido, o PSC. A indicação do meu nome gerou um furacão de manifestações dissimuladas pela internet por parte de militantes da comunidade GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais). Algumas me acusaram de ser racista e homofóbico.


Tudo teve início quando postei na internet que os africanos são descendentes de um "ancestral amaldiçoado por Noé". Referia-me a uma citação bíblica, segundo a qual o filho de Noé, após ser amaldiçoado pelo pai, foi mandado para a África. A maldição foi quebrada com o advento de Jesus, que derramou seu sangue para nos salvar. Não usei a palavra negro, pois me referia a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele.


Sou pastor e prego para pessoas de todas as etnias. Nunca, nem antes nem depois desse episódio, fui considerado racista, inclusive porque corre em minhas veias sangue negro também. Amo o continente africano. Sou querido pelo povo de Angola, onde fiz trabalhos.


Sobre homossexuais, minha posição é mais tolerante do que se pode imaginar. Como cristão, aprendi no Evangelho que somos todos criaturas de Deus. Nunca me dirigi a nenhum grupo de pessoas com desrespeito. Apenas ensino o que aprendi na Bíblia, que não aprova a relação sexual nem o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Fora isso, a salvação está ao alcance de todos. Essa é a minha fé --só prego o amor e o perdão.


No entanto, esses militantes GLBTT rotulam como homofóbica qualquer pessoa que discordar de suas posições. Acusam de incitação à violência, o que qualquer pessoa isenta sabe que não é verdade. Mas, jogada ao vento, essa mentira causa estragos à imagem do acusado perante a opinião publica. Vivemos uma ditadura gay.


No ano passado, tentei participar de um seminário organizado pela CDHM e presidido pelo deputado Jean Wyllys. Apavorei-me com o tema: diversidade sexual na primeira infância. Fui recebido com palavrões pelos militantes GLBTT. Foi me dado um minuto para falar, mas não consegui. A militância não permitiu.


Foi desesperador ouvir dos que ali estavam que se um menino na creche, na hora do banho, quiser tocar o órgão genital de outro menino não poderia ser impedido. Afinal, segundo eles, criança não nasce homem nem mulher e sim gênero e se descobre com o tempo. Se forem impedidos na primeira infância, sabe-se lá o que pode acontecer...

A fúria deles é por saber que questiono suas pretensões. Defendo a Constituição e ela precisaria ser alterada para aprovar suas lutas.


Não se pode tratar naquela comissão apenas desses assuntos. É preciso isonomia. Outros grupos precisam de igual atenção.


Existem assuntos que caíram no esquecimento. Os brasileiros que estão aprisionados de maneira sub-humana em diversos países como imigrantes ilegais. A demarcação das terras dos quilombolas. O tráficos de mulheres e de órgãos. O atendimento das famílias dos autistas. Os portadores de necessidades especiais. Não basta aprovar leis, é preciso saber se estão sendo respeitadas.


Por que a CDHM não questiona o Executivo sobre manter relações comerciais com um país que condena à morte pessoas por sua opção religiosa ou sexual, como o Irã?


Essa comissão é muito mais importante do que discussões rasas. Peço a Deus sabedoria para levar adiante tão honrosa missão.


MARCO FELICIANO, 40, pastor evangélico, é deputado federal pelo PSC-SP


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CINISMO CRUEL


Graças ao jogo de interesses entre os partidos da base aliada, é quase certo que o pastor e deputado Marco Feliciano presidirá a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.


Esse fato não é escandaloso --e eu não me oponho a ele-- pelo simples fato de ele ser pastor. Se o deputado Marco Feliciano fosse um pastor identificado com a garantia dos direitos humanos e da dignidade das minorias estigmatizadas, não haveria problema algum e eu não faria qualquer oposição.


Acontece que o deputado Marco Feliciano é um inimigo público e declarado de minorias estigmatizadas e tem um discurso público que estimula a violação da dignidade humana desses grupos.


Como pode presidir uma comissão de direitos humanos e minorias um deputado que disse que o problema da África negra é "espiritual" porque "os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé", revivendo uma interpretação distorcida e racista da Bíblia, que já foi usada no passado para justificar a escravidão dos negros?


Como pode presidir uma comissão de direitos humanos e minorias um deputado que se referiu à Aids como "o câncer gay"? Um deputado que defende um projeto de lei para obrigar o Conselho Federal de Psicologia a aceitar supostas "terapias de reversão da homossexualidade" anticientíficas e baseadas em preconceitos.


Um deputado que quer criminalizar o povo de terreiro e enviar pais e mães de santo à cadeia por rituais religiosos que estão presentes nos mesmos capítulos da Bíblia que ele usa para injuriar os homossexuais? Ele lê a Bíblia com um olho só. Um deputado que apresentou um projeto para anular diversas (boas) decisões do Supremo Tribunal Federal, entre elas a sentença que reconhece as uniões homoafetivas como entidades familiares.


Na verdade, para ser justo, o acordo realizado para dar a presidência da CDHM ao PSC, com ou sem Marco Feliciano, já era um grave problema. Trata-se de um partido que fez campanha definindo a família de uma maneira que exclui não só gays e lésbicas, como também as famílias monoparentais, as com filhos adotivos e tantas outras. Trata-se de um partido que defende posições fundamentalistas que vão contra os direitos de muitas das minorias que essa comissão deve proteger.


Eu me formei num cristianismo que acolhe os diferentes, respeitando sua dignidade. Eu me apaixonei na juventude por esse cristianismo que deu origem à Teologia da Libertação, que participou da luta contra a ditadura e que nos deu grandes referências.


O PSC, lamentavelmente, não tem nada a ver com isso. E Marco Feliciano menos ainda! Que ele seja o novo presidente da comissão é uma contradição: é como colocar à frente das políticas contra a violência de gênero um cara que bate na mulher.


É isso que milhares de brasileiras e brasileiros estão sentido nesse momento: que a Câmara bateu neles. Em nós --confesso que eu também senti. Às vezes, me pergunto o que estou fazendo aqui. Mas depois vejo a mobilização de milhares de pessoas para impedir essa loucura e penso: é isso que estou fazendo, tentando representar aqueles que, como eu, sempre receberam mais insultos e porradas que direitos e estima! Saibam que não estão sozinhos! Luta que segue!


JEAN WYLLYS, 38, é deputado federal pelo PSOL-RJ


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QUE COISA!


Eu não tenho muito o que discordar do que foi escrito pelo deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) em seu artigo na Folha (06/Mar). Contudo ainda não ficou claro, a meu ver, a infeliz citação de "que os africanos são descendentes de um ancestral amaldiçoado por Noé". Houve um tentativa de esclarecer as coisas, mas o deputado apenas se enrolou mais. Disse que não usou a palavra negro, pois se referia "a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele". Então, brancos e negros africanos são realmente descendentes de um ancestral amaldiçoado?

Que ultraje, deputado!


VINICIUS MEDEIROS, 19, estudante


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E vocês, amigos, o que pensam? Convido todos e marco como sempre os que lembro: EdGilenoRafaelSou da PazDiegoDagmar.


### COMENTÁRIOS ###

Gileno Ranna Eu, se fosse deputado, não votaria em Feliciano para assumir uma comissão parlamentar como a que está em questão... Não porque ele é religioso, mas sim, porque ele é contra ao reconhecimento de determinadas liberdades civis comuns ao nosso tempo (de facto, eu compartilho da opinião do ex primeiro-ministro do Canadá, Pierre Trudeau: "there's no place for the state in the bedrooms of the nation")

Aproveitando que foi citado o Chalita em um outro caso: sou contra qualquer político no cargo que deve ser destinado a um tecnocrata, como o Ministério da Ciência e Tecnologia;
Rui Alberto Monteiro Rodrigues Democracia Representativa é isso aí: Quem se elege, deve representar alguém, alguma coisa... O QUÊ, EXATAMENTE? Ninguém sabe, porque após eleitos, a coisa se faz a portas fechadas, e se algo vaza é por sorte ou por ação de jornalistas... Nem eles se denunciam a si mesmos, de tão preocupados em cuidar da farta mesa em que passam o tempo. Na democracia participativa, pelo contrário, os cargos políticos perdem a importância e passam a ser "orientativos"... A população vota tudo o que hoje só eles votam.... Via redes sociais...OU seja.... Esse aí não seria mais que pau de galinheiro neste tipo de democracia...

Gileno Ranna Em resumo: Não acredito que deva haver um impedimento oficial quanto a quem deve assumir qualquer comissão do congresso, mas se a decisão fosse minha, uma pessoa como Feliciano ou Chalita jamais assumiriam os cargos, respectivamente a CDHM e o MCTI

Vinícius Medeiros Concordo sobre o Chalita e o MCT, Gileno. Mas não vejo impedimento contra o Marcos Feliciano, a não ser pelas declarações estúpidas contra homossexuais e ambíguas em relação aos negros. Ou melhor: africanos como ele disse se referir. Tentou se justificar, mas não conseguiu. Ainda assim, a função deve freá-lo e também suas convicções antes de qualquer pronunciamento. Hehe, Rui e sua esperança. Minha também, claro!

Gileno Ranna As convicções pessoais do Feliciano só podem ser levadas à prática e de forma oficial (ou seja, em forma de lei) em países como Irã, Paquistão e, mais recentemente, os países da "revolução árabe";

Vinícius Medeiros Digo que ele deve pensar duas vezes antes de qualquer decisão, sobretudo se ela estiver influenciada por suas convicções pessoais.

Racquell Narducci Concordo com o Gileno Ranna em muita coisa e sonho com o dia em que não precisaremos (será que algum dia precisamos mesmo?) de uma comissão destas...

Vinícius Medeiros Estou saindo, mas vão comentando aí que mais tarde eu apareço e leio todos.

Rui Alberto Monteiro Rodrigues Também vou... Mas fiquei com a sensação que tudo se resume no que postou a Racquell Narducci....

Dagmar Vulpi Este é um daqueles assuntos que por mais que se pondere, sempre haverá uma parte descontente. Tanto o deputado Marco Feliciano, que é pastor evangélico, quanto o deputado Jean Wyllys, foram eleitos para legislar para um todo, porém deixam claro que seu “trabalho” está diretamente voltado para grupos específicos. Se de um lado um defende os direitos de uma determinada minoria de brasileiros com suas opções sexuais, do outro a defesa é por opção religiosa, e entre estes dois grupos completamente heterogêneos existe um abismo de intolerâncias que impedem o consenso. 

E enquanto isso, como fica a outra parte que é a maioria?

Sou da Paz Falou tudo, Dagmar! Como alguém poderia trabalhar em favor do todo se é representante categórico de um grupo específico? A questão é: existe algum deputado que seja imparcial?

Ed Lascar Muito bom o debate que o Dagmar arrematou com uma síntese bem equilibrada. O pastor falou bobagem e deu uns volteios para se justificar. A verdade é que ele é mestiço de negro com branco ou seja: ele é filho destes mesmos amaldiçoados, descendência de Noé em degredo punitivo para a África. A Bíblia também aí erra, como tantas e tantas outras passagens. Todos somos africanos, dizem os cientistas. Todos somos amaldiçoados... ehehhehe..

Ed Lascar Não vejo o porquê, realmente, dele não assumir a pasta. É um colegiado; ele é apenas um voto entre tantos outros.

Carlos Mourão Só por ser um PASTOR já está implícito a b___ que é.


Carlos Mourão O Congresso Nacional jamais representou a vontade do povo. Não justifica termos este tipo de democracia. Mas isto tem explicação : o Congresso só tem 3 categorias do povo : a dos pastores evangélicos, os pecuaristas e os empresários. ENTONCE querem o que?

LISTA ABERTA OU FECHADA ?


Há muitas críticas ao sistema proporcional e de lista aberta, que é o atualmente utilizado nas eleições, mas não há consenso sobre o modelo que poderia substituí-lo.

O PSDB defende o voto distrital misto, enquanto o PT da presidente Dilma Rousseff se mantém a favor da lista fechada. Já o presidente da Comissão de Reforma Política, Francisco Dornelles (PP-RJ), propõe o chamado "distritão", ou seja, o voto majoritário para estados e municípios.

Uma das críticas ao sistema atual é que o eleitor vota em um candidato, mas, ao fazê-lo, pode contribuir para eleger outros que pertençam ao mesmo partido (ou a uma eventual coligação). Isso ocorre porque, no sistema proporcional de lista aberta, o voto não é contabilizado apenas para o candidato, mas também para seu partido. E é o número total dos votos válidos de cada partido que define a quantidade de vagas a que a legenda terá direito.

Por causa dessa lógica, um candidato "puxador de votos" (capaz de conquistar, sozinho, uma grande fatia do eleitorado) ajuda a eleger colegas de partido ou coligação, até quando a votação deles é menor que a de candidatos de outras legendas.

O caso do falecido deputado federal Enéas Carneiro, do antigo Prona, é lembrado com frequência. Em 2002, ele se elegeu para a Câmara após obter cerca de 1,5 milhão de votos no estado de São Paulo. Enéas tornou-se um "puxador de votos" para o seu partido, que, graças à sua votação, levou outros cinco candidatos ao Congresso Nacional - um deles com menos de 300 votos.

- Por causa dessas distorções, há legendas que escolhem candidatos sem preparo para a vida parlamentar, mas que têm grande apelo eleitoral e podem atuar como puxadores de votos para o partido ou a coligação - diz Francisco Dornelles.

Ele argumenta que, dessa forma, os brasileiros acabam elegendo candidatos em quem nem pretendiam votar ou que nem conhecem. O senador acrescenta ainda que "tais candidatos muitas vezes nem têm afinidade ideológica ou programática com o puxador de votos".

Voto distrital
Para substituir o sistema vigente, há alternativas como a defendida pelo PSDB, que é favorável ao voto distrital misto, modelo que mescla características dos sistemas proporcional e majoritário. Apesar desse posicionamento, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) diz que "o ideal seria adotar o voto distrital puro", no qual os estados são divididos em distritos e cada distrito escolhe, de forma majoritária, apenas um representante.

- No voto distrital puro o eleito está mais próximo do eleitor. Fica mais fácil para o cidadão fazer cobranças de seu representante - argumenta Aloysio Nunes.

Francisco Dornelles também considera o voto distrital puro "a solução ideal", mas avalia que a divisão de estados em diversos distritos eleitorais seria uma coisa "muito complexa e difícil de operacionalizar neste momento". Por isso, ele sugere "como primeiro passo" a conversão de estados, no caso dos deputados, e municípios, no caso dos vereadores, em grandes distritos (daí o apelido "distritão"), onde seriam eleitos apenas os mais votados.

O presidente da Comissão de Reforma Política diz ainda que, com o fim do voto proporcional em lista aberta, "perdem sentido as coligações para eleger deputados e vereadores". As coligações muitas vezes beneficiam as legendas que, sozinhas, não conseguem votos suficientes para atingir o quociente eleitoral.

Tanto o presidente do Senado, José Sarney, como o vice-presidente da República, Michel Temer, ambos do PMDB, já demonstraram simpatia pela eleição majoritária para deputados e vereadores. A mudança defendida por Dornelles está prevista em uma proposta de emenda à Constituição de sua autoria: a PEC 54/07.

Lista fechada
A proposta do "distritão", porém, é criticada pelo PT, que defende a manutenção do sistema proporcional - desde que a lista aberta seja substituída pela lista fechada. Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE):

- O distritão significa a abolição definitiva dos partidos políticos, pois leva a uma personalização ainda maior das campanhas [já que o voto se destina unicamente ao candidato] e torna as eleições ainda mais caras, privilegiando os candidatos mais ricos -argumenta.

Nessa linha de raciocínio, a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) argumenta que "os partidos são fundamentais porque trazem às campanhas eleitorais o debate de ideias e de programas, debate que seria eliminado se o distritão fosse implantado".

No sistema de lista fechada mais difundido, o eleitor vota no partido, que já tem um grupo de candidatos escolhidos internamente. Ao defender a lista fechada, o PT afirma que esse sistema induz ao fortalecimento de partidos e, consequentemente, à consolidação da democracia.

O PT defende a implementação da lista fechada junto com o financiamento público de campanha, argumentando que isso evitaria, por exemplo, o encarecimento das campanhas. O senador Wellington Dias (PT-PI) assinala que, assim, "qualquer brasileiro, tendo dinheiro ou não, poderá participar do processo eleitoral e chegar ao Congresso sem estar comprometido com o financiador A ou B".

- Defendemos um sistema no qual haja a preponderância de partidos ideológicos e programáticos - reiterou Humberto Costa.

Por outro lado, até dentro PT, não há consenso em relação ao modelo exato de lista fechada a ser implantado. Wellington Dias, por exemplo, defende uma lista na qual o eleitor possa escolher, entre os candidatos definidos pelo partido, aquele que ele prefere (ou seja, seria possível "reordenar" a lista).

Gleisi Hoffman admite simpatizar, "ao menos inicialmente, como ideia a ser discutida", com o voto distrital misto. Além disso, ela propõe que o Brasil se baseie na experiência de países como a Argentina, onde se implantou um sistema de lista fechada que promoveu o aumento do número de mulheres entre os parlamentares.

Os críticos da lista fechada afirmam que esse modelo enfraquece o vínculo entre os candidatos e os eleitores e reforça o poder das cúpulas das legendas. Francisco Dornelles, por exemplo, diz que "tal sistema levaria, hoje, à ditadura das cúpulas partidárias". Já o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PSDB), observa que "não existem ainda partidos consolidados no Brasil, sendo que muitos são artificiais e vários não passam de siglas para mero registro de candidaturas".

- Ainda há muito a superar para, quem sabe, um dia discutirmos a possibilidade de implantar a lista fechada.

LISTA ABERTA
Particularmente sou favorável a este sistema, o eleitor vota no candidato baseando-se no seu perfil e em seus projetos “promessas” de campanha e não nas legendas, não é por ser simpatizante desta ou daquela sigla que concordarei com os candidatos propostos... por ela.

Pode ocorrer de o candidato de nossa preferência ser filiado a uma legenda que não simpatizamos. Não concordo que o partido escolha o meu candidato (LISTA FECHADA), políticos inelegíveis por estarem enquadrados pela Lei do Ficha Limpa poderão se tornar os dirigentes dos partidos, e neste caso serão este tipo de políticos que decidirão quem irá ocupar as vagas na tal lista fechada, e neste caso não é difícil imaginarmos o que acontecerá.

O eleitor deve exercer o direito soberano do voto em sua plenitude, sua escolha deve ser respeitada em todos os níveis.


Os candidatos mais votados deverão se eleger sempre, independente de partidos ou coligações.


Não concordo com o atual sistema de voto (PROPORCIONAL), onde, o voto confiado a determinado candidato acaba beneficiando outro pelo simples fato do outro fazer parte do mesmo partido ou coligação.

Já foram muitos os casos de políticos que se beneficiam do candidato "puxador de votos" (capaz de conquistar, sozinho, uma grande fatia do eleitorado) ajudando a eleger colegas de partido ou coligação, mesmo com uma votação inexpressiva se comparada a votação de candidatos de outras legendas, desta forma acabamos elegendo candidatos que não figuravam na nossa lista de preferência.


Infelizmente partidos ideológicos e programáticos são raridade, logo, cabe a cada cidadão escolher o candidato que ele julga ser o seu melhor representante. Este é um direito democrático.


O VOTO DISTRITAL aproxima o candidato do eleitor, facilitando o cidadão a fazer cobranças de seu representante, atualmente elegemos candidatos que, dada a distancia entre ele e seu eleitorado, não a cumplicidade nem comprometimento por parte do eleito.


O FINANCIAMENTO DE CAMPANHA 100% com recursos públicos para ser justo, também deveria ser tabelado, todos deveriam ter a mesma verba para investir nas suas campanhas e o mesmo tempo de rádio e TV nos programas gratuitos, independente de siglas e representação.

Morte de Chávez desperta a reflexão sobre vulnerabilidade econômica da Venezuela


Analistas econômicos avaliam que a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem um sentido mais de cunho ideológico pelo desaparecimento da figura carismática de um representante de posição esquerdista do que do ponto de vista prático sobre a economia tanto daquele país quanto das demais nações da América Latina.
Caso se confirme o nome do atual presidente interino,  Nicolás Maduro, nas eleições como o provável sucessor na Presidência, deve ser mantida “ a política chavista ou bolivariana oposta ao neoliberalismo”, disse o economista Samy Dana, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Se a oposição ganhar, ele acredita que a tendência é uma abertura maior nas parcerias bilaterais e multilaterais no mundo dos negócios, porém, em processo lento.
Por enquanto, no entanto, o economista diz ser muito cedo para traçar um cenário futuro sobre os efeitos da morte de Hugo Chávez. O fato, na opinião dele, abre espaço para reflexão sobre a vulnerabilidade  existente em torno da forte dependência do petróleo, recurso natural que responde por 96% das exportações daquele país.
Dana disse que o produto está sujeito às oscilações do mercado internacional e, como no passado as cotações estavam em alta, o Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas geradas no país) da Venezuela teve expansão de 6%. 
O economista reconhece que apesar de gerar polêmica pela sua natureza centralizadora,  a condução econômica do governo de Hugo Chávez conseguiu resultados promissores como a redução da pobreza e o aumento do PIB per capita de US$ 8,2 mil para US$ 13,2 mil. Para ele há um desafio a ser enfrentado que é a inflação elevada e a carência de produtos alimentícios para garantir o abastecimento interno. Mais da metade do consumo de alimentos são importados.
Para o professor Carlos Honorato, da Fundação Instituto de Administração (FIA), com adoção da postura “de promover uma revolução socialista diferente no século 21, Hugo Chávez obteve alguns ganhos sociais, mas fragilizou demais a economia que tem que ser mais aberta".
Com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o economista disse que a inflação daquele país é a mais alta da região, tendo atingido, no ano passado, 26,3%. O endividamento alcança quase 50% do PIB.
“A influência de Chávez na América Latina é mais ideológica do que econômica”, diz Honorato. Na avaliação dele, as atuais parcerias mantidas pelo governo venezuelano não devem se sustentar por longo tempo por não trazerem grandes retornos, pois incluem expressivos subsídios como, por exemplo, no caso da relação com Cuba.
O economista acredita que a comoção popular deve influenciar para que Maduro venha a assumir a presidência, porém, “ele [o atual vice] terá o desafio de manter a revolução bolivariana ao mesmo tempo em que, necessariamente, terá de fazer ajustes na economia”.
No que se refere ao Brasil, Honorato disse que a morte de Chaves não tem grande impacto sobre as relações comerciais, porque a proximidade da presidenta Dilma Rousseff é menor do que a mantida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agência Brasil

Maracanã fica alagado e vistoria da Fifa é cancelada


A Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o Comitê Organizador Local suspenderam uma visita técnica periódica que seria feita hoje (6) ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, por causa da forte chuva da noite de ontem (5), que causou transtornos em todo a cidade, especialmente na Grande Tijuca, região em que fica o estádio. De acordo com o Portal da Copa, site do governo federal, ainda não foi marcada uma nova data para a vistoria.
A água da chuva se acumulou no interior do Maracanã e deixou parte das escavadeiras e equipamentos submersos. Ainda no início da tarde, grande quantidade de água continuava na área do gramado. Funcionários da obra trabalhavam para esvaziar a grande poça que se formou sobre a lona que está sendo instalada na cobertura do estádio.
Por meio de nota, a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) informou que os transtornos causados pela chuva já estão sendo solucionados. Segundo a Emop, os operários da obra trabalham normalmente, e o cronograma não será alterado.
Agência Brasil

Inflação medida pelo IGP-DI cai para 0,20% em fevereiro


Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,20%, em fevereiro, inferior à taxa registrada em janeiro (0,31%). O resultado, no entanto, supera o de igual mês de 2012 (0,07%). No ano, o indicador acumula alta de 0,51% e, em 12 meses, de 8,24%.
Os dados foram divulgados hoje (6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60% no índice global, registrou variação de 0,09%. No mês anterior, o índice não variou.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, ficou em 0,33%, em fevereiro, ante 1,01%, em janeiro.
Responsável por 10% do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em fevereiro, taxa de variação de 0,60%, abaixo do resultado do mês anterior, 0,65%.
Criado para medir a variação de custos em todas as etapas da economia, da produção ao consumo, o IGP-DI interfere em diversos preços administrados e entra em uma cesta de índices que define o reajuste da telefonia. O índice também é usado para corrigir a dívida dos estados, renegociada com a União no fim da década de 1990.
O nome disponibilidade interna vem do fato de o índice só considerar preços de bens e serviços no mercado doméstico – os preços dos produtos exportados são desconsiderados. Apesar disso, o IGP-DI é bastante afetado pela conjuntura internacional. Por ter bastante influência dos preços no atacado, o índice reflete variações no câmbio e no preço das commodities (produtos agrícolas e minerais com cotação internacional) em maior intensidade do que os índices baseados apenas nos preços ao consumidor.
Agência Brasil

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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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