sábado, 18 de junho de 2011

Ascensão e queda de um bandido fajuto

A história que os distintos leitores vão conhecer a seguir aconteceu nos idos dos anos 70, quando a criminalidade urbana ainda engatinhava aqui na Grande Vitória. Paulo Manhães, mais conhecido pela alcunha de Paulinho Sujeira, era um ladrãozinho desses que a polícia trata como pé de chinelo, sem nenhuma expressão no submundo do crime.
Moleque criado no interior, veio para Vitória com a família, passando a morar no Morro do Jaburu, em Jucutuquara, onde fez amizade com alguns malandros.
Não demorou muito para se integrar em definitivo à patota, queimando fumo nas quebradas, jogando ronda nas esquinas e praticando afanos variados no pedaço.
Como não podia deixar de ser, acabou se complicando com os “homens’’. Roubou uma bicicleta e ganhou a primeira cana na sub-delegacia do bairro.
Sua mãe fez das tripas coração, intercedendo em seu favor, e livrou o filho de um inquérito policial. 
O delegado que tratava do caso sabia que Paulinho era apenas um moleque desencaminhado e se contentou em dar-lhe uns puxões de orelha, com a recomendação de que “se segurasse” em sua jurisdição.
Pouco tempo depois, assaltou um casal de namorados para arrochar o carro.
Rodou pela cidade e, de madrugada, foi preso dando a maior bandeira com o veículo cheio de prostitutas na agora extinta zona boêmia de Carapebus, na Serra.
Dessa vez acabou processado, mas, por ser primário, o flagrante foi relaxado graças à interferência de um advogado penosamente pago pela mãe.
Paulinho voltou às ruas e, pouco depois, quebrava de novo a promessa de que ia procurar trabalho honesto e mudar de vida.
Voltou a se enrolar em problemas com a polícia: no maior porre do mundo, arrombou três carros e, ao ser preso, estava arrombando o quarto com três toca-fitas debaixo do braço. Entrou numa de encarar os policiais e, quando chegou à delegacia, já estava mais morto do que vivo de tanta pancada pelo caminho.
Então suas fotos saíram nos jornais. As manchetes informavam que “perigoso assaltante havia enfrentado a polícia, sendo espancado por populares revoltados durante sua prisão”. Paulinho parece que gostou, pois guardava os recortes e gostava de exibi-los para os colegas de prisão.
Dessa vez as coisas não foram tão fáceis, Paulinho Sujeira já não era primário e violara a condicional.
Ficou alguns dias no também extinto depósito de presos da Polícia Civil e acabou sendo transferido para a antiga Casa de Detenção, na Glória, Vila Velha, onde deveria aguardar julgamento.
Foi então que aconteceu a fuga da Detenção, cujo prédio foi implodido há poucos anos. Paulinho não tinha nada a ver com o peixe, entrou na história por força das circunstâncias.
O buraco estava aberto, então ele e uns outros trouxas embarcaram na canoa.
Enquanto os bandidões escapavam num carro que os aguardava, Paulinho optou por entrar na maré e se esconder numa ilha no meio da baía. Seis outros presos o acompanharam e, algumas horas depois, foram cercados e mortos a rajadas de metralhadoras. Todos pés de chinelo como Paulinho.
O assunto foi manchete durante vários dias e o caso ficou conhecido como “A chacina da Ilha das Cobras”.
Como sempre acontece nessas ocasiões, instaurou-se o “competente inquérito”, que não demorou para cair no esquecimento tanto da Justiça como da opinião pública.
 Pedro Maia

Evaristo e o macaco folgado

Dizem que macaco é bicho folgado e que, se o homem veio realmente do macaco, tem muita gente por aí que ainda está em plena viagem, ou seja, ainda está vindo. Porém, macaco folgado mesmo era um que, lá pelos idos dos anos 80, vivia nas árvores do Parque Moscoso em regime de liberdade vigiada, se é que macaco pode viver num regime desse. 
Só para se ter idéia do que esse macaco aprontou no que deveria ser uma espécie de zoológico, basta conversar com nosso amigo Evaristo, que quase morreu de raiva do bicho.
Além disso, por pouco, não acabou em cana após um membro da Sociedade Protetora dos Animais resolver tomar as dores do macaco, acusando Evaristo de ser “séria ameaça à sofrida fauna capixaba”.
Tudo começou quando Evaristo ia passando pelo calçadão do Parque Moscoso e uma ema que ali ciscava chamou sua atenção. Quando parou nas grades, do lado de fora, para apreciar o gogó da dita, foi surpreendido por uma mão ágil que lhe arrancou os óculos de acrílico novinhos. Era o raio do macaco.
Então começou a festa. No alto da árvore o bicho fez mil e uma com os óculos do Evaristo que, cá de baixo, tentava atrair o macaco.
Chamava o bicho de Simão, Chico, Quincas, do diabo a quatro, e o macaco não arredava o pé, ou melhor, o rabo do alto da árvore. Nessa altura, os óculos do Evaristo estavam virando um pedaço de arame.
O bicho, da família dos primatas como explicam os entendidos, os colocava na cara, batia com eles na árvore e pulava satisfeito, como se soubesse a agonia que estava causando cá embaixo.
O espetáculo atraiu dezenas de curiosos, cujo contingente aumentou consideravelmente na hora da saída dos estudantes do Colégio Americano, que funcionava ali perto, que aprontaram a maior quizumba com o inusitado acontecimento.
Quando a coisa já estava preocupando os moradores e, principalmente, os comerciantes do pedaço, Evaristo resolveu subir na árvore atrás do macaco, no que foi impedido pelo zelador do parque.
Foi aí que surgiu um cidadão intitulando-se agente da Sociedade Protetora dos Animais e, por pouco, a situação não fica realmente quente.
Após muito bate-boca e presença de uma radiopatrulha, o macaco, lá do alto da árvore, como se tivesse cansado do brinquedo, jogou os óculos justamente em cima do Evaristo, que saiu dali mais enfurecido do que gato jogado na piscina.
O pior aconteceu à noite, quando chegou no boteco, em Jucutuquara, onde sempre passava após o serviço para um papo com os camaradas e uma cervejinha rápida. Só então soube do que acabou de estragar seu dia. Havia dado macaco na cabeça!
Foi por essa época que os responsáveis pelo funcionamento do “n ovo ” Pa rq u e Moscoso, agora com grades e destinado a ser uma espécie de minizoológico, arrumaram um leão – um leão, sim senhor! –, que deveria ser o primeiro animal a dar início aos planos do alcaide de plantão.
Arrumaram uma jaula e botaram o bicho lá, com inauguração e tudo o mais. Só esqueceram que leão é felino de hábitos noturnos e, como Rei das Selvas, chegado a uma leoa nas noites de lua cheia.
Então, toda vez que isso acontecia, ninguém conseguia dormir no entorno do Parque Moscoso: o bicho urrava até o amanhecer.
Dois meses depois despacharam o tal leão, já apelidado de Romeu Desesperado.
A partir daí, a idéia de um zoológico no centro de Vitória também foi para o vinagre.
Menos mal!!!
Pedro Maia.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A AMAZÔNIA É NOSSA, SÓ NOSSA!

Fonte: Google
Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

Receita de Esfirra, ou esfiha, aberta de carne para diabéticos


Quem procura opção de receitas para diabéticos quase sempre encontra pratos doces que substituem açúcar por adoçante. Mas nos pratos salgados também deve haver preocupações quando a receita for preparada especialmente para pessoas com diabetes. Um exemplo é essa Esfiha (ou esfirra) aberta de carne que leva para mesa todo sabor da comida árabe sem comprometer a dieta dos diabéticos.

A receita foi desenvolvida no Laboratório de Técnica Dietética pelos alunos do curso de Nutrição da UNB sob supervisão da professora Raquel Botelho. "São receitas testadas e elaboradas para vários grupos da população com a intenção de melhorar a qualidade da alimentação e promover a variedade da mesma", explica. 

Como fazer Esfiha Aberta de Carne 
Massa: Misturar o fermento e o açúcar. Juntar com a farinha de trigo e a farinha de aveia e bater na batedeira por 1 minuto na velocidade média. Enquanto bate na batedeira, adicionar o óleo e depois adicionar a água aos poucos. Colocar a massa sobre uma superfície de mármore ou metal e sovar até que fique com a aparência homogênea. Deixar a massa crescer por 40 minutos.

Recheio: tirar a pele e as sementes do tomate e cortar em cubos pequenos. Tirar a casca da cebola e cortar em pequenos cubos. Adicionar sal a gosto na carne e misturar com o tomate e a cebola picados.

Como montar as esfihas: Cortar a massa em 3 tiras. Deslizar a massa sobre a superfície e fazer um rolo de cerca de 2 dedos de altura. Cortar o rolo em 8 pedaços iguais de cerca de três dedos de comprimento. Fazer bolinhas com cada pedaço. Peneirar o fubá sobre a superfície e deixar as bolinhas de massa sobre o fubá. Achatar cada bolinha sobre a superfície com três dedos formando um disco. Fazer um monte com três discos e apertar e o centro deles e girar ao mesmo tempo para dar o formato. Colocar 1 colher de sopa de cheio sobre cada disco. Apertar o recheio do centro às bordas. Assar em forno pré-aquecido a 180°C por 35 minutos. 

Ingredientes para Esfiha Aberta de Carne na receita especial para pessoas com diabetes

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Receita de costelinha de serro

Receita de costelinha suína.
 Prato composto de costelinha banhada com vinagrete quente de pimenta biquinho acompanhada de farofa mineira e creme de tutu. Veja a receita abaixo:



Serve: 4 porções
Ingredientes:
1,2kg de costelinha de porco.
200gr farinha de mandioca
400gr toucinho
5gr alho
40gr manteiga ou banha
100gr couve
50gr cebola
2 ovos
10gr porção de torresmo
100gr linguíça caseira
1 banana da terra

Vinagrete quente de pimenta biquinho
250ml azeite
50gr alho
4 ramos de alecrim
50gr pimenta biquinho
100gr tomate
30gr sal grosso
1 pimenta dedo de moça

Modo de preparo:

Costela
Dividir a costela em 4 pedaços iguais. Misture todos os ingredientes da marinada, coloque os pedaços de costela e deixe marinar na geladeira por pelo menos 12 horas. Asse no forno ou brasa até ficar dourada e macia por dentro.

Farofa mineira
Coloque a lingüiça em uma pequena caçarola e cubra com água, deixe cozinhar ate a água secar. Quando a água secar ela vai liberar a gordura da própria lingüiça; frite a lingüiça nesta gordura até ficar ela dourada. Retire e corte em fatias finas. Reserve.

Em uma frigideira coloque 4 colheres de sopa de banha, a cebola, o alho e deixe dourar. Acrescente a couve e refogue rapidamente. Logo em seguida, junte a banana e depois os ovos, misture até tudo estar cozido para depois acrescentar a lingüiça e por ultimo a farinha. Mexa por 5 minutos, confira o sal, salpique o torresmo por cima e sirva.

Vinagrete quente de pimenta biquinho
Em uma caçarola coloque todos os ingredientes do vinagrete. Leve ao fogo baixo e deixe cozinhar sem levantar fervura até que os dentes de alho fiquem macios. Retire os galhos dos ramos de alecrim deixando só as folhas no molho. Reserve aquecido.

Montagem do prato:
Retire a costelinha do forno, coloque em um atravessa derrame o vinagrete quente por cima. Coloque a farofa ao lado e desenhe com o tutu.

terça-feira, 14 de junho de 2011

"INSS quer alterar pensão para evitar distorções no benefício"

O Ministério da Previdência Social estuda formas de alterar a pensão do INSS.

Em uma reunião no Senado, o ministro Garibaldi Alves (Previdência) apontou como distorções a ausência de carência para receber o benefício, o direito à pensão por toda a vida independentemente da idade da viúva, a dependência presumida do cônjuge (ou seja, não é considerado se ele trabalha ou não) e a concessão de valor integral sem levar em conta o número de dependentes.

Embora ainda não haja um projeto final para mudar a regra da pensão, esses pontos devem ser trabalhados.

Imagine dois trabalhadores que tenham média salarial de R$ 3.000 e que são casados. Um dos casais tem 30 anos, não tem filhos e ambos trabalham. O outro casal tem 50 anos, três filhos e só o homem trabalha. Em caso de morte, as duas viúvas receberão o mesmo valor de pensão: R$ 3.000.

Além disso, a regra atual usada para calcular a pensão gera uma outra distorção.

Imagine que, no lugar dos dois trabalhadores do exemplo acima, estão duas trabalhadoras. A segunda, porém, se aposenta ao chegar aos 50 anos. Sua aposentadoria, devido ao fator previdenciário, será de R$ 1.806. No caso de morte, esse é o valor da pensão para seu dependente, enquanto o cônjuge da outra trabalhadora --com 30 anos, sem filhos e que trabalha--, também no caso de sua morte, receberia R$ 3.000.

Isso ocorre porque a pensão será igual à aposentadoria se quem morreu já tinha se aposentado, mas equivale à média salarial do trabalhador no caso de sua morte antes do pedido do benefício.

QUEM TEM DIREITO
Para a concessão da pensão, é necessário que o trabalhador tenha a qualidade de segurado ao morrer.

Fonte:  Folha de S. Paulo - Site IOB (Publicado em 13/06/2011)

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